Capítulo 17 - O início da primeira guerra bruxa

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Hogwarts, 1951

A escuridão pairava sobre o mundo bruxo como uma nuvem sombria, enquanto os ventos da guerra começavam a soprar. Hogwarts, que outrora era um refúgio de segurança e aprendizado, agora tremia sob a sombra crescente da ameaça dos comensais da morte.

Georgina sentia o coração pesado enquanto caminhava pelos corredores de pedra de Hogwarts, seus pensamentos mergulhados em conflito. Ela e Tom estavam envolvidos em um turbilhão de emoções, presos sob o feitiço poderoso do amortentia. Apesar de saber que sua ligação com Tom era manipulada pela poção do amor, uma parte dela ainda ansiava pela presença dele. Tom, com sua aura sinistra e carisma magnético, parecia ser o único porto seguro em meio à tempestade que se aproximava. E mesmo enquanto os Comensais da Morte preparavam-se para espalhar o caos pelo mundo dos trouxas, Georgina encontrava-se incapaz de resistir à sua influência.

Os corredores de Hogwarts estavam silenciosos, uma tensão palpável pairava no ar. Georgina e Tom avançaram juntos, seus passos ecoando como um presságio sombrio. Em algum lugar, à distância, o som de explosões e gritos de terror podia ser ouvido, os sinais do conflito que se desenrolava fora dos muros da escola.

- Ma belle - disse Tom, sua voz suave carregando um toque de urgência. - Está na hora de darmos o próximo passo.
Ela olhou para ele, os olhos brilhando com uma mistura de devoção e medo.

- O que você quer que eu faça, Tom?- ele sorriu, um sorriso que enviou arrepios pela espinha de Georgina.

- Você confia em mim, não é mesmo, minha querida? - ela engoliu em seco, lutando contra a voz interior que sussurrava advertências. 

- Sim, confio.

- Então venha comigo. - Tom estendeu a mão para ela, um gesto que parecia tanto promessa quanto ameaça.

Juntos, eles atravessaram os corredores até chegarem diante do escritório de Alvo Dumbledore.

Tom bateu à porta com firmeza, um sorriso calculista nos lábios.

Dentro do escritório, Dumbledore estava sentado à sua mesa, uma expressão de seriedade em seu rosto sábio. Ele olhou para Tom e Georgina com uma mistura de curiosidade e desconfiança.

- Tom Riddle e Georgina Slughorn. - começou Dumbledore, sua voz tranquila, mas firme. - O que os trazem aqui hoje? - Tom manteve sua compostura impecável, seu olhar fixo nos olhos azuis do diretor.

- Vim oferecer meus serviços a Hogwarts, professor Dumbledore. - as sobrancelhas de Dumbledore se ergueram ligeiramente.

- Seus serviços?

- Sim. - respondeu Tom, sua voz suave como seda.

- Gostaria de me tornar professor de Defesa Contra as Artes das Trevas nesta prestigiosa instituição. - Dumbledore estudou Tom por um momento, sua expressão indecifrável.

- Eu temo que isso não seja possível, Sr. Riddle. O cargo já está preenchido. - um lampejo de frustração passou pelos olhos de Tom, mas foi substituído por um sorriso confiante.

- Com todo o respeito, professor Dumbledore, acredito que posso oferecer mais do que o professor atual.- Dumbledore permaneceu impassível. 

- Não posso simplesmente demitir o professor para satisfazer seus desejos, Sr. Riddle. Ele é um membro valioso desta escola.

Georgina sentiu a tensão no ar enquanto Tom e Dumbledore travavam uma batalha de vontades e apertou ainda mais a mão de Tom que ainda permanecia agarrada a sua. Ela sabia que estava prestes a presenciar algo monumental, algo que mudaria o curso da história de Hogwarts para sempre. Tom respirou fundo, controlando sua raiva crescente.

- Muito bem, professor Dumbledore. Se não posso me juntar a você como professor, então vou deixar minha marca de outra maneira. - antes que Dumbledore pudesse responder, Tom e Georgina começaram a entoar um antigo encantamento sombrio, suas varinhas erguidas em uníssono. O ar ao redor deles parecia pulsar com energia negra, e uma sensação de medo se espalhou pelo escritório de Dumbledore.

- O que vocês estão fazendo? - perguntou Dumbledore, sua voz ecoando com autoridade. Mas era tarde demais. O encantamento estava completo, e uma marca negra começou a se formar no ar, pairando sobre o escritório de Dumbledore como um símbolo sinistro do mal iminente.

Tom olhou para Dumbledore, seu sorriso agora tingido com triunfo.

- Esta é a minha marca, professor Dumbledore. O mundo bruxo logo saberá que o poder dos Comensais da Morte está crescendo, e nada poderá detê-los. Se eu não posso ter o cargo, ninguém terá. - Dumbledore permaneceu em silêncio por um momento, sua expressão sombria.

- Tom... você escolheu o caminho da escuridão e levou a pobre moça com você. Que tenham misericórdia da alma dela pois a sua já está condenada.

Com isso, Tom e Georgina partiram do escritório de Dumbledore, deixando para trás uma sensação de desespero e incerteza. A Primeira Guerra Bruxa havia começado, e o futuro de Hogwarts estava mais sombrio do que nunca.

À medida que Georgina e Tom saíam do escritório de Dumbledore, uma sensação de peso se instalava em seus ombros. O corredor à frente parecia mais escuro do que nunca, e os murmúrios preocupados dos estudantes ecoavam pelas paredes de pedra.

Georgina se agarrou ao braço de Tom, sentindo-se mais vulnerável do que nunca. Ela sabia que havia escolhido um caminho perigoso ao lado dele, mas também reconhecia a sensação de poder e proteção que sua presença lhe proporcionava. No entanto, havia uma vozinha dentro dela que sussurrava dúvidas e temores, uma voz que ela tentava ignorar a todo custo.

Tom, por outro lado, parecia imune às preocupações. Seu rosto permanecia sereno, quase indiferente à gravidade da situação. Ele liderava Georgina pelos corredores com confiança, como se estivesse traçando um plano meticuloso em sua mente calculista.

Enquanto caminhavam, passaram por grupos de alunos em murmúrios ansiosos, trocando olhares preocupados e conjecturas sobre o que estava acontecendo. Alguns pareciam assustados, outros determinados, mas todos compartilhavam a mesma sensação de incerteza quanto ao futuro.

Finalmente, chegaram ao Salão Principal, onde a agitação era ainda maior. Eles observavam escondidos por um feitiço. Professores conversavam em murmúrios graves, alunos se agrupavam em pequenos círculos, discutindo em voz baixa. No centro do salão, Dumbledore estava de pé, sua figura imponente emanando uma calma que contrastava com a atmosfera tensa ao redor.

- Meus queridos alunos e colegas - começou Dumbledore, sua voz ressoando pelo Salão Principal em um tom grave. - Como muitos de vocês devem ter percebido, o mundo bruxo está enfrentando tempos sombrios. Os Comensais da Morte estão ganhando força, e sua influência se espalha como uma doença pelo nosso mundo.

Um murmúrio percorreu a multidão, uma mistura de medo e determinação.

- No entanto, devemos lembrar que a coragem e a união são nossas maiores armas contra a escuridão. Devemos permanecer unidos, apoiando-nos uns aos outros em tempos difíceis. E, acima de tudo, não devemos ceder ao medo.

Houve um momento de silêncio solene antes que Dumbledore continuasse.

- Como diretor de Hogwarts, prometo a vocês que farei tudo em meu poder para proteger esta escola e todos que nela residem. Mas também peço a cada um de vocês que se mantenha vigilante, que esteja pronto para enfrentar o mal onde quer que o encontremos. Pois juntos, somos mais fortes do que qualquer treva que se atreva a nos desafiar.

Com essas palavras, Dumbledore encerrou seu discurso, e o Salão Principal irrompeu em aplausos e murmúrios de aprovação. Georgina sentiu um arrepio percorrer sua espinha enquanto olhava ao redor, absorvendo a determinação e a coragem que pareciam pairar no ar. Ela sabia que o caminho à frente seria difícil e perigoso, mas também sabia que estava do lado certo. Não é?

A profecia - Draco Malfoy (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora