Jimin

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Eu não deveria ter deixado Jennie entrar sozinha naquele restaurante, mas ela insistiu

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Eu não deveria ter deixado Jennie entrar sozinha naquele restaurante, mas ela insistiu. Disse que temia que eu fosse agredir Kai e todos fôssemos parar numa delegacia, e nesse ponto confesso que ela tinha razão.

Prometi me controlar, mas ela estava irredutível, e só eu sei o quanto Jennie pode ser cabeça-dura e determinada quando quer.

No fundo, eu sentia-me culpado, afinal de contas, fui eu quem “armei” aquele flagrante.

Já desconfiava que Kai traísse minha irmã há alguns meses, mas o filho da puta era escorregadio e esperto, e eu nunca conseguia descobrir nada.

Até que há uma semana um amigo em comum comentou que Kai disse, sem querer, que havia feito uma reserva no restaurante mais romântico da cidade. Esse amigo sabia que Jennie era noiva de Kai, e achou que ele
finalmente estava querendo marcar a data do casamento, por isso a escolha do local. Bastou que eu perguntasse para Jennie se eles haviam planejado sair nos próximos dias, para ter a certeza de que finalmente pegaria aquele mentiroso no pulo.

Jennie nem mesmo questionou quando eu contei. Ela parecia também desconfiar. Vinha reclamando que Kai estava distante e ausente. Era como se só lhe faltasse a confirmação.

Nós sabíamos do lugar, mas não tínhamos a data. Então comecei a sondar Kai. Já fomos muito amigos, embora nos últimos meses
estivéssemos mais afastados. Minha irmã e ele começaram a namorar depois que ele passou a frequentar nossa casa, há cerca de cinco anos.

Aquilo em parte era culpa minha também.

Me reaproximei de Kai e tentei descobrir sua agenda. Na segunda, ele teve plantão no hospital em que trabalhava e na terça-feira passou a noite com minha irmã, em casa. Na quinta depois do almoço eles viajariam para
curtir o feriado em Gangneung.

A lacuna da semana era na quarta-feira.

No dia especulado, peguei Jennie na confeitaria e voamos em direção ao restaurante.

Agora, cá estava eu esperando enquanto minha irmã entrava no local fatídico com uma fúria incontrolada nos olhos.

Pensei em esperar no carro, mas estava ansioso demais e acabei ficando na calçada.

Escutei o barulho de gritos e uma discussão abafada, vindos do fundo do estabelecimento.

Eu deveria ir até lá, não é?

Mas eu prometi esperar do lado de fora.

Droga!

Dei um chute no pneu do carro, tentando extravasar minha raiva, quando escutei as vozes aumentarem. Me virei para a porta do restaurante no momento exato em que Jennie saía de lá batendo os pés, seguida do gerente.

Mulheres ao Ataque - Jirose / Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora