6 Acordo

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Boa leitura amores♡
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Com os olhos inchados e o nariz escorrendo, acordei espirrando de alergia, minha sorte é que sempre levo em meu bolso um Neosoro e um antialérgico. Quem vive doente tem que estar sempre pronto.

Que ódio! Está presa em um lugar onde claramente e o Reino dos fungos sendo alérgica é uma espécie de pesadelo, poderia dizer a famosa frase "poderia ser pior" mas no caso eu já estou no "pior".

Olho para os lados como se procura-se algo. Não que eu não soubesse o que meus olhos procuram... O demônio.

S/N: ...Senhor... Demônio?!... Eu tenho algo a te dizer.

Não tive resposta.

Vou ter que fazer um sacrifício com uma galinha preta para chama-lo?! Fala sério. Revirei os olhos.

Levantei e comecei a vasculhar nas caixas, procurando uma chave, um grampo, um alicate ou qualquer coisa que me ajudasse a abrir a porta.

Muitos acham isso estranho, mas gosto de ver o lixo das pessoas, descobrimos quem são elas quando vemos o que jogam fora; Uma vez quando era pequena olhei o lixo do meu irmão mais velho, nele só tinha papéis rabiscados com desenhos, Pontas de lápis, e achei uma revista com as páginas coladas.

Não tenho memórias muito nítidas sobre meu passado, mas lembro que ele gostava de quadrinhos e jogos... talvez se a vida tivesse me dado mais tempo de conhecê-lo, seríamos amigos agora.

Uma caixa pesada cheia de papéis A4, ótimo, agora só falta o giz de cera para que eu possa fazer um desenho bem bonito desse hospício.

Mais uma caixa cheia de papéis, mas dessa vez, eram contas, contas de luz, de energia, de água etc, quase todas não pagas, como esse lugar está de pé?

Uma caixa mais escondida com fotos e cartuchos de câmera quebrados, antigas fotos em preto e branco com crianças que nunca tinha visto, antigos órfãos ou algo assim, não tinha um sorriso na foto, não julgo, também não iria sorrir para uma câmera.

Uma câmera quebrada, desenhos feito com tinta, medalhas, brinquedos velhos, sem falar em bixos mortos ou até mesmo vivos que encontrei nas caixas.

Um rato muito simpático me olhava revirando as caixas.

S/N: Olá pequeno amigo! quer me ajudar a achar algo que possa me fazer sair daqui?

O pequeno rato saiu corendo em direção a um buraco na parede, meu unico amigo que tinha aqui foi embora.

Muitos acham os ratos nojentos e feios, sendo que eles tem bigodes fofos e um nariz bem pequeno efazem barulhinhos muito fofos; sem falar que são seres inteligentes de certa forma.

Uma grande tesoura de costura cheia de  ferrugem, talvez se eu cortar aquela porta eu consigo sair daqui a uns vinte e nove anos.

Desistindo de olhar as caixas, me levanto e vou na pequena janela, era alta de mais para alcançar sozinha. Arrastei as caixas até ficar em uma altura Boa para subir, tentei passar a cabeça pelo buraco, mas era pequeno demais para isso.

Insisti mais um pouco até conseguir passar, mas o resto do corpo não ia, tentei voltar, mas minha cabeça tinha ficado presa.

Alastor x Leitora (O demônio pessoal)Onde histórias criam vida. Descubra agora