Entre Sombras E Chamas ~O Despertar De Matrizía.

Capítulo 2

Elara

Eu adentro o templo sagrado. O Templo de Urgh o Deus invencível, é um santuário magnífico e inspirador no mundo de Matrizía.

Construído com esplendor arquitetônico, suas colunas altas sustentam um domo celestial que se abre para os céus, simbolizando a conexão direta com o divino.

Toco a testa com a palma da mão em reverência ao local e baixo a cabeça.
Ao caminhar aceno devagar com a cabeça para os vultos brancos das Sacerdotisas que pareciam flutuar ao passar por todos os lados.

  No centro do templo, encontra-se um altar feito de pedra celestial, onde as Sacerdotisas realizam suas orações.

Uma imagem esculpida de Urgh repousa sobre o altar, emanando uma luz suave que preenche o espaço com uma atmosfera serena.

  O templo é iluminado por centenas de velas cintilantes, dispostas estrategicamente para criar uma atmosfera acolhedora e reverente. A luz das velas dança pelas paredes, criando sombras que ecoam a dança cósmica de Urgh.

  Olho para as paredes do templo que  são decoradas com mosaicos que retratam o firmamento estrelado e eventos cósmicos. Cada mosaico conta uma história divina, desde a criação do mundo até os feitos benevolentes do Deus invencível, inspirando devoção nas Sacerdotisas.

  Ao redor do templo, jardins cuidadosamente cultivados exibem flores e plantas simbólicas, refletindo a fertilidade e a harmonia do mundo de Matrizía.

As Sacerdotisas frequentemente realizam rituais ao ar livre, conectando-se com a natureza em comunhão com Urgh e outros deuses do panteão de Matrizía.

  O domo celestial da cúpula é adornado com representações de constelações, dando a sensação de estar sob um céu eterno. Durante a noite, a cúpula se transforma em um espetáculo celeste, criando um ambiente transcendental para as orações noturnas das Sacerdotisas.

O Templo de Urgh é mais do que um local de adoração, é um santuário que eleva as mulheres de Matrizía, recordando-lhes a força interior e a invencibilidade que podem encontrar seguindo os ensinamentos do Deus supremo.

Balanço a cabeça olhando mais a frente no altar, acendendo mais velas.

— Seraphina. -digo, minha voz ecoando e tremeluzindo as chamas das incontáveis velas pelo lugar.

A alta sacerdotisa se virou, os cabelos loiros que se mesclava ao grisalho, os olhos azuis como vidro e a pele maculada pelo tempo, com rugas e desenhares de uma pele de senhora, a única que decidiu envelhecer dentre todas que escolheram a imortalidade.

— Elara. -ela sorriu, as pedras azuis em sua testa e então as duas pedras redondas cravadas em suas palmas de forma dolorosa, da cor de seus olhos.
As vestes brancas habituais.

— Mandou me chamar? -paro diante dela.

— Sim, sim. —ela se vira para continuar acendendo as velas— preciso que vá a floresta, estão havendo muitas reclamações das fadas e de outras criaturas.

— Que problema exatamente? -questiono.

Eu bati o pé no chão, fechei minha mão direita em punho e socando o ar. Todas as velas se acenderam com o meu fogo, iluminando mais ainda o altar.

Seraphina se vira, me olhando com as sobrancelhas erguidas.

— Como sempre impaciente. -ela disse devagar.

— Fogo não espera, ele consome com rapidez. -eu disse.

— Tenho certeza de que sim. —refletiu— eles estão relatando eventos estranhos pela floresta, algo horrendo e pesado.