capítulo dez

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Muito obrigada pelos 1K de leitura🫶🫶

Boa leitura 🫶🫶

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Caçar sozinha não foi bem aceito por Violet que insistiu em me acompanhar.

– Você acha que o bebê é a cara dele ou dela? – suas mãos estavam entrelaçadas atrás das costas e ela olhava atentamente cada passo meu. – Acho que é uma menina muito bonita, apesar de tudo.

– Todos os bebês têm cara de joelho. – Respondo vagamente, sequer posso imaginar como o bebê se parece, ainda não é tão real pra mim.

Andamos por mais alguns metros, com ela andando para trás e eu andando para frente, como um trenzinho. Andar de mãos dadas e lado a lado não é legal agora quando ainda estou com raiva, não quero que ela veja meus pensamentos e se sinta influenciada por eles.

Não ser capaz de controlar o dom que consigo controlar desde recém nascida é bastante humilhante e quero que seja lá o que eu tenho suma de uma vez por todas.

A caminhada se tornou silenciosa por vinte minutos, mas por alguma razão ela parou com uma expressão de dúvida, mas tudo que eu pude reparar era como o sol parecia acariciar sua pele negra e brilhante, junto ao seu cabelo cacheado – que agora estava mais curto do que um mês atrás – e como ela era muito bonita só existindo. Mesmo me perdendo em seus detalhes, ainda pude a ouvir falando sobre nossa amiga Vanessa.

– ... A Vanessa nos viu aos beijos alguns dias atrás e perguntou minha sexualidade, mas eu não soube responder na hora. – Ela sorri e olha ao longe, soltando um suspiro fraco, me dando a mais bela vista de seu perfil, muito linda, de verdade. – Depois conversei com Ethan e talvez eu seja lésbica.

– Isso é muito legal, Violet.

Não me contenho e a abraço por trás o mais apertado que posso, não sabendo se minha força está descontrolada também. Coloco minhas mãos em sua barriga e ela põe as próprias por cima das minhas.

– Estou orgulhosa de você, sabia? – dou um beijinho em sua bochecha macia, me sentindo muito feliz quando ela me olha com os olhos apaixonados.

– Seu abraço é mega apertado, mas não me importo muito.

Pra ser honesta, não me importo se é ela quem ouve meus pensamentos através do meu dom descontrolado. Neste momento sinto que não quero esconder nada dela por muito tempo.

Se isso for o que os adultos sentem (mesmo que também já podemos nos considerar adultas), acho que posso sentir que a amo, não só como uma amiga.

Esse pensamento a faz sorrir e seu coração acelerar, me deixando muito feliz e querendo saber o que ela pensa.

Ficamos paradas no meio da floresta nos abraçando, o som de vários animais preenche o silêncio do lugar e o vento e o sol nos rodeia com força, mas não sermos humanas de fato é o que impede que sejamos afetadas pela intensidade, pois é um dia daqueles, tanto que minha família ficou o mais reclusa possível pela propriedade, apenas Julie e Liz não têm o mesmo receio.

O brilho fraco de diamantes que nossa pele emite pela luz solar também é bastante evidente para criaturas místicas, faz com que a gente pareça um potinho de glitter no meio da floresta caso outros vampiros passem.

Choices | Renesmee Cullen Onde histórias criam vida. Descubra agora