1. Um adeus

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Recado da autora:

Olá, fico feliz em tê-lo (a) aqui para embarcar em mais uma emocionante história.
Preciso que saiba de algumas questões antes de começar a leitura.

⚜️ Esta se trata de uma história de ficção, os personagens e nomes, são inventados, qualquer semelhança com a realidade é coincidência.

⚜️Estarei usando da liberdade poética para escrever cenários, personagens e ambientação, talvez fuja do contexto real histórico do ano de 1810.

⚜️A história está em processo de revisão, você poderá encontrar erros, e mudanças (caso esteja relendo).

⚜️Este livros é de autoria minha Josiane Ribeiro, não copie, ou publique sem a minha autorização. Plágio é crime.

⚜️Sou viciada em ler comentários, então não os poupe❤️

No mais, boa leitura...

⚜️⚜️⚜️

POR VOLTA DE 1810...

— Preciso... falar com... minha filha... — lamentou João Alvares Carvalho com bastante dificuldade. O homem estava num estágio avançado de uma doença desconhecida e misteriosa.

— Sua filha não pode se aproximar, ninguém de sua família, senhor João, pode ser muito perigoso — afirmou o doutor, pela quarta ou quinta vez naquele dia, desde que João insistira em falar com a filha. Ele parecia pressentir que estava morrendo, pois a aflição do homem tão fraco e esquelético sobre a cama era intensa.

A filha, que aguardava ao lado de fora nos braços de sua mãe, estava muito angustiada. Elisa temia que aqueles fossem os últimos minutos de vida de seu pai e desejava ansiosamente estar ao seu lado.

O vento balançava as frestas das janelas, anunciando uma forte tempestade. Era uma noite assustadora, e toda a angústia presenciada naquela casa anunciava que o pior estava por vir.

Após momentos terríveis de espera, Elisa e a mãe ouviram gritos vindo de dentro do quarto. A dor que queimava ambas era muito grande, ouvir a voz de João junto à voz do médico que tentava inutilmente acalmá-lo não as deixava pensar com clareza.

— Senhor João, não pode ficar agitado desta forma.

E o homem doente tossia por várias vezes e praticamente sem ar, ele se esforçava de uma forma descomunal, chamando pela filha.

— Pelo amor... de Deus... Preciso... Falar... Com ela... Elisa!...

De dentro, a porta se abriu de repente e com força, o som do rangido da madeira soou forte. Uma jovem de cabelos castanhos, pele clara e bem vestida entrou no quarto seguida pelos gritos da mãe, Teresa, que implorava para que a menina não se aproximasse do pai.

Porém, a falta de coragem da mulher mais velha ou talvez a forte emoção por ver o estado do marido, a fez ficar paralisada no mesmo lugar.

— Elisa, minha filha, pelo amor de Deus, a doença de seu pai pode ser contagiosa – gritou de onde estava em lágrimas.

Mas a jovem não se importava. Seu sofrimento com a possibilidade de nunca mais ver o pai era maior naquele momento. Havia ficado três meses impedida de vê-lo desde que os primeiros sintomas da doença surgiram. Ela sentia muita falta do pai. João sempre fora um homem carinhoso, dedicado, e mesmo depois da falência da família, das perdas financeiras, ele nunca deixou de lhes dar a devida atenção.

RAZÕES PARA NÃO TE AMAR(✅COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora