Você consegue me ouvir dizendo teu nome eternamente?
Você consegue me ver desejando-te eternamente?
Você me deixaria tocar tua alma eternamente?
Você consegue me sentir desejando-te eternamente?Ghost, Tobias Forge
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Mais um fim de tarde caia sobre São Paulo, não um qualquer, era véspera de halloween e um certo casal tinha comprado ingressos para um show.
Arthur tinha se aprontado, se vestido com a blusa de uma de suas bandas favoritas, posto a jaqueta lustrosa de couro preto, tinha engraxado os coturnos, caprichado nos acessórios, feito a barba e cortado o cabelo e nesse exato instante se encarou no espelho, sorrindo, ajeitando a frente da jaqueta como se fosse um personagem de musical dos anos oitenta.
Sorriu radiante ao se olhar no espelho, bonito, estava se sentindo bonito.
Confiante, Arthur saiu do quarto, caminhando sem pressa nenhuma pelo corredor para o quarto da filha, que com uma escova e secador de cabelo terminava de ajeitar o cabelo de Dante, este que abriu um sorriso muito bonito ao ver Arthur, os olhos negros indo do solado dos coturnos ao pequeno "d" na lateral em degrade do cabelo.- Oi chuchu.
E Agatha sorriu bem satisfeita com seu trabalho, olhando de todos os ângulos possíveis a cabeleira loira.- Acho que se eu me mexer ela me mata.- Comentou Dante.- Acha que minha roupa tá boa?
Arthur sorriu, ele tinha posto uma de suas camisas, a mesma banda da que Arthur usava, mas a ilustração de um álbum diferente. A calça preta, o all star de mesma cor e a jaqueta dos abutres, combinado com a de Arthur, é claro.
- Você tá lindo, amor.- Lhe lançou uma piscadela e fez Dante ler seus lábios, enquanto um: "Gostoso" silabava neles.
Dante sorriu.
- Tá lindão pai!- Agatha sorriu.- Tá pronto pro encontro.
- Não é um encontro, filha... A gente só...
- É um encontro.- Arthur disse convicto.
- Um encontro de reconciliação.- Agatha completou.
- E eu acho melhor a gente ir andando pro nosso encontro de reconciliação, senhor Portinari.- Dante assentiu, levantando-se da cadeira, sorrindo para a filha que meio tímida lhe pediu um abraço, que, obviamente ele deu com um sorriso, deixando um beijo em sua testa.
- Se cuida e obedece a Ivete.- Disse Dante.
- E vocês não encham a cara, tão velhos de mais pra isso!
- Tchau Agathinha.- Despediu-se Arthur quando viu Dante soltar do abraço.- Lembra...- E estendeu o mindinho, Agatha sorriu.
- Sim senhor.- E meio sem entender, Dante foi seguindo Arthur pela casa, saindo pela porta da frente, mesmo com Jennifer protestando veementemente pela saída dos dois com miados, parecia que suas forças eram em vão.
Na garagem, com Dante pronto pra seguir ao banco do carona como seu habitual, parou seu trajeto ao ver Arthur contornar o carro em passos apressados e então abrir a porta, curvando levemente o corpo em uma reverência, Dante riu.
- Vai me bajular a noite toda, não vai?- Arthur fechou a porta, contornando o carro, entrando de seu lado, um sorriso bonito no rosto.
- Vou.- Se virou brevemente pra ele, as bochechas meio coradas, o olhar de bobo apaixonado.- Tem uma coisa pra você no porta luvas.- Uma sobrancelha loira se arqueou na sua direção, Arthur tinha mudado de cor, ficado vermelho, aquilo era suspeito.
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alinhamento milenar - Danthur
Fanfiction"O que existe além do que já foi dito sobre o amor?" Para Dante, Arthur sempre foi a representação mais bela, singular e pura dele, aquele homem que esteve para si em momentos corriqueiros, ou nos mais difíceis, o consolando com seus abraços apertad...