Cap 14 十四 🍒

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David Henderson

— Acorda! Acorda! Se arruma pra ir à escola. — Meu pai entra em meu quarto aos gritos, me fazendo levantar num susto.

— Quer me matar, é? — Perguntei com a mão no peito, sentindo o coração quase sair pela boca pelo susto.

— O que vai te matar são essas bebidas que você toma. — Diz exaltado.

— Como soube que eu bebi, e também como vim parar aqui em casa?

— A Choeri ligou pra mim tarde da noite avisando que você tinha desmaiado, e fui te buscar. Nem sequer com sua mãe nesse estado você larga essas porcarias, não é?! Imagina se ela souber que você bebeu a ponto de desmaiar de novo? Quer que ela tenha outro infarto?

Meu pai falava as mais puras verdades, enquanto eu permanecia imóvel com rosto inexpressivo mas com peso na consciência.

— Enfim, você já tem 19 anos, sabe muito bem o que é certo e o que é errado. Agora levanta pra ir pra escola. — Ele sai do meu quarto. Eu me levanto e vou ao banheiro, me desnudo e vou até o chuveiro afim de tomar um banho quente.



Minha cabeça ainda dói pela ressaca, vai ser incômodo assistir aula assim, mas não é a primeira vez que passo por isso. E além do mais, não posso faltar, pois minhas notas estão baixíssimas.

Após me refrescar, me seco, Ponho o uniforme e vou até a cozinha, onde minha família está tomando café da manhã.

— Bom dia, David. — Minha mãe me recebeu com um sorriso.

— Bom dia, mãe. —  me sento na cadeira.

— David, vamos na casa de piscina hoje depois da escola? — Pergunta Derick com carinha de pidão, esperando uma resposta positiva de mim.

- Hmm... pode ser.

— Acho que vou também pra descansar um pouco.  — Indaga minha mãe.

— Uma pena que não vou poder ir, tenho muito trabalho hoje. — Diz meu pai sério,  comendo suas panquecas.

— Então domingo podemos marcar algo, assim todo mundo vai poder ir. — Derick diz e todos concordam. Após isso voltamos a comer em silêncio. Ao terminar a refeição, fui à garagem, tirei o carro de lá e dirigi até a escola.

Estacionei, e me retirei do automóvel com minha mochila nas costas.

— Que saudade de andar nesse carro com você.  — Chega Rachael encostando no meu carro.

Ninguém merece essa vadia perturbando a essa hora da manhã. 

— O que acha de depois da aula andarmos juntos, hein?

Não pude disfarçar o olhar de desdém, ela é tão cara de pau que só consigo sentir nojo.

— Meu tempo é muito precioso pra perder com algo fútil como você.  — Falei e passei reto por ela. Rachael ficou surpresa pelo fora que dei, provavelmente achou que eu ia continuar como um trouxa indo atrás dela.

Me pergunto como fui capaz de amar um ser tão desprezível.  Mas seja como for, só quero esquecer esse passado que me assombra.

Entrei na sala e lá estava a Choeri destraida desenhando em seu caderno, tão aérea que nem percebeu quando sentei atrás dela. — Choeri. — Chamei, assustando-a.

— Ah, David. É  você! Não vi você chegar.

— Percebi. Olha, quero me desculpar por ontem. Te trouxe problemas não foi?!

— Não. Eu entendo que você está passando por um momento difícil e estava precisando da minha ajuda, ajudar nunca vai ser incômodo pra mim. — Choeri me surpreende cada vez mais com sua bondade.

— Nossa, você é tão...

— Tão o que? — Pergunta visivelmente curiosa.

— Tão fofa! — Completei a frase. Suas bochechas se tornaram vermelhas como uma cereja, e seus olhinhos se arregalaram desviando seu olhar do meu.

Não sei porque, mas achei essa visão adorável.  — O que foi, Choeri? Pensei que já soubesse disso.

— Na verdade não, é a primeira vez que alguém me diz isso. — Diz timidamente.

— Bom, o importante é que agora você sabe disso.

— Então, obrigada. — Sorriu com seus lábios rosados. Ela fica tão linda sorrindo, é uma pena que na maioria do tempo ela esteja triste.




(...)



Rapidamente as horas se passam e chega o segundo intervalo.  Como já comi um biscoito escondido na sala, não sinto fome então não fui almoçar. Decidi ir até o topo da escadaria, onde a Choeri sempre fica, também criei o hábito de ficar aqui.

Olho pra baixo e a vejo se aproximando com uma fatia de bolo num potinho. Ela senta num dos primeiros degraus e novamente não notou minha presença.

— Bom, hoje é meu aniversário, e mesmo que ninguém tenha me parabenizado, isso não me impede de me auto parabenizar, aliás, eu sou minha melhor companhia, então, Parabéns para mim... — começa a cantarolar.

Nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida. — Dei continuidade à sua cantoria e ela olha pra trás Surpresa, abrindo um pequeno sorriso em seguida. Desço os degraus e sento ao seu lado.

— Você me escutou?

— Sim, parabéns pelo seu aniversário. — A abracei brevemente de lado, o que fez suas bochechas ficarem vermelhas novamente.

— Obrigada.

— Quantos anos você está fazendo?

— dezoito.

— Hmm, legal. Olha, depois que largar eu vou pra piscina com minha mãe e Derick. Quer ir com a gente?

— Bom... Aceito. Mas, desde Quando sua casa tem piscina? — Pergunta com sobrancelhas arqueadas.

— Não é na minha casa, é numa das propriedades do meu pai.

— Todo riquinho. — Debocha, balançando minimamente os ombros.

— Bom, dinheiro pra mim nunca foi um problema. — Falei simplista.

— Esnobe. —  Me encara de lado com olhos semi cerrados.

— Só fui sincero. Mas enfim, depois passo na sua casa pra te buscar, então esteja, arrumada.

— Pode deixar.

— Ok, então, nos vemos mais tarde. — Falei e depois sai de lá, nem estava em meus planos convidá-la, mas ver ela sozinha no próprio aniversário me fez reconsiderar, talvez seja bom levá-la pra alegrar ela um pouco.

My Sweet Cherry 🍒Onde histórias criam vida. Descubra agora