9 - Calling

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Cares

— Sabe me dar a informação sobre um paciente que deu entrada aqui hoje? O nome dele é Izuku. – questionou à recepcionista. O coração de Shouto batia na garganta tanto pelo nervosismo quanto por ter corrido do estacionamento até a recepção.

A moça de cabelos cumpridos e castanho acobreados olhou rapidamente a lista de pacientes que tinha chegado no hospital naquele dia e viu que aquele nome não se encontrava ali.

— Lamento senhor, mas não temos ninguém aqui com esse nome, saberia me informar o sobrenome?

— Não sei o sobrenome dele. – repreendeu a si mesmo, deveria ter perguntado isso em algum momento. Embora duvidasse que ele lhe diria. — Ele é baixo, tem sardas e cabelos cacheados, meio verdes.

— Ah, o garoto de programa?! – a repulsa e a esnobação foram mais que presentes na sentença e feição da mulher. Todoroki queria gritar para que ela o respeitasse, no entanto ainda estava em um hospital e estava preocupado demais com o esverdeado para ficar perdendo tempo. — Ele está aqui sim mas disse que seu nome era Deku. – informou olhando a ficha novamente.

— Como ele está?

— Ele tem um hematoma no estômago, as costelas sofreram pancadas fortes e embora não tenham sofrido nenhum dano grave, vão ficar doloridas por um tempo. Deve ter sido um cliente violento, essas coisas são bem comuns para pessoas desse tipo. – comentou com escárnio.

— Se não vai falar nada útil faça um favor para todos nós e cala a boca. – a mulher arregalou os olhos com a frase de Bakugou se dando conta de que tinha realmente passado dos limites. — Qual o número do quarto?

— C-cinquenta e um. – eles saíram em busca do quarto indicado e quando achou, Shouto não fez questão de bater na porta e apenas segurou a maçaneta e empurrou a porta e o que encontrou lá dentro travou sua respiração.

Izuku tinha um lado do rosto vermelho e os olhos inchados.

Shouto realmente não sabia que podia ser tão rápido daquela forma. Uma hora estava em pé na porta do quarto e na outra, estava sentado naquele leito hospitalar apertando Izuku em seus braços, enquanto o mesmo som que há alguns minutos atrás o deixou tão angustiado repercutiu novamente em seus ouvidos, o choro de Izuku.

O meio a meio sabia reconhecer quando uma pessoa estava ruindo, afinal o mesmo tinha acontecido consigo no dia que seu pai morreu e agora o mesmo acontecia com Izuku. Sua índole estava ruindo e ele precisava de alguém para o manter de pé e Todoroki estava disposto a ser esse alguém, e por isso não se importou de estar se molhando com as lágrimas do de sardas e apenas permitiu que ele se apoiasse nele para passar por aquele momento.

— O que aconteceu, Eijirou? – a pergunta o trouxe de volta a realidade e ele percebeu apenas nesse instante, uma quarta pessoa no local. Um homem de cabelos espetados, que seriam bem parecidos com os do seu amigo se não fossem tingidos de um tom vibrante de vermelho, e dentes pontudos.

O reconhecida daquele dia em que foi com seus amigos na Midnight, era o barman que Bakugou estava afim. Até faria uma piada se não estivesse tão preocupado com o ser pequeno que ainda não falará nada e apertava as costas da sua camisa como se Todoroki fosse um bote salva vidas que ele se agarra na intenção da correnteza do alto mar o levar até uma praia.

— Desculpem-nos por tirar vocês do trabalho assim tão de repente mas foi uma situação de total emergência. – explicou ao loiro, tentando conter a agitação no estômago que sempre sentia ao vê-lo, aquele assunto era muito sério para ficar se distraindo, por isso pigarreou e desviou o olhar para Todoroki. — Gostaria de pedir ao senhor Todoroki que o Izuku ficasse na sua casa por um tempo, ele não pode voltar para onde morava antes. Lá não é seguro para ele.

Escort • TodoDekuOnde histórias criam vida. Descubra agora