Flores de Hanahaki

Seven

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┊ ┅── ᶠˡᵒʳᵉˢ ᵈᵉ ʰᵃⁿᵃʰᵃᵏⁱ

┊ ⊹⊱ 𝐜𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐬𝐞𝐭𝐞: 𝐬𝐚𝐧𝐠𝐮𝐞 𝐢𝐧𝐞𝐛𝐫𝐢𝐚𝐧𝐭𝐞  ⊰⊹

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A noite em Liyue estava particularmente fria naquela momento enquanto Childe tentava se afastar o máximo possível da casa onde Zhongli morava. Seus pés afundavam na grama macia, esmagando alguns dos pontinhos nevados que a relva verde já apresentava. Ao longe ele ainda conseguia ouvir os chamados do Arconte para seus ouvidos surdos.

– Você tem que ir embora... – Su voz embargada de sangue entalado na garganta soou contra o vento cortante de sua direção enquanto subia a encosta que levava até sua casa, nas proximidades de Liyue.

O rapaz ruivo entrou em casa com uma bala e se virou a tempo de ver o brilho dourado em seus olhos pulsando com força, os membros superiores de Zhongli pareciam feitos de pura terra, o tom amarronzado cortado por veias douradas bem aparentes. Essa aparência parecia sumir por dentro de seu corpo, tomando espaço até seus ombros. Seus dedos seguraram a porta bem a tempo de impedir Childe de se trancar na residência.

Mesmo com sua força o Fatui não estava conseguindo exercer diferença na balança e Zhongli estava apenas com três de seus dedos na investida contra a porta de madeira.

– Childe... Abra a porta – A voz rouca e grave saindo dos lábios crispados do Arconte fizeram as pernas do ruivo bambearem mas ele não cedeu. Os galhos e pétalas arranhavam sua garganta de maneira dolorosa, lhe lembrando do estado amaldiçoado no qual se encontrava.

Era a última coisa que queria recorrer mais com um pouco de concentração ele usou um pouco de sua força do abismo na ponta de seus dedos, combinando com energia elemental de sua visão. Isso intensificou a reação de poder e fez com que Zhongli retirasse rapidamente a mão para evitar de ser cristalizado, uma reação involuntária de seu elemento Geo por ter entrado em contato com o elemento Hydro.

Isso deu tempo de Tartaglia fechar a porta com o máximo de velocidade que pôde impor, fechando as duas trancas douradas, nítidas na madeira.

– Essa porta foi cara?

Childe ainda recuperando o fôlego ouviu a pergunta chegando a seus ouvidos com descrença estampada em seu rosto. Ele suspirou encarando a peça de madeira envernizada do chão de sua sala de estar.

– Sim. A janela foi bem mais barata... – As palavras deixando sua boca em um suspiro.

O silêncio que se instaurou do lado de fora e a sombra de Zhongli se afastando do batente da porta, a luz externa não a projetando mais, fizeram Childe sentir uma paz momentânea carregada de culpa. Não era que ele quisesse evitar o Arconte por puro masoquismo em sofrer. Ele queria distanciar seus sentimentos, os enterrar. Planejava sufocar cada uma de suas reações ao toque ou ao olhar de Zhongli, e então as deixar em um canto obscuro de sua mente para que assim definhassem até o momento em que Childe precisasse decidir entre uma cirurgia ou uma passagem só de ida para sete palmos abaixo da terra.

Definitivamente ele não sabia dividir como pensou que poderia aprender um dia.

Enquanto ainda estava mergulhado no silêncio de seus pensamentos ouviu o ruído insistente de sua janela e pensou que seria um passarinho qualquer, batendo o bico contra o vidro até assistir os pedaços de vidro inundarem seu chão  a figura de Morax se impulsionar para dentro de sua casa, mediante o espaço criado pelos próprios punhos, que se regeneravam do impacto.