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┊ ┅── ᶠˡᵒʳᵉˢ ᵈᵉ ʰᵃⁿᵃʰᵃᵏⁱ

┊ ⊹⊱ 𝐜𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐨𝐢𝐭𝐨: 𝐣𝐚𝐫𝐝𝐢𝐦 𝐝𝐞 𝐫𝐨𝐬𝐚𝐬 ⊰⊹

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A luz do sol entrava pela janela aberta e deixava seus raios solares em cima do corpo pálido e nu envolto em lençóis brancos manchados com fluídos masculinos, o cheiro de sexo pairando como brisa no cômodo ligeiramente bagunçado. Os cachos ruivos de fios finos estavam emaranhados em si mesmo, enquanto o dono do cabelo tão bagunçado despertava suavemente – Incomodado com a luz solar que refletia em seu rosto – bocejando enquanto se apoiava no colchão.

As íris oceânicas deram primeiramente falta da presença do Arconte dragão na cama, e em seguida seu nariz captou o cheiro de café emanando do andar de baixo. O aroma característico dos grãos tostados sendo moídos para a preparação da bebida quente eram facilmente reconheciveis para as narinas sensíveis do Fatui.

Se espreguiçando Childe pode sentir a ardência familiar na região da lombar e o desconforto nas costas. Ele roçou as coxas juntas e sentiu que não estava úmido e pegajoso como chegou a pensar que estaria. Zhongli provavelmente o havia higienizado quando o sol estava para nascer e eles decidiram que dormir era uma boa ideia.

O ruivo comentou o erro fatal de tentar deslizar para fora da cama e se pôr de pé como normalmente faria. Seus membros inferiores fraquejaram e logo seu corpo estava se inclinando para a frente, em direção ao assoalho de madeira. As mãos de Childe em reflexo se puseram a frente e por pouco ele não atingiu com a face contra as peças do chão.

O baque surdo porém, ecoou por toda a residência. Alto o suficiente para chamar a atenção de Zhongli. Pelo menos era isso que os passos apressados na escada indicavam.

– Childe? – O Arconte entrou no quarto coçando os olhos, vestindo apenas com a calça marrom escuro que compunha seu traje como agente funerário, o zíper de prata fechado porém o botão aberto.

Com clareza de mente o ruivo conseguiu notar como o abdômen dele era definido com sua aparência mais humana, a marquinha em V que era visível descendo por seu abdômen até a beira da calça, tinha alguns pelos que moravam do castanho para o laranja. Suavemente aparados mais ainda sim ligeiramente visíveis.

Childe corou imediatamente quando sentiu os braços fortes o envolvendo e suas pernas serem encaixadas na cintura alheia.

– Ei, eu consigo caminhar! – O Fatui reclamou enquanto suas unhas se fincavam nas costas do mais alto, já assustadoramente acostumado com a sensação de ter o Arconte entre suas pernas.

– Oh sim, eu vi aquela tua tentativa agora a pouco. Estavas lindo com a cara no chão.

– Cale-se – Childe ordenou como um gatinho irritado pronto para mostrar as garras e sibilar irritado.

Zhongli desceu as escadas rumo ao andar de baixo e deixou Childe na bancada de granito antes de lhe entregar uma xícara de chá feita de cerâmica branca. Seus dedos se tocaram suavemente e o contato demorou para se findar, mas o ruivo tomou a iniciativa e rompeu a troca de olhares.

– Obrigado – A voz dele saiu muito mais trêmula do que ele gostaria.

– Não há de que.

O silêncio entre eles se tornou ensurdecedor e ligeiramente desconfortável, Childe bebia o café em sua mãos cada vez mais devagar para evitar iniciar uma conversa e o dragão ao seu lado não era burro porém nada dizia ou fazia além de esperar pelo Fatui tomar a iniciativa.

Flores de HanahakiOnde histórias criam vida. Descubra agora