Kaira Martins, uma moça de coração puro e inocente que trabalha em uma boate em Salvador, uma mulher que não levar desaforo pra casa, ira vê sua vida ficar de cabeça para baixo, com a chegada de Liam Cristian em sua vida.
Liam Cristian comada toda...
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Remexo um pouco nos lençóis, abro um pouco os olhos só para ter certeza de que estou só.
Estava tão atordoada, que não dormi muito, entretanto admito que fiquei com medo de que, se eu baixasse a reta ganda, ele poderia tentar algo, não consigo nem pensar sobre essa atrocidade. Mas de uma coisa eu aproveitei bem, não vou negar, o calor do seu corpo, pois o quarto estava pior que uma geladeira e só a coberta não dava para me aquecer. . Ele fez de mal, isso tenho certeza.
(...)
- Bom dia, senhorita.
- Bom dia, Paula, me chame de Kaira apenas.
- Tenho que chamá-la assim, pois ser o senhor Liam por um acaso pensar que não cumpro suas ordens, esquece que estou aqui há anos e me coloca no olho da rua.
Fala fazendo uma lista assim que verificar os armários.
- Liz, coloque o café...
Ah, interrompo.
- Não é necessário deixar que eu mesma mim sirvo. Mais obrigada, dona Liz.
- Não estou tão velha assim para ser dona.
Sorrir com empatia e votar a meche nas panelas.
- Paula, podemos fazer assim quando ele estiver presente. Você me chama como ele manda, quando ele não estiver, me trate como uma pessoa normal como qualquer outra.
- Está bem, senhori... Quero dizer, Kaira, sei que é melhor fazer o que diz, já que em breve, creio eu que longo, você será a senhora desta casa.
- O jardim daqui é muito bonito, será que posso ir lá fora um pouco?
Mudo de assunto, pois aqueles dão arrepios nada bons até em minha alma.
- Sinto muito, mas você não tem autorização para sair ao jardim.
- E o cúmulo! Não vou ficar aqui o dia todo sem fazer nada, vou dar um jeito de ir de qualquer maneira.
As outras empregadas me olham assutadas, como se eu tivesse acabado de confessar que cometi um assassinato.
- Ah, menina, você tem muito a aprender, não é tão fácil como parece, as ordens aqui são como lei, têm que ser seguidas literalmente ao pé da letra e aí de quem desobedece.
E com isso ela sair.
Fico sem entreter, tomo o café da manhã e o almoço só, fico martelado suas palavras o dia todo.
Tento sondar as empregadas para sabre, mas a respeito desse homem, mas sem sucesso.
Na sala de estar, já por volta da tarde, na mesa de certo obisevo, uns porta-retratos de uma família bonita, com olhos vazios, sorrindo falsamente para a câmera, pelo menos quando estão na presença de um homem pelo qual o rosto está rabiscado.
