THE WHITE PHONE

# 13

⭑

A luz do local inteiro se apaga.

— Porra! Que coisa boa! — Duda quase sussurra pra si mesma enquanto o grupo não sabe o que fazer.

— Tá, mas por que — Lara é cortada pelo grito da mesma enfermeira anterior, correndo pelo estabelecimento, passando pelo grupo de amigos, eles se assustam e as luzes começam a piscar e o sistema de segurança é ativado, fazendo com que o local todo fiquem de baixo d’água por que alguém ativou rociador de incêndio.

— CORRE, CARALHO! — Gris adverte gritando enquanto todos os amigos saem correndo.

Os amigos entram em desespero, já encharcados, continuavam enxergando só pelos pontos de luz em que estava piscando, correndo em direção a saída oposta a que a enfermeira, por que precisavam buscar Ester.

Eles quase arrombam a porta da sala em que Ester está,
correndo em direção a Ester que continua desmaiada, já com a roupa de hospital e com alguns enfaixamentos, já que provavelmente ela fez exames, com equipamentos médicos na mesma e medicamentos ao lado de sua cama.

Eles tiram os equipamentos de Ester com facilidade e Pedro pega Ester no colo, ainda desmaiada, e rapidamente os mesmos saem da sala, tentando correr e tentando não escorregar ao mesmo tempo, pois o local estava começando a alagar.

— É POR ALI! — Karol grita, apontando em direção a porta de saída.

Quando estão chegando a porta, eles vêem a pior cena de suas vidas.

A recepcionista estava morta.

Todas as pessoas que estavam dentro do hospital, pareciam que já tinham conseguido sair dali, pois não viam uma alma viva, apenas gritos, provavelmente do andar de cima.

— AAAAAAAH! — Gaby grita desesperadamente.

Eles tentam ignorar, indo até a porta, Lara tenta abri-la, mas a trava de segurança está ativada.

— TÁ TRANCADA! — Lara grita.

— VAMO ARROMBAR, PORRA, O QUE VOCÊS TÃO ESPERANDO?! — Ana Flávia grita, embolado, por causa da água.

— EU NÃO SEI SE VOCÊ SABE, MAS ESSA PORTA TEM NO MÍNIMO, UNS 100 KILOS! — Pedro também grita, avisando — VAMO SAIR PELOS FUNDOS — Pedro, que ainda está com Ester em seus braços é interrompido por outro grito, mas por outro lado, esse parece ter vindo de muito perto.

— QUE SE DANE POR ONDE A GENTE VAI SAIR, A GENTE PRECISA SAIR LOGO DAQUI, PORRA! — Anna Beatriz grita.

Todos correm em direção as escadas, no meio do caminho vendo pessoas mortas completamente enxarcadas pelo sangue se misturando com a água, foram as piores cenas de suas vidas.

Eles sobem as escadas correndo, já no segundo andar, tentam achar vestígios da porta dos fundos, em caso de acidentes, mas esse “acidente” estava se superando.

Finalmente o rociador de incêndio acaba com a água, que agora resta só as luzes, que se apagam de vez.

O breu fica cada vez mais presente.

Como estava de dia, ainda dava pra ver a claridade pelas janelas.

⭑