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┊ ┅── ᶠˡᵒʳᵉˢ ᵈᵉ ʰᵃⁿᵃʰᵃᵏⁱ
┊ ⊹⊱ 𝐜𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐝𝐞𝐳𝐞𝐬𝐬𝐞𝐭𝐞: 𝐝𝐨𝐫 𝐬𝐚𝐧𝐠𝐫𝐞𝐧𝐭𝐚 ⊰⊹
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O mundo sempre precisa estar em equilíbrio e nada pode ser tão forte que não possua uma fraqueza em seu coração, que o faça amolecer um pouco em suas decisões ou então o leve a completa loucura. A regra também se aplicava aos temidos Arcontes. Erosão. Era o male que estava tentando se apoderar da mente de Morax porém tal calamidade não previu que ao seu comportamento atingir o Fatui de cachos alaranjados, também se auto expulsou dos neurônios do agente funerário.
A dor foi tão grande que espantou a enfermidade mental e o trouxe de volta a clareza de tudo que quis ignorar por puro egoísmo e medo de vir a sofrer novamente nas mãos de seu coração. Com toda a confusão que lhe abateu durante todo o tempo que se deixou arrastar sua situação mental, agora ele estava ali parado a poucos metros da casa do Fatui a farejar o sangue fresco do jovem.
Seus membros não respondiam aos comandos dele para que se mexessem, e usando força quase que sobre humana ele conseguiu dar os passos necessários até a porta escancarada da residência onde antes sempre transbordava a mais doce alegria mesmo com a sobra da morte a tentar afugentar a felicidade de suas vidas.
Porém agora tudo que via era a grande mancha de sangue a manchar o piso de tábuas envernizadas onde literalmente no dia anterior havia passado a noite a deixar beijos nos lábios rosados de quem agora jazia largado com flores a surgir em sua derme tão alva. Seus joelhos cederam e o levaram a cair, suas mãos o amparando da queda. Água começou a se acumular em suas íris alaranjadas e logo caíram em gotas grossas, para se abandonarem em cima dos fios ruivos do Fatui.
Zhongli foi rápido em puxar o corpo ainda quente de quem agora reconhecia como seu amado, para seus braços, e abafou um grito de fúria contra o peito dele. Mesmo que abafado seu choro abalou a montanha completamente e todos sabiam que era seu Arconte a derramar lágrimas de raiva que faziam as nuvens se contorcerem em tormenta, e tão logo a chuva voltou.
Morax estava em completa negação. Por que ele havia se enfurecido? Ninguém possuía culpa da catástrofe que se mostrava palpável em seus braços, porém ao mesmo tempo todos envolvidos naquele triângulo amoroso possuíam uma grande parcela de culpa. Uma grande falta de comunicação e agora ninguém podia ser o culpado por empurrar o primeiro dominó que derrubou consequentemente todos os outros.
– Eu te amo… Childe, eu te amo! – Ele chacoalhou o ombro do Fatui que continuava imóvel e com uma respiração ainda mais fraca – Eu disse que te amo! Por que você não acorda! – Ele gritou e então se repreendeu por isso. Estava com raiva de si mesmo e não devia descontar isso em quem amava.
Há iam flores que estavam a cobrir os ouvidos de Childe, tomando conta do seu sistema nervoso e crescendo por debaixo de sua pele e de seus ossos. E Zhongli não notou isso, mergulhado em um torpor de dor. Pela segunda vez perder alguém que amava por sua própria culpa era uma dor que ele não sabia se seria capaz de aguentar, já lhe bastava a perda não só de Guizhong tantos anos antes quanto a de seus companheiros de batalha. Tantas mortes em sua conta, porém aquela parecia que podia arrancar seu coração para sempre.
– Não… – O suspiro saiu dolorosamente por entre os lábios do Arconte – Você não pode ir… Eu não posso deixar que vá.
De maneira resoluta ele se ergueu com o corpo de Childe entre seus braços e passo após passos ele saiu da residência, acariciando os fios ruivos e mantendo os olhos no horizonte distante de Liyue. Todos os moradores da cidade portuária gritaram em uma mistura de choque e horror ao assistirem o Arconte que julgaram estar falecido, andando no meio deles com sua aura prestes a lhe esmagar de tanta raiva e dor que sentia. Seus olhos antes ternos e calmos mergulharam-se no profundo vazio da ira.

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Flores de Hanahaki
Romantizm{HANAHAKI AU ✿ ZHONGCHI} 𝘊𝘰𝘮𝘰 𝘦𝘹𝘱𝘭𝘪𝘤𝘢𝘳 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰 𝘈𝘳𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦 𝘎𝘦𝘰, 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘥𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘥𝘦 𝘵𝘦𝘳 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘧𝘶𝘴𝘢𝘰 𝘯𝘢 𝘤𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘥𝘦𝘭𝘦, 𝘳𝘰𝘶𝘣𝘢𝘥𝘰 𝘴𝘶𝘢 𝘨𝘯𝘰𝘴𝘪𝘴, 𝘦 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘦𝘭𝘦...