Capítulo 9

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Elara

Fiz minha refeição no quarto e quando acabei me pus a explorar o lugar.

Os Errantes da Dimensão Rupta construíram uma cidade secreta subterrânea, uma maravilha oculta sob as camadas da terra, conhecida como Estelária Profunda.

Ao adentrar esta cidade, a primeira impressão é de um reino celestial encravado nas entranhas da terra.

Sabia que Celestina havia dado seu sangue para erguer esse lugar assim que foi chutada para cá com o seu povo.
E ela fez um ótimo trabalho pra que deixasse tudo isso com cara de lar.

As paredes, esculpidas em pedra rara e polida, parecem ser feitas de estrelas cristalizadas, emitindo um brilho celestial.

A luminosidade suave, proveniente de fontes de luz astral, pinta um céu estrelado nas câmaras subterrâneas. Trilhas luminosas mapeiam os caminhos entre edifícios etéreos, revelando a habilidade dos Errantes em entrelaçar magia e arquitetura.

Conforme caminho recebendo alguns olhares dos habitantes eu posso ver edificações elegantes, adornadas com símbolos astrais, elas se elevam como torres cósmicas, cada uma dedicada a diferentes aspectos da exploração dimensional.

No centro da cidade, uma cúpula transcendente abriga um observatório, onde Archmaga Celestina estuda os padrões das estrelas e orienta os destinos da facção.

Os Errantes da Dimensão Rupta criaram um refúgio onde as estrelas são seus tijolos e a magia dimensional flui como o sangue da cidade.

Por isso eu sabia que a Estelária Profunda é mais do que um lar para eles, é uma manifestação arquitetônica da busca dos Errantes pelo desconhecido nas entranhas do cosmos. É onde puderam se esconder da crueldade do mundo lá fora.

Eu não havia encontrado Adrik em lugar nenhum e me perguntei o que haviam feito com o homem, foi quando o meu olhar captou uma silhueta enorme e forte recostada em uma banca enquanto conversava com uma mulher.

Ela ria bastante de qualquer besteira que ele estivesse dizendo, as bochechas dela vermelhas e os olhos brilhando em interesse.

Ele falava algo e depois sorria.

Maldita essência masculina.

— Achei que tivessem lhe dado um fim trágico. -cruzo os braços.

— Ah, oi, Elara. —ele sorriu abertamente— já se curou.

— Não, ainda estou na cama sangrando. -me afasto.

— Até depois. -ele acena para a mulher.
Ela sorriu para ele e ele me alcançou.

— Onde está indo?

— Não sei, qualquer lugar. —olho em volta— qualquer um.

— Hum.. está irritada, o que aconteceu? -pergunta.

Eu também desejava saber o que havia acontecido.

— Nada. -abano a cabeça.

— Huumm...

— Vai continuar me seguindo?

— Essa não é minha função?

— Volte a conversar com sua amiguinha, estou procurando por...

— Amiguinha? A Sathy?

— Ah, já sabe o nome dela? -o olho.

— Sei.

Ele parou, então sorriu para mim de forma convencida.

— Isso te incomoda?

— Tudo em você me incomoda.

Entre Sombras E Chamas ~O Despertar De Matrizía.Onde histórias criam vida. Descubra agora