11 Obrigado

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Alastor retira sua mão de meu rosto o deixando manchado de sangue. Ele arruma seus óculos e sua roupa.

Alastor: Vamos querida levante!🎙

Ele estendia sua mão para mim, me olhando com seu sorriso ensanguentado, o amarelo dos dentes se misturando com o vermelho do padre.

Minhas mãos tremiam, sinto vontade de gritar. Recusei sua mão me levantando sozinha.

Alastor: Você.. está bem pálida minha querida! Até parece que viu um fantasma! Hahaha!🎙

Dei um passo para trás.

S/n: O... oque você fez... Ele está..

Alastor: MORTO! HAHAHA! Não precisa me agradecer! A não ser que queira!🎙

Ele dava um soriso convencido enquanto brincava com seu microfone.

S/n: Cara... Você matou um padre!

Disse incrédula.

Alastor: Eu sei! De nada!🎙

Ele não percebe o que acabou de fazer? PUTA MERDA!

Minha respiração começa a ficar intensa, respirava pesado e rápido, o cheiro de sangue subia no nariz, as mãos agarrando o couro cabeludo, como se fosse arrancar ele, e os olhos observando ao redor, procurando um sentido ou lógica.

O demonio me encara feliz.

Alastor: Primeira vez vendo alguém morrer?! Em pouco tempo você se acostuma! Eu me lembro da minha primeira vez também! Foi incrível!🎙

Ele dava tapinhas na minha cabeça como forma de consolação. Me afastei dele me apoiando em uma das mesas sujas de líquido vermelho.

S/n: Isso não está certo! Você matou ele!... comeu..ele...!

Eu o encarei por alguns segundos em silêncio.

S/n: Você... Não vai me devorar também né...?

Perguntei insegura.

A luz da sala piscava contornando seu rosto. O demoníaco me olha profundamente antes de responder.

Alastor: Ainda não!🎙

Seu pescoço quebra para o lado e suas pupilas ficam pequenas, Alastor abre um soriso aberto para mim.

Engoli em seco. Deus?! Sou eu de novo.

Alastor: HAHAHAHA! Estou apenas brincando! É claro que não irei comer você! Não me rebaixaria a tal nível minha jovem!🎙

Filho da puta!

S/n: Quem me garante que isso é verdade?!

Já estava brava com suas piadas.

Alastor da de ombros convencido, sem nem uma garantia. Talvez eu já esteja no purgatório, só não me avisaram antes. Revirei os olhos e o encarei.

S/n: E agora espertão? Como vamos linpar toda essa bagunça? Ou acha que podemos deixar as coisas... assim?!

Gotas viscosas de sangue caiam do teto.

Ele dá de ombros mais uma vez.

S/n: Mas que porra! Tá! Olha, só vamos sair daqui! onde está a chave da porta?

O sorridente levanta sua cabeça e abre sua boca colocando a língua para fora, ele leva sua mão até ela inserindo seu braço e retirando o bolo de chaves que estava em seu estômago.

Tomo de sua mão com pressa para abrir a porta. Assim que coloco a chave no buraco escuto sua voz.

Alastor: Não está esquecendo de nada?🎙

Alastor x Leitora (O demônio pessoal)Onde histórias criam vida. Descubra agora