O general Jeon estava habituado a servir, cuidar e proteger. Sua fidelidade era ao seu reino, confiava em seus líderes e amava o povo ao qual defendia nestes árduos tempos de guerra.
Ou talvez... Talvez só estivesse tão acostumado a fazê-lo que segu...
Oii, demorei, mas apareci Não tenho explicações, só minha cara de pau mesmo 🙃
💕O cap contém cenas de violência, sangue e morte.💕
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Agarrando com firmeza a caixa marrom contra o peito, Niara encolheu-se ao lado da pilastra.
Ouvira passos e esgueirou-se rapidamente para evitar ser vista.
Só precisava passar por mais dois corredores e, finalmente, chegaria à biblioteca.
Jeongguk tinha um acesso ao castelo mais limitado do que o que gostariam, mas ainda conseguiu servir de grande ajuda antes de partir.
Quando o silêncio se fez presente, ela espiou por de trás da estrutura e, ao confirmar que estava tudo bem, voltou a buscar seu destino.
Os corredores do palácio eram confusos e extensos, ela não deixava de se perguntar como era para os moradores viverem ali. Era como residir em um museu em formato de labirinto.
Os quadros grandiosos nas paredes, mostrando a face de diferentes figuras de grande importância na história da independência de Byeol até a monarquia a ajudavam um pouco a se localizar.
E foi, justamente ao virar à esquerda, logo após passar pela figura estampada de uma senhora rechonchuda, de cabelos grisalhos e coberta das mais belas jóias douradas, que finalmente conseguiu retornar à biblioteca de onde roubou tudo aquilo.
A biblioteca em que Jin a deixou ficava duas portas depois da que estava adentrando agora.
Estava vazia e um suspiro aliviado ecoou por seus lábios.
Isso significava que acabou.
Considerou enquanto caminhava até o segundo andar da biblioteca, onde, atrás da última prateleira de livros, uma porta marrom, simples e discreta estava disposta.
Colocou a caixa no chão, pegando do bolso de seu vestido a cópia da chave que conseguira fazer na primeira vez em que estivera aqui.
Um certo alívio acalentava seu peito enquanto entrava na sala.
Sem mais mentiras, pensou enquanto tentava ajeitar a caixa no local em que se recordava de vê-la.
E sem mais encontros, completou com uma pontada de melancolia.
Não seria hipócrita ao mentir que não tinha motivos para querer voltar a encontrar Seokjin, não seria ridículo ao ponto de dizer que não ansiava para revê-lo, a questão era, com que propósito materializaria tal desejo inoportuno?
Havia apenas uma opção aceitável para ela viver uma vida com ele na sociedade em que ele vivia e, definitivamente, não envolvia tornar-se oficialmente sua companheira.
Não viera de tão longe para tornar-se amante de alguém.
E ainda que se permitisse viver o momento, envolver-se com ele entre encontros, flertes e gracejos mal disfarçados, enquanto aquilo não era um problema devido a posição do príncipe, como poderia aproveitar qualquer paz quando a culpa a corroeria?
