Capítulo 10 - Eu te amo.

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É uma manhã agradável, os pássaros cantam alegremente e acabam acordando um certo alguém de cabelo encaracolado.

Desde criança, uma ilusão foi formada. A ilusão de que não iria acordar e sentir paz, nunca sentiria um toque quente em dias frios, de forma alguma descobriria a sensação de acolhimento, de modo algum estaria nos braços de uma pessoa que apenas esbanje positividade e cantos adoráveis contra seu ouvido, que em nenhuma circunstância, de jeito nenhum, iria ser feliz. Mas as coisas mudaram e aqui está ele sendo abraçado depois de uma noite movimentada. Sem perceber acaba sorrindo. Nada poderia estragar seu dia.

Em um ato rápido, O híbrido se arruma, vestia um blusão preto e uma calça folgada, e anda em direção a cozinha para preparar o café da manhã de seu amor. Depois de um tempo, o míope desperta. Ainda meio sonolento, senta seu corpo na cama, olha ao redor e... Binghe? Onde ele está? No exato momento sua dúvida sumiu, a porta foi aberta e lá estava ele, o dito cujo segurando uma tábua, e nela estavam comidas tradicionais como congee e acompanhamentos.

- Bom dia, flor do dia. – Colocou a tábua na cama.

- Bom dia. Isso tudo pra mim?

- Sim. Preparei uma de suas comidas favoritas. Sirva-se.

- Bem... Isso foi inesperado. Obrigado.

- Disponha.

- Pelo cheiro parece bom. Foi você que fez? – Sem demora levou a comida à boca.

- Sim. O sabor está bom?

- Hum! Tá uma delícia! Você cozinha melhor que minha mãe.

- Fico feliz que pense assim. – Se aconchegou e ficou de frente para as costas de Yuan. Segurou sua cintura.

- Qual seu segredo para cozinhar tão bem assim?

- Meu amor por você.

- Não são nem 10 horas da manhã ainda e você já está assim?

- Tenha paciência comigo, A-Yuan.

- Inclusive... Como você sabe que congee é uma das minhas comidas favoritas?

- Ah... Foi só coincidência.

- ...

- Não pense muito nisso.

- Se você diz. – Levou várias vezes a comida à boca. Luo o encarava.

- Por que está me olhando assim?

- Gosto de te ver comendo. É fofo.

- Entendi... – Deu o último gole e se desfez da comida, colocou-a na cozinha e voltou para o cômodo. Luo o acompanhava com os olhos. Rapidamente tomou banho e escovou os dentes. Depois de fazer o que tinha que fazer voltou para o quarto. Vestia uma roupa confortável que consistia em um blusão verde claro e uma bermuda preta. Sentou-se do lado do demônio e o encarou.

Ele se lembrava do exato momento em que se apaixonou. Sua dúvida era sincera, mas logo se dissipou quando parou para pensar naqueles belos olhos negros o encarando. Era como um feitiço, parecia que era um demônio pela beleza, pela forma de o olhar, pela forma de o... seduzir, pela forma de falar, seus dentes pontiagudos se destacavam. Sua atração por ele é nada mais que justificável. Basta olhar para ele. Quem o recusaria? Com certeza alguém com sério mal gosto. Sua forma de o seduzir era única. Seu rosto era desenhável em sua mente. Basta pensar naquelas sobrancelhas grossas se arqueando a cada fala, o olhar entreaberto, o sorriso brincalhão, seus lábios vermelhos suaves e macios, tão... Gostosos. Seu cabelo cacheado era tão cheiroso... Parecia que a cada sorriso ele se tornava mais cacheado, dando um aspecto fofo. O jeito que seus cachos caem no meio de sua bela face, dando um charme excepcional. Seu pescoço nem tão longo nem tão curto, de uma medida perfeita. Seu corpo musculoso e macio, seus braços fortes eram perceptíveis, suas veias saltadas eram tão... Atraentes, seu peitoral era um sonho, seu abdômen definido era tão lindo de se admirar, suas pernas malhadas eram nada mais que... Ah. A proporção de seu corpo era perfeita! Ele era o próprio pecado, tão longe da salvação, mas tão perto da felicidade... Parecia que foi esculpido pelos próprios deuses! A ilusão de o ter para si era atraente... Tão atraente!

Meu querido A-Yuan!Onde histórias criam vida. Descubra agora