44- Pedido

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Fernando caiu num sono profundo após o momento maravilhoso que viveu com Elisa. Mas sabia que precisava ir, ou poderia ter graves problemas. Ela ainda estava ao seu lado, deitada sobre seus braços como travesseiro. O cheiro dela estava todo em seu corpo, era uma sensação deliciosa. Devagar, puxou o braço, Elisa mexeu por um instante, entretanto, não despertou. Fernando se ergueu lentamente e se vestiu, sem tirar os olhos da mulher que amava ainda dormindo. Suspirou profundamente e se virou para a porta que dava para a varanda, a mesma por onde entrara. Antes de partir, a admirou mais uma vez.

Elisa despertou bastante sonolenta, as janelas estavam todas abertas e as primeiras luzes do dia invadiam o quarto. Se recordou de ter tomado várias infusões que a deixaram sonolenta. Então, lembranças de uma noite de amor vieram em sua mente, os toques, os beijos, as carícias de Fernando, fazendo-a chegar ao nível máximo de satisfação a que uma mulher poderia chegar. Ficou tentando entender se tudo havia sido um sonho, então se moveu na cama e notou o quanto estava desarrumada, sentiu o cheiro masculino sobre o travesseiro e somente então percebeu que estava nua. Ao entender que tinha sido real e não um sonho, uma mistura de sentimentos lhe tomou. Elisa ficou confusa, sentia-se traída por ela mesma. Sabia que não deveria ter entregue a ele, Fernando tinha lhe magoado, era o culpado de sua maior dor, a perda de seu filho. Acreditava que deveria odiá-lo, e que tudo isso fosse suficiente para nunca mais permitir que lhe tocasse. Entretanto, era ao contrário, ele esteve ali e se entregaram um ao outro, se amaram de todas as formas possíveis e tinha sido bom, uma sensação gostosa dentro dela. Ter estado com ele lhe fazia sentir completa e agora restava um sorriso bobo em seu rosto.

Elisa bufou, recompôs-se e se ergueu para se trocar antes que as servas entrassem.

*
Naquela manhã, Elisa recebeu o convite de Antônia para caminhar ao lado de fora. Ela insistia nisso há dias, então aceitou, se sentia bem. E se recusava a acreditar que fosse porque esteve com Fernando.

Juntas, tomaram o desjejum e depois caminharam por entre os jardins da entrada principal. O dia estava lindo, o sol brilhava de forma intensa no céu azul e limpo. Joana corria entre as flores saltitante enquanto colhia joaninhas, a pequena era fascinada pela natureza. A senhora Mazé ainda insistia em reprimir a menina em um vasto discurso sobre a necessidade de ter bons modos. Antônia aproveitou a distração da serva para falar com Elisa.

- Ah, Elisa, estou ansiosa para ver Joaquim, será que ele está bem? Está se alimentando, dormindo...?

Elisa sorriu de leve, era visível o quanto a jovem estava apaixonada por seu irmão e parecia algo tão puro que lhe deixava admirada.

- Certamente está bem. Fique tranquila.

- ... Você não acha que deveríamos ir até lá novamente e...

Elisa desejava muito ver o irmão, mas sabia que ele estava bem. Fernando estava providenciando tudo de que ele precisava. Na verdade, era impossível não relacionar Fernando a Joaquim, e saber que provavelmente encontraria o Valença. Por isso, achou melhor entrar em desacordo com Antônia. Ter estado com Fernando na noite passada havia sido maravilhoso, entretanto, Elisa não queria insistir naquilo, ele tinha lhe traído com Valentina, estava de casamento marcado, e qualquer relacionamento era extremamente proibido, então, não havia o que fazer, porém, sabia que explicar tudo a Antônia era complicado.

RAZÕES PARA NÃO TE AMAR(✅COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora