𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟎𝟔

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Boston-EUA
03 de Janeiro de 20..

Era sexta-feira, 3 de janeiro, e Mariannah, e eu estávamos bêbadas. Esther nem bebeu muito, e estávamos voltando para casa.

— Quero voar, como uma borboleta... — Mariannah disse, levantou-se, um pouco, e bateu a cabeça.

— Ô, porra, fica quieta aí! — Esther briga com Mariannah, e eu rio.

Não me lembro do que aconteceu, só sei que me encostei na janela do meu quarto, e apaguei. Acordei de manhã cedo.

Bocejei, e me levantei da cama. Entrei no banheiro, fiz minhas necessidades, escovei os dentes, e saí do banheiro.

Ao descer as escadas, vi que estava sozinha, em casa.

— Alexa, coloque as músicas da Taylor Swift no modo aleatório, volume máximo. — Eu disse, fui até a cozinha, e peguei um cacho de uvas.

Depois de cerca de 2 horas cantando, chorando, dançando, decidindo parar, pedi para Alexa parar de tocar.

Subi para o meu quarto, e fui tomar banho.

Esperei até as 20h para poder descer, mas ouvi a porta se abrir, e Agnes entrou, chorando.

— Mamãe Mady, se eu morresse, o que papai sentiria? — Ela perguntou, chorando, sentando na cama, e deitando no meu colo. Achei a pergunta dela estranha.

— Ele se sentiria muito mal, choraria, e se sentiria culpado. — Eu disse, enquanto enxugava suas lágrimas. — Mas por que essa pergunta?

— Papai disse que estou estressando ele demais, sou chata? — Franzi a testa, e olhei para ela.

— Minha pequena, no mundo tem gente que quer apagar o seu brilho, mas não deixa. Você não é chata, e se te chamam de chata, vá em frente, e seja chata! — Eu sei que este não é um conselho para dar a uma criança.

— Mãe Mady, eu não quero ser assim. Eu tenho que ser boa, então papai vai me amar. — Ela disse, e sorriu.

— Ok, vamos comer pizza? — Perguntei, mudando de assunto.

— Uma com calabresa, e outra com frango! — Ela sentou na cama.

Sorri, peguei meu celular, e pedi as 2 pizzas. Eu estava brincando com a Agnes, meu celular vibrou, peguei-a, e desci para pegar as pizzas.

— Agora, você cuida dessa pirralha? — Ayla perguntou, eu franzi a testa, irritada, e só fui até a porta, pegar as pizzas.

— Cale a boca, Ayla, Agnes não é pirralha! — Revirei os olhos, e subi.

Comi pizza com Agnes, ela é meu ponto de segurança... Se eu a perdesse, seria uma parte de mim que iria embora, também.

Deitei na cama, e coloquei um filme para ela assistir. Logo ela adormeceu, coloquei ela no quarto dela, voltei para o meu, e dormi.

Eram 7h05 da manhã, acordei suada, e tremendo. Meu sonho parecia tão real, essa agonia no peito... Estou preocupada.

Saí do meu quarto, fui até o quarto da Agnes, e lá estava ela. Klaus estava dormindo com ela.

Fechei a porta, desci para a sala, e sentei-me lá.

— Que raio foi aquilo? Que sonho foi esse? — Perguntei, com lágrimas nos olhos.

Estava trêmula, e com sono. Aquele sonho foi estranho, como puderam fazer isso com ela? Ela é uma criança, um ser humano... Como todo mundo, nessa merda.

Já era noite, e eu voltava do mercado com Agnes. Um cara apareceu para nos roubar, e mesmo depois que eu entreguei, ele atirou em Agnes. Eu a ouvi gritar de dor, e então apagou.

Eu gritei, e quando cheguei em um casal, e em vez de ajudar, eles bateram na menininha, porque pensaram que ela estava fingindo.

Quando cheguei ao hospital, os médicos nem ligaram para ela, apenas a deixaram na maca, enquanto ela se contorcia, e chorava de dor.

Isso é doloroso para mim, um sonho como esse é muito doloroso para mim... Não consigo me imaginar aqui, neste mundo, sem ela. Acho que eu estaria no fundo do poço, sem ela. Ela é meu porto seguro, meu ponto de paz... Com ela, não sinto pressão, dor, nem nada que me faça sofrer, eu me sinto bem.

Minha pequena, espero que você viva anos, e anos.

Enxuguei as lágrimas, e voltei para o meu quarto, pensando no sonho.

Precisei de um tempo para respirar e pensar sobre o sonho, meu maior medo e ela morrer antes de mim, mas eu vou fazer de tudo para protegê-la, até mesmo viras as costas para pessoas que me fazem bem.

Agnes, eu te amo tanto pequena, e você, não noção, sem você meu mundo desaba.

— Distraída amore? — Victória aparece abrindo a porta do meu quarto — Quer ir numa festa do pijama semana que vem? Leva a Agnes e o Adam!

— Pode ser, eu to preocupada, eu tive um sonho bizarro com a Agnes e meio que me deu um gatilho... — Falei e limpei as lágrimas da minha bochecha, por eu estar chorando.

— O que aconteceu nesse sonho, foi algo muito grave? — Victoria sentou-se na cama.

— Um cara veio assaltar eu , mesmo depois de eu ter passado tudo, ele atirou não em mim e sim nela. Eu tava desesperada e parei um casal ali perto... Invés deles ajudar, eles bateu nela, por achar que era brincadeira de mal gosto... — Lágrimas escorria pela a minha bochecha — No hospital ninguém se importava dela estar morrendo, nem mesmo os médicos...

— Caramba, esse sonho foi pesado mesmo! — ela abriu os braços e me abraçou — Mas Relaxa, foi só um sonho!

Chorei nos braços dela, até cair no sono, nunca pensei que fosse sonhar de novo, só que dessa vez pior, dessa vez o sonho foi horrível, acordei com falta de ar, suada e trêmula, isso e a porra de um aviso? Droga eu to ficando com medo.

— Minha pequena, não vai me deixar, ela e muito nova para morrer, eu preciso ver ela crescer e ficar grande! — Falei pra mim mesma chorando.

Esses sonhos estão sendo tortura para mim, eu não quero dormir, se for pra ter sonhos assim.

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Gente aviso prévio, vou avisar para depois não falar, que eu nn avisei.

Depois do capítulo 8, eu recomendo vocês se preparar vai ser horrível o capítulo e vai ser um pouco ruim pra vocês, pois eu ando postando spoilers e curtas metragens sobre o que vai acontecer no meu insta!

@autorasrta.anna

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⏰ Última atualização: Oct 09 ⏰

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