Rosé

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Eu sempre fui uma mulher “pé no chão”

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Eu sempre fui uma mulher “pé no chão”. Ao mesmo tempo, me considero romântica incurável, daquelas que assiste comédia romântica e chora no final. Que se emociona em casamentos e suspira com histórias de
velhinhos que estão comemorando seus 50, 60 anos de casados.

Talvez por isso eu estivesse tão radiante naquela noite de quarta-feira, numa véspera de feriado prolongado.

Finalmente eu vivia meu “conto de fadas” depois de um... Qual será o coletivo de sapos?

Saparia?

Saparada?

Condomínio na lagoa?

Tanto faz!

Depois de cruzar com uma infinidade de sapos por aí eu tinha, enfim, encontrado meu príncipe de olhos castanhos.

Kai era perfeito.

Médico, lindo, extremamente fofo e romântico.

Nosso aniversário de namoro seria dali a três dias e ele tinha uma viagem a fazer no feriado. Um congresso de Medicina em Hong-Kong. Mesmo assim, fez questão de comemorar a data, me levando para o restaurante mais romântico da cidade.

Sabe aquele restaurante com iluminação baixa, música lenta e ambiente, velas espalhadas pelo local e mesas pequenas e reservadas, com no máximo três ou quatro cadeiras? Aquele local que respirava amor e pedidos de casamento? Que quando uma pessoa marcava aquele lugar nas redes
sociais você poderia ter certeza de que depois daquele jantar ela, no mínimo,
viveria uma longa e apaixonante noite de sexo?

É o tipo de lugar que uma pessoa solteira, por exemplo, jamais se arriscaria a entrar sozinha, pois seria inevitável se sentir um peixe fora d'água.

Pois esse era o lugar que eu estava naquele momento.

Um restaurante que já tinha ganhado o prêmio de melhor lugar para ir a dois de Seul por cinco anos, sendo três deles consecutivos.

Veja bem... Não me considero uma pessoa deslumbrada, que se afeta por um restaurante chique. Minhas amigas mesmo dizem que sou, de todas, talvez a mais esperta e observadora. Mas Kai tocava exatamente no meu calcanhar de Aquiles.

Ele sabia como agradar. Tinha o dom de fazer as coisas exatas que me deixavam com a cara idiota e apaixonada que eu com toda certeza estava fazendo naquele momento, sentada em uma das mesas mais reservadas do ambiente requintado, enquanto o fitava.

— Você está linda hoje, sabia? — ele repetiu baixinho e puxou minha mão na mesa para beijá-la.

— Você já repetiu isso umas cinco vezes.

Mulheres ao Ataque - Jirose / Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora