(S/n)— Tem certeza que não foi você que mandou isso?
— Não fui eu não.
Hoje de manhã eu recebi na porta da minha casa uma caixa de papelão com listras vermelhas e brancas, que foi deixada por alguém que eu não fazia ideia. Eu liguei para meu amigo Billy, e perguntei se foi ele que havia deixado aquela caixa ali na frente.
— Estranho. Não tem bilhete nem nada — Eu resmungo.
— O quê que tem dentro? — Billy me pergunta.
Enquanto eu abria a caixa, eu pude escutar o som de teclas de teclado vindas da linha telefônica. Billy provavelmente devia estar escrevendo algum romance naquele aplicativo laranja.
— Bem, isso parece um Headset. Quem diabos iria deixar isso aqui?
— Não seria melhor você devolver ele? — Billy pergunta.
— Como eu faria isso? Não tem nem endereço, carta, nada! — Eu digo.
— Ué, fica pra você então. Achado não é roubado. — Billy debocha.
— Hum, é mesmo. Não quer vir aqui em casa pra testar comigo?
— Não, muito obrigado. Vai que tem algum chip e alguem te sequestra. — Billy diz.
— Muito obrigado pelo consolo. Tchau Billy.
— Tchau S/n. Até depois.
~~~Fim da ligação~~~
Eu coloco meu telefone sobre a mesa. Depois eu pego esse Headset e decido testar para ver se funcionava. Eu caminho até meu quarto e fecho a porta logo atrás.
Depois do meu aniversário de 19 anos, meus pais decidiram tirar um tempo para eles e foram viajar para a casa dos meus avós. Eu decidi não ir para poder ficar sozinho em casa.
Eu ligo meu laptop antes de sentar na minha cadeira com rodas. Depois que ele liga eu conecto o Headset. Enquanto eu o configurava, uma música animada que parecia de circo tocava através dele.
Um pouco desconfiado eu coloco o Headset e por um segundo tudo fica escuro mas depois um feixe de luz aparece, o que incomodou os meus olhos.
Era estranho o meu corpo parecer mais leve e eu sentir formigamentos tão de repente, e também parece que o Headset não estava em minha cabeça.
Minha visão logo se ajusta ao ambiente. Permaneço em silêncio, com a boca completamente fechada enquanto observo que estava em um chão quadriculado. Olhando para cima vejo que eu parecia estar em uma barraca, parecia mais um circo.
Olho para as minhas mãos e vejo que estou usando luvas roxas e vermelhas, um pouco parecidas com o estilo cartunesco.
"Há muitos corredores por aqui, não é mesmo?", eu digo para mim mesmo enquanto olhava o lugar. Olho por um longo corredor cheio de portas diferentes. Cada uma delas com a foto de alguns personagens, Outras não haviam nada.
Ok... O que eu teria que fazer? Eu estava em uma espécie de um jogo ou algo do tipo? Será que tem algum objetivo?
Enquanto eu andava eu não prestava atenção, e quando menos percebi eu acabo caindo por uma série de escadas.
Eu saio rolando degraus abaixo. Era muito o estranho pois meu corpo doía como se aquilo fosse de verdade. Eu só paro de rolar quando eu bato em algo macio.
Eu olho e vejo que acabei derrubando alguns personagens que tinham seus rostos naquelas portas lá em cima. Tinham um coelho roxo antropomórfico, um Rei de xadrez, uma máscara de teatro com fitas de filme como seu corpo, uma boneca de pano e uma personagem que eu não sabia descrever.
— Caim... Isso é mais um de seus Npc's ou um novo otário que chegou? Por quê se ficar chovendo personagem novo, a gente vai ter que refazer toda a música tema. — Disse o Coelho roxo.
— Otário? — Eu resmungo.
— Eu não vou cantar de novo. — Uma personagem diz.
— Oh céus, parece que um novo humano entrou nesse domínio! — Disse o que parecia ser um apresentador.
A aparência dele era de fato engraçada. No lugar de sua cabeça havia uma daquelas dentaduras de brinquedo e seus olhos ficavam dentro de sua boca aberta.
— Ok?... Isso tá estranho. É melhor eu tirar esse Headset. COMO EU TIRO ESSA COISA?
Eu tento puxar o Headset mas era como se ele não estivesse mais ali. Eu fiquei puxando o meu próprio rosto e meu olhos se esticaram como se fossem de borracha.
— Quem são vocês? Onde eu tô? Por quê quê não consigo tirá-lo?
—Vamos ficar todos calmos. Vai ficar tudo bem coisinha nova, por isso todo mundo aqui já passou. — Disse a boneca de pano enquanto eu enlouquecia. — Você só tem que...
— MAS QUE POR$@& TÁ ACONTECENDO? — Eu grito, mas fico confuso por minhas palavras terem sido censuradas.
— Não, não, não queridinho, não podemos ter esse tipo de linguajar por aqui. O incrível Circo digital e para todas as idades. — Disse o apresentador, que presumi ser Caim. — E tu meu amigo, tropeçou em mundo de maravilhas onde tudo pode acontecer, exceto palavrões.
Eu não acredito nele. Eu tento gritar todos os palavrões possíveis existentes. Todos censurados com fonemas cartunescos.
— Ele é igual a Pomni. — O Coelho diz.
— Quem é Pomni?
— É uma de seus novos amigos. — Disse Caim.
— Tá... Mas enfim, como eu... Saio daqui?
— A. — É o que Caim diz.
— Olha, não surta sobre isso ou algo assim, mas... — A boneca de pano diz.
— Não tem saída. — O Coelho diz.
Eu estremeço com essa declaração repentina.
— Cala boca Jax. — Disse aquela personagem. — Mas ele tá certo. Bem vindo ao seu novo lar, e seu novo corpo.
— Novo lar? Como assim?
— A gente tá aqui faz anos. O Kinger ali, aparentemente tá há bem mais tempo que a gente. — Ele se refere a Rei de xadrez. — E é por isso que ele tá maluquinho. — o Coelho ri.
Eu começo a entrar em colapso. Eu começo a ter uma crise de ansiedade, mas logo me acalmo. Eu "aceitaria" esse destino estranho, e vou descobrir como sair daqui.
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Sentimentos Digitais? | Jax x Male Reader
FanficS/n é um jovem que recebeu em sua casa um Headset misterioso e que decidiu testar o aparelho na internet. Por acidente, S/n fica preso em um outra realidade, onde existem personagens bizarros, um Circo enorme, e um coelho roxo completamente insuport...