Capítulo 6

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Elara

— Não está certo. -digo.

— O que? -ele pergunta.

— Elas não estavam em comunhão. —ando em círculos— percebeu que ambas pareciam furiosas?

Ele assente.

— Não estão concordando entre si, algo aconteceu naquele escudo de som. -paro no meio da sala.

— Isso quer dizer que?

— Que estão planejando algo pelas costas umas das outras. -volto a caminhar.

Ele parece pensar.

— Você tem idéia? -pergunta mas ele estava sério.

— Tenho quase certeza mas preciso confirmar. -abano a mão.

— Amor, vai fazer um buraco nesse chão. -ele se espreguiça no sofá.

— Não me chame de amor. -digo.

— Está bem, amor. -ele sorriu divertido.

Eu o olho irritada.

— Está achando que é brincadeira? Seu pescoço foi salvo alí por algum motivo, não ache que está vivo pela misericórdia do conselho, elas te livraram porque viram alguma utilidade em você. -explodo.

Ele ergueu as mãos.

— Você está muito estressada.

— Não é para menos, você deveria estar apavorado mas só sabe brincar como uma criança. -declaro.

— Perdão por tentar deixar as coisas mais leves diante da morte eminente. -ele disse sarcástico.

Ele se endireitou.

— Se me quer sério, vai me ter sério, não se preocupe. -sua expressão se tornou fria como camadas grossas de gelo.

— Você vai ficar aqui enquanto eu saio. -digo.

— Como assim? -ele fica em alerta.

— Vou tentar descobrir o que está acontecendo.

— Eu deveria ir com você. -rebateu.

— Você desse tamanho vai mais atrapalhar do que ajudar. -declaro.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Você ainda sabe pouco sobre mim.

— E?

— E se soubesse mais, não descartaria minha ajuda.

— Ainda bem que sei pouco.

Eu estalo os dedos e um rosnado profundo ecoou.

Suas sombras se alertaram e o corpo do grande homem enrijeceu.

— Para eu ter certeza de que ficará aqui, deixarei alguém de olho em você.

A criatura adentrou a sala, com sua imponência, revela uma fusão impressionante de elementos.

Sua cabeça, majestosa e feroz, é a de um leão com uma juba espessa e garras afiadas.

Os olhos irradiam uma intensidade dourada, capturando a essência selvagem do rei das selvas.

O corpo segue a robustez de um leão, musculoso e ágil, coberto por uma pelagem dourada e reluzente. Suas asas, inspiradas no grifo, possuem penas que misturam tons de ouro e bronze, criando uma visão espetacular quando abertas em pleno voo.

Os chifres espiralados se erguem com elegância da testa, acrescentando uma aura mágica e imponente. Com um metro e quarenta de altura, a quimera possui uma presença marcante, combinando a graciosidade de suas asas com a força inerente de suas garras de Diamantina.

Entre Sombras E Chamas ~O Despertar De Matrizía.Onde histórias criam vida. Descubra agora