Rosé

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Me peguei olhando pela décima vez para o telefone em pouco mais de quinze minutos

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Me peguei olhando pela décima vez para o telefone em pouco mais de quinze minutos.

— E aí? Já decidiu? — Jisoo perguntou da sua mesa, adivinhando o motivo da minha ansiedade.

— Eu não sei o que fazer. Juro. É muita coisa junta a se pensar.

— É só você não pensar muito — Jisoo falou com calma. Dividíamos a iluminada e imensa sala da Assessoria de Comunicação com dois estagiários, mas naquele momento só nós duas estávamos ali.

— Olha só quem está falando... — sorri ironicamente para ela e Jisoo me devolveu um sorriso igual.

Conheço Jisoo de longa data. Sou sete anos mais nova do que ela e nos conhecemos na faculdade quando eu, já no mercado de trabalho, participei de uma palestra sobre comunicação no mercado empresarial e ela
destacou-se como uma das alunas mais empenhadas.

Começamos a conversar esporadicamente e, anos depois, quando surgiu uma vaga para a
Comunicação da empresa em que eu trabalhava, acabei indicando seu nome.

E aqui estávamos nós. Amigas e parceiras de trabalho há mais de três anos.

— Quer chamar as meninas para formarmos um tribunal de decisão? — ela sugeriu em tom sério.

— Não. A Lalisa e o Jungkook vão viajar depois do almoço e a Lis está planejando o feriado com o namorado. Se a Hwasa souber, isso vai acabar indo parar no ouvido de todos os outros, e até a hora do almoço eu já terei ouvidodo Jin umas cinquentas vezes seguidas que ele avisou que eu estava me iludindo. — Suspirei cansada. — Eu contei só para você do que aconteceu ontem. Não quero ninguém preocupado comigo por conta daquele embuste.

Na verdade, eu tinha voltado para casa tão emocionalmente cansada de tudo que sequer tive coragem de contar às meninas. Depois do jantar luxuoso pago com o cartão de Kai, Jennie e Jimin ainda insistiram em me deixar
em casa, mas acabei recusando. Levemente bêbada por conta da garrafa de vinho, cheguei ao meu apartamento exausta e sem vontade de falar com ninguém.

Ainda tive que administrar o desgaste que foi ignorar as dezenas de ligações e mensagens de Kai. Por fim, bloqueei seu número e desliguei meu aparelho para conseguir dormir.

Também não contei para Jisoo que o irmão da noiva traída era ninguém menos do que o tatuado moreno que me beijou no Ano Novo. Era muita coisa para uma noite só.

Aquele beijo...

Passei alguns dias depois daquele encontro olhando nas redes sociais do Café as fotos da comemoração da Virada, procurando por alguma pista que me levasse ao tatuado moreno, mas a verdade é que nunca encontrei nada. Eu queria saber ao menos seu nome. Confirmar se tinha realmente
namorada. Procurei por marcações, postagens, perfis... Nada. Era como se ele
simplesmente não existisse.

Mulheres ao Ataque - Jirose / Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora