Meu destino | One Piece | Trafalgar Law

»-- Eleventh --«

Eram três da manhã, e eu estava agindo feito uma louca, tentando criar um colar semelhante ao do Ace para que ninguém percebesse que eu havia pego o original. Agora, a questão que me atormentava era: o que eu diria se alguém me questionasse sobre o motivo de eu ter um colar igual ao dele?

- Ace, e se alguém perguntar por que eu tenho um colar igual ao seu? - Olhei para Ace, que me encarava como se isso fosse algo fácil, como se eu não precisasse de ajuda. A verdade é que acho que ele não seria capaz de me ajudar com isso.

- É só dizer que achou bonito e fez um parecido pra você, eu não me importo, gatinha. - Ace deu um sorriso fofo e sentou-se à minha frente. 

- Está quase terminando, só mais duas bolinhas.

- Eu sei, estou vendo! - Eu estava nervosa, a Hela saiu para passear, provavelmente porque, depois de me apresentar o Ace, ela sumiu.

- Calma aí, gatinha, não precisa ficar nervosa. - Ace colocou as mãos no chão, se apoiando para trás. - Viu, terminou.

- Graças a Deus, não aguentava mais. Fazer um colar igual ao seu é muito demorado! - Levantei-me e fui em direção à lápide. Tirei o chapéu do local, coloquei o colar e, em seguida, coloquei o chapéu de volta no lugar. - Acho melhor eu ir dormir, já está tarde e... - Ace simplesmente cochilou... então está bem, vou dormir. - Boa noite, fantasminha. - Fui em direção à casa onde eu, Marco e Izo estávamos.

Confesso que é um pouco assustador lidar com um "Guardião" que conheci há apenas duas horas, mas por algum motivo, sinto que o conheço mais do que imagino. Chegando em casa, entrei com cuidado para não acordar Izo e fui para o meu quarto. Estava tão cansada que simplesmente me joguei na cama e dormi.

┈━ 8 horas da manhã ━┈

- Bora acordar, princesa, o dia não vai te esperar para começar, viu?! - Pera, o quê?

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAH, o capeta! - Ah, pera, era o Ace.

- Nossa, obrigada pela parte que me toca. - Lá estava ele, sentado na beira da minha cama. Eu nem tinha percebido que tinha dormido com o colar.

- Kayla, está tudo bem? Eu te vi gritando e... - Marco, que entrou com tudo no meu quarto, seguido de Izo, olhou para o meu pescoço e viu o colar. - Esse é o colar do Ace?

- E-Eu fiz um parecido, porque achei bonito, espero que não se importem... - Levantei-me.

- Não, não se preocupe, ficou muito bonito em você. - Izo falou enquanto me observava e Marco apenas confirmava. - Mas está tudo bem? Ouvimos o grito.

- Está tudo sim, eu só tive um pesadelo, nada demais. - Dei um sorriso para ambos.

- Nossa, eu sou um pesadelo. - Ace estava no canto do quarto com a cabeça baixa, fazendo drama.

- Tudo bem então, agora troca de roupa que já, já você e o Izo vão ir treinar. - Marco e Izo saíram e fecharam a porta.

Tudo muito confuso, tudo muito rápido... Agora eu tinha um fantasma de estimação, e eu nem sei como me acostumar com isso. Arrumei minha cama e fui para o banheiro trocar de roupa, deixando claro para Ace que não era para ele entrar, senão eu daria um jeito de bater nele. Depois, tomei meu café da manhã e fui me encontrar com Izo. O que mais me preocupa é o Izo e o Marco. Se eles descobrirem que eu consigo falar com o Ace, como será que eles vão reagir?

Depois de me encontrar com o Izo, passamos algumas horas treinando,mas durante a tarde, enquanto treinava com Izo, ele decidiu compartilhar mais sobre sua conexão com Ace e a história da ilha.

- Ace e eu compartilhávamos um vínculo muito além da tripulação. Éramos como irmãos, e mesmo após sua partida, ele deixou um legado que continua a influenciar este lugar. - Izo olhou para os túmulos com respeito. - Quando Ace partiu, assumi a responsabilidade de manter viva a chama que ele deixou. A comunidade aqui encontrou esperança nas lembranças dele.