Sentimentos Digitais? | Jax x Male Reader

O Coelho Impertinente

(S/n)

— O que acabou de acontecer? — Eu faço uma pergunta retórica.

— É só mais uma das aventuras maluca do Caim. — Disse a boneca. — É um passatempo pra gente... Ann... Não ficar maluco.

— Fale por si mesmo. Se precisarem de mim, vão se Fu$3#. — Disse aquela personagem, que logo foi pega por aquelas criaturinhas.

— Não liga pra Zubble, ela é um pouco difícil. Aliás, eu sou a Ragatha. — A boneca se apresenta.

— Você parece ter se enturmado rápido aqui. — Disse Jax. — Qual o seu nome mesmo?

— Uh... É S/n. — Eu digo, um pouco desconfortável com o nome novo.

— Interessante esse nome S/n. — Ele sorri maliciosamente. — Bem, temo que agora eu vou ter que te apresentar o circo. Se bem que você podia ir sozinho né? — Ele afirma um pouco desinteressado.

De certa forma fiquei um pouco ofendido com isso.

— Bem, eu poderia ir sozinho, mas eu posso me perder. Parece que o Caim não ia gostar se eu sumisse. — Sorrio maliciosamente pra ele.

— Hum, você é divertido. — Ele sorri. — Se bem que se você sumir ele vai te encontrar com os poderes "místicos" dele.

Jax se virou e começou a andar em uma direção desconhecida. Eu o sigo para seja lá aonde. Passamos pelo espaço aberto e cheio de portas.

— Fique perto de mim novato, se não você pode cair no vazio. — Ele diz.

Jax puxa para o lado uma das enormes cortinas do circo e a luz atinge com força meus olhos. Quando minha visão se ajusta eu vejo o lado de fora que Caine já havia me mostrado.

— Então, realmente não tem uma saída desse lugar? — Decido puxar assunto.

— Não! Não há nenhuma maneira de escapar. Já vai se acostumando. — Ele diz.

— Você é uma espécie de Coelho mágico ou algo do tipo? Todos eles são seres reais?

— É claro que somos. Viu? Real o suficiente? — Jax apertou minhas bochechas, o que doeu um pouco.

— Me solta. — Dou um tapa em sua mão, o que faz ele sorrir. — Não acredito nisso. Tudo pra mim é falso.

— Acredite no que quiser garoto. — Ele zomba. — Já que é tudo um sonho, espero que você acorde logo.

Caminhamos pela grama macia até chegarmos em frente ao lago digital.

— Você é sempre assim? — Pergunto a ele enquanto olho a água que fazia os mesmos movimentos.

— Assim como? — Ele perguntou confuso mas sem tirar seu sorriso.

— Debochado, sem interesse, sarcástico, insuportável? — Murmuro.

— Oh, que lindo você reparar nas minhas belas qualidades. Sabe S/n, parece que nos conhecemos há muito tempo. — Ele diz.

— Com certeza. — Digo ironicamente. — A propósito, o Caim já me mostrou aqui fora.

— Ele te mostrou lá de cima! — Ele aponta para o céu. — Queria que você visse de perto a paisagem.

— Bem, olhando melhor, aqui é muito bonito, apesar da água estar com falhas e com uma textura duvidosa.

— Que bom que gostou. Já que você aparenta já estar acostumado com esse lugar, você vai poder vir aqui várias vezes.

— Eu tenho que estar calmo. Assim que eu acordar vai estar tudo resolvido.

Ele parece ficar chateado com isso que acabei de dizer, mas não deve ser de verdade, afinal nada aqui é real.

Voltamos pelo gramado até voltarmos a tenda. Jax me disse que me mostraria onde ficavam os quartos e me mostraria o resto da tenda.

Eu não pude deixar de sentir um arrepio dentro de mim. Não como se ele fosse real.