capítulo 9

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" Hoje o sol não brilhou, os pássaros não cantaram, os risos se calaram e as lagrimas rolaram em meu rosto. Meu coração sofreu em silencio."

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Havia sido um dia muito cheio na ordem.

Dante acordou do transe que tinha entrado. Sentado sobre o simbulo da sala que dividia com Agatha, sorriu ao sentir o poder de um novo ritual correndo por suas veias, sentindo o símbolo se gravar na parte de trás do seu cérebro, quase se esculpindo ao osso de seu crânio.

Agatha estava apoiada no balcão, seus olhos ansiosos, olhando o pai, torcendo para que ele lhe confirmasse se o ritual criado por ela havia funcionado.

Dante se levantou, caminhou para fora do símbolo e se concentrou, seus olhos piscaram e sorriu, olhou para a filha que dava pulinhos, claramente muito empolgada.- Deu certo?- Viu Agatha afirmar e lhe entender a mão em um hi five, que logo foi respondido por Dante, que abraçou a garota, a apertando com toda a força que tinha.

- Dante! Dante! Minha costela!- Deu tapinhas no ombro do mais velho que logo a soltou, se sentindo meio culpado por ter se esquecido do efeito da lâmina paranormal de Kian.

- Me desculpe.- Pos as mãos sobre os ombros dela, analizando a garota com atenção.- Eu te machuquei? Quer que eu te leve na enfermaria?- Agatha negou, achando graça no jeitinho que Dante tinha de se preocupar com todo mundo.

- Tá de boa.- Ela disse e logo se virou para o balcão, sendo seguida por Dante que prestava muita atenção no grimorio criado pela filha, agora onde mais uma página com ritual era marcada, o simbolo complexo marcado com facilidade invejável pela garota, suas particularidades anotadas logo ao seu lado.

- Falta a parte mais importante...- Dante coçou o seu projeto de barba, que agora começava a crescer, sendo muito pouco perceptível, já que os fios loiros mal se destacavam de sua pele, sendo quase transparentes, quase brancos, assim como seu cabelo.- Qual vai ser o nome?

- Eu sei um muito bom!- A garota sorriu enquanto riscava no papel, fazia letra por letra, muito concentrada, deixando sua caligrafia impecável. As letras mais arredondadas, o traço firme da caneta precionada com força na folha faziam com que a letra da menina se assemelhasse muito a de Arthur. Se tivessem dito a ele que Agatha era sua filha biologica quando os conheceu, de fato acreditaria.- Olhos da ilusão.

Dante sorriu, feliz com o nome, e então o livro pesado foi segurado por Agatha e ambos marcharam em direção a sala do Veríssimo, mais do que animados para mostrar a novidade a Arthur. Bateram na porta como o habitual, mas não obtiveram uma única resposta.

Dante estranhou um pouco, seus olhos se voltaram para a filha que tinha a mesma expressão no rosto, então bateu mais uma vez, e nada.

Meio ansioso, meio empolgado pelo novo ritual, Dante abriu a porta, vendo a sala vazia sem o mínimo sinal de Arthur.

Já eram por volta das dez da noite, não seria de se estranhar que o namorado tivesse ido para casa, mas o problema é que Ivete tinha ido as seis, e quem dirigiu naquela manhã, foi Dante, as chaves do carro ainda estavam guardadas num dos bolsos do terno.

Dante então ligou, mas em pouquíssimos segundos, sua ligação foi recusada. Um mal pressentimento corroeu sua alma, e Agatha parecia tão preocupada quanto. Foi então que mutuamente decidiram recorrer a quem podia achar uma pessoa mesmo que el não quisesse ser achada: Samuel.

A sala de inteligência era particularmente mais fria, provavelmente pelos aparelhos ali, computadores dos mais modernos, alguns modificados com o paranormal, capazes de fazer qualquer coisa, até mesmo acessar as informações ocultas de um país não pareciam grande coisa.

alinhamento milenar - DanthurOnde histórias criam vida. Descubra agora