Elara
— Não está certo. -digo.
— O que? -ele pergunta.
— Elas não estavam em comunhão. —ando em círculos— percebeu que ambas pareciam furiosas?
Ele assente.
— Não estão concordando entre si, algo aconteceu naquele escudo de som. -paro no meio da sala.
— Isso quer dizer que?
— Que estão planejando algo pelas costas umas das outras. -volto a caminhar.
Ele parece pensar.
— Você tem idéia? -pergunta mas ele estava sério.
— Tenho quase certeza mas preciso confirmar. -abano a mão.
— Amor, vai fazer um buraco nesse chão. -ele se espreguiça no sofá.
— Não me chame de amor. -digo.
— Está bem, amor. -ele sorriu divertido.
Eu o olho irritada.
— Está achando que é brincadeira? Seu pescoço foi salvo alí por algum motivo, não ache que está vivo pela misericórdia do conselho, elas te livraram porque viram alguma utilidade em você. -explodo.
Ele ergueu as mãos.
— Você está muito estressada.
— Não é para menos, você deveria estar apavorado mas só sabe brincar como uma criança. -declaro.
— Perdão por tentar deixar as coisas mais leves diante da morte eminente. -ele disse sarcástico.
Ele se endireitou.
— Se me quer sério, vai me ter sério, não se preocupe. -sua expressão se tornou fria como camadas grossas de gelo.
— Você vai ficar aqui enquanto eu saio. -digo.
— Como assim? -ele fica em alerta.
— Vou tentar descobrir o que está acontecendo.
— Eu deveria ir com você. -rebateu.
— Você desse tamanho vai mais atrapalhar do que ajudar. -declaro.
Ele ergueu uma sobrancelha.
— Você ainda sabe pouco sobre mim.
— E?
— E se soubesse mais, não descartaria minha ajuda.
— Ainda bem que sei pouco.
Eu estalo os dedos e um rosnado profundo ecoou.
Suas sombras se alertaram e o corpo do grande homem enrijeceu.
— Para eu ter certeza de que ficará aqui, deixarei alguém de olho em você.
A criatura adentrou a sala, com sua imponência, revela uma fusão impressionante de elementos.
Sua cabeça, majestosa e feroz, é a de um leão com uma juba espessa e garras afiadas.
Os olhos irradiam uma intensidade dourada, capturando a essência selvagem do rei das selvas.
O corpo segue a robustez de um leão, musculoso e ágil, coberto por uma pelagem dourada e reluzente. Suas asas, inspiradas no grifo, possuem penas que misturam tons de ouro e bronze, criando uma visão espetacular quando abertas em pleno voo.
Os chifres espiralados se erguem com elegância da testa, acrescentando uma aura mágica e imponente. Com um metro e quarenta de altura, a quimera possui uma presença marcante, combinando a graciosidade de suas asas com a força inerente de suas garras de Diamantina.
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Entre Sombras E Chamas ~O Despertar De Matrizía.
FantasiaEm um mundo governado exclusivamente por mulheres, a extinção misteriosa dos homens torna-se o epicentro de uma trama envolvente. Quando Elara encontra Adrik, o último homem, a busca por respostas a conduz por terras mágicas, traições políticas e se...