8 - Born To Die

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Broken

Abutres são aves carniceiras que geralmente vivem no deserto que rondam e se alimentam de animais mortos e era exatamente assim que Camie via os paparazzis, como abutres que a reconheceriam mesmo se fizesse uma cirurgia plástica para mudar de identidade apenas esperando o momento que ela cometeria uma gafe e então a devorariam.

Por isso ela olhou para os dois lados para se certificar de que ninguém em especial estava prestando atenção em si enquanto entrava naquela boate. Seus ouvidos sendo imediatamente entupidos por uma música alta e devassa que servia como guia para várias mulheres que ensaiavam a apresentação que fariam à noite. Utsushimi não disfarçou a careta de repulsa, aquele lugar era tão vulgar quanto imaginou.

As coisas não estavam fáceis para Camie e cada dia que passava ela se condenava mais e mais por ter cedido a tentação e transado com Yoarashi. Há dois dias atrás havia ido em uma das suas boutiques favoritas comprar um novo par de seus sapatos favoritos todavia quando foi pagá-los seu cartão Black foi recusado assim como os outros dois que pediu para a atendente tentar passar.

Fôra Todoroki que tinha feito aqueles cartões para ela como um presente de aniversário ano passado e como se não fosse o bastante, a conta de emergência que o empresário tinha feito também para ela foi zerada, ele tinha pegado absolutamente tudo de volta.

E a loira ficou ainda mais possessa quando Todoroki enviou uma breve mensagem pedindo que ela lhe devolvesse o anel que usou para pedí-la em casamento e em seguida bloqueou seu número. Para Shouto aquele era o último presente que seu pai tinha comprado para sua mãe, Rei, antes de vir a óbito. Uma jóia com um grande valor sentimental para toda a família.

Para Camie, era um anel da Swarovski de oitenta e sete mil dólares que ela adorava exibir para suas amigas nas festas.

Aquilo tinha sido a gota d'água, achava que já estava na hora da sua vingança.

Como não podia mais usar o dinheiro de Todoroki, teria que usar o seu para botar seu plano em prática. Utsushimi contratou alguém para ir até a boate e pedir por uma noite do garoto de programa dos cabelos verdes e relatar tudo para ela, até o que parecesse ser irrelevante e foi exatamente isso que Monoma Neito – um de seus amantes da época do colégio – fez, contando tudo a ela.

Como o esverdeado parecia ter um medo descomunal do dono da boate, que curiosamente era seu padrasto e como era caro passar a noite com ele e como Hizashi parecia ser um tanto descontrolado.

Isso a fez ponderar, se o tal Deku fosse tão caro assim significava que ele tinha algum nível de exclusividade e possivelmente não podia ficar se encontrando constantemente com a mesma pessoa e somado a como o homem tinha dito que era a personalidade do padrasto, talvez ele punisse o garoto por isso. Se estivesse com sorte, Hizashi poderia até matá-lo.

Não pode evitar sorrir ao pensar no tanto de sofrimento que isso traria a Shouto.

— Posso ajudar? – à sua frente se projetou uma mulher de cabelos negros azulados, vestindo uma legging e um topper. Mesmo que ela tentasse não demonstrar nada, Kayama viu quando o canto da boca de Camie se ergueu em desprezo, e cruzou os braços impaciente.

Sabia que ela já tinha ideias pré concebidas da boate. Algumas até que infelizmente ela não poderia negar.

— O dono desse... Estabelecimento se encontra? Preciso falar com ele algo muito importante. – seu sorriso simpático deixou Nemuri imediatamente em alerta, algum coisa naquela mulher não cheirava bem.

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