David Henderson
Mais uma vez acordo e me espreguiço na cama, com zero vontade de levantar, olho no celular e já são onze e meia, mas é sábado e não tenho que me preocupar em levantar cedo para ir à escola.
Faz cinco dias que minha mãe está no hospital, e felizmente ela saiu da sala vermelha. Meu pai foi acompanhar ela hoje, certamente estamos só eu e o Derick em casa.
Preguiçosamente me levanto e me dirijo ao banheiro onde faço minhas higienes, e tomo banho, em seguida visto uma bermuda e uma camisa velha. Gosto de me vestir igual um mendigo quando estou em casa, acho mais confortável.
Pego o meu celular e fico vendo memes na internet enquanto me dirijo a sala que fica no andar de baixo. Sinto algo liso em meus pés que escorregam, em um piscar de olhos já estou no chão, e meu celular voa longe. — David. — escuto uma voz feminina, quando levanto o rosto para ver quem era vejo a Choeri também cair com seus pés deslizando pra trás, fazendo ela bater a testa no chão. — Aí! — Faz careta de dor e põe a mão na testa.
Pelo visto vou ter que ajudá-la. Tentando manter o equilíbrio me levanto e vou até ela estendo a mão ela agarra e então a puxo Até que a garota ficasse em pé. — Obrigada. — Esboça um sorriso tímido.
— De nada. Mas o que está fazendo aqui, e ainda mais limpando o chão da minha casa? — Indaguei confuso.
— Seu pai disse para eu vir aqui quatro vezes na semana para arrumar a casa e fazer comida. E como estou precisando de dinheiro, aceitei.
— Entendo. E onde está o Derick?
— ele está no quarto respondendo algumas questões de japonês que passei. Você está com fome, né? o almoço já está pronto, deixa eu só lavar o chão e vamos comer.
— Tá, eu vou trocar essa bermuda porque está toda molhada.
— Tá, vai lá. — voltei para o meu quarto e troquei de bermuda, e enquanto ela lava a sala decido jogar um pouco no meu PC.
Depois de tanto estresse e de tanto gritar com o pessoal do jogo, já consigo ouvir meu estômago roncar, ao final da partida sai do jogo e desci para a sala. A casa está completamente arrumada, o chão brilha, e sinto um cheiro de erva doce no ar. Choeri fez um ótimo trabalho.
Vou até a cozinha e os pratos já estão montados em cima da mesa, a comida está com boa aparência e um cheiro que me atrai. Já fui sentando e me deliciando daquela comida.
— Ah, você está aí?! Já ia te chamar pra comer. — Choeri aparece junto ao meu irmão que se senta e também começa a comer.
— Nossa, tia. Você cozinha melhor que a minha mãe. — Bom, nisso o Derick não mentiu.
— Obrigada, pequeno. Mas não fale assim da sua mãe, ela vai ficar triste. — Faz cafuné nos cabelos dele.
— Não vem comer? — Pergunto.
— Não tenho fome. Vou descansar um pouco no terraço, qualquer coisa, me chamem. — assentimos e ela saiu. Eu e meu irmão comemos rapidamente e ainda repetimos e a comida estava realmente muito boa.
— Nossa, comi tanto que não aguento meu próprio peso. — Diz Derick pondo o prato na pia.
— Claro, você repetiu três vezes. — Também levei meu prato à pia.
— Agora tá me dando sono. — Boceja. — Vou dormir. — Ele sai andando com a mão em sua barriga que está gigante.
O dia está bastante quente, então decido ir até o Terraço tomar um pouco de ar e vejo a Choeri sentada no chão encostada na parede, com cotovelos nos joelhos olhando para o nada.
— porque não quis comer? — fico em pé diante dela e ela levantou o olhar até mim.
— Não estou com fome.
— Será que é isso mesmo, ou... você não consegue alcançar o fogão para pegar a comida? — ironizei e ela revirou os olhos.
— se eu não alcançasse não teria colocado sua comida no prato. Agora se me der licença, preciso lavar a louça. — Se levanta, dá dois passos e cambalea até que cai no chão como se lhe faltasse forças.
— Choeri. — Vou até ela e me agacho. Ela senta e se apoia no chão com as mãos, olhei para o seu rosto e sua boca estava pálida, provável que a sua pressão esteja baixa e que ela está lutando pra não desmaiar. Peguei ela no braço e a deitei no sofá, empilhei as almofadas e pus suas pernas em cima. — Choeri, respira fundo. — Ela soltou um pequeno suspiro e apagou.
Agora ferrou, não sei o que fazer. — Choeri, consegue me ouvir? Acorda! — Dei leve batidinhas em seu rosto.
Depois de alguns segundos pude ver ela mexendo os lábios a tentar falar alguma coisa, mas não tinha forças. Peguei as pernas dela e levantei mais ainda e assim fui vendo sua cor voltar e ela levemente piscou os olhos, então Soltei levemente suas pernas em cima dos travesseiros e me sentei à beira do sofá ao seu lado. — Tenta respirar fundo. — a garota Então tenta controlar a respiração com dificuldade. Após conseguir, abriu os olhos. — Está melhor?
— Sim. — Diz quase inaudível.
— Vou trazer comida pra você. Fique aí deitada. — Enquanto ela ficava lá eu fui até a cozinha, esquentei a comida, pus no prato e levei até ela. — Senta. — Ela se sentou e eu me sentei ao seu lado. — Come. — Coloquei o prato no seu colo.
— Não quero. — Faz bico olhando pra o prato e em seguida me encarando.
— Eu vou fazer você comer à força. — Falei apontando a colher pra ela.
— Então me dá essa droga aqui. — Num movimento brusco, toma a colher da minha mão e da uma colherada — Pronto, já estou comendo. Agora sai de perto de mim. — me olha com cara de brava, Mas sinceramente não consigo levar a sério e acabo caindo na risada. — Tá rindo do que? — Me olha brava. E só agora eu reparei que sua testa está com um ferimento roxo.
— É... tem uma coisa aqui. — levanto a sua franja e vejo um arranhão na sua testa.
— Foi da queda que levei naquele hora. Agora me deixa em paz.
— só se comer tudo. — Falo debochado e desafiante.
— Tá, chatonildo. — fiquei uns dez minutos ali observando ela comer enquanto me encarava com um olhar mortal. — Já terminei. Agora se me der licença, vou lavar os pratos. — Se levanta.
— Não, eu lavo. Você pode ir tomar banho porque está com um cheiro horrível. — ela fechou a cara mais ainda e saiu, me deixando ali sentado rindo atoa. Ela foi lavar os pratos e enquanto os limpava parei pra a observar do sofá, e dai percebi que ela tem um belo par de coxas que combinam bem com os shorts preto que ela usa. Bom, eu não deveria estar olhando isso, mas sou homem, é inevitável não admirar o que é belo.
Quando terminou, veio até mim.
— Já terminei tudo por aqui por hoje. Tem pizza na geladeira para jantar, só esquentar na hora. Vou indo nessa. — Vira de costas pra mim.
— Tá, Cuidado para não ser atropelada por um cachorro. Ou vai espantar ele com o teu cheiro de suor misturado com cheiro de resto de pia. — Ela se virou pra mim, pegou uma almofada do outro sofá e jogou em mim, pus os braços na frente do meu corpo pra me defender.
— Calado, poste ambulante. — falou séria e saiu em meio as minhas risadas.
Até que foi divertido com ela aqui. Não espero a hora de ver ela novamente para irrita-lá ainda mais. A partir de agora esse vai ser meu novo hobby.
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My Sweet Cherry 🍒
Novela JuvenilItou Choeri é uma garota japonesa de 17 anos que precisou se mudar para os EUA com seu pai quando tinha 9 anos, depois da morte de sua mãe. O que ela jamais imaginaria é que passaria os maiores períodos difíceis de sua vida numa Escola americana. D...