Cartas de Alana para Lian

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  [12/06/2018 - 13:54]

Querido diário, 

 Eu vivi por ele...


Nas sombras da noite, minhas palavras encontram refúgio, como folhas secas que caem silenciosamente. Permita-me desvelar a tristeza que habita em meu peito, enquanto escrevo esta carta poética, onde cada verso é um eco solitário e cada palavra é um suspiro não compartilhado.

Meu querido, desde o primeiro olhar, você se tornou o sol que ilumina meus dias e a lua que embala meus sonhos. Mas, como estrela cadente que se desvanece no horizonte, nosso amor nunca encontrou solo fértil para florescer.

Em cada aurora, sinto a dor do não-dito, o peso das palavras não pronunciadas. Seu sorriso, tão distante quanto uma constelação inalcançável, é o farol que guia minha solidão.

Lian, você é o verso não lido de todos os meus poemas, a rima quebrada que ecoa em minha alma. Seu toque, apenas uma lembrança fugaz, é o eco suave das folhas ao vento, mas nunca o calor de um abraço.

Nossos momentos são como versos truncados, sem métrica ou harmonia. Nas madrugadas solitárias, quando a lua esconde-se atrás das nuvens, sussurro seu nome como um segredo guardado no coração.

Meu amor não correspondido, permita-me ser a chuva que rega suas esperanças, mesmo sabendo que minhas lágrimas não podem mudar o curso dos rios. Que nossos sentimentos sejam como flores murchas, desabrochando em silêncio na primavera da desilusão.

Com todo o meu ser, com todas as estrelas que não podem nos unir, eu digo: te amo, mesmo que o eco da minha confissão se perca nos abismos do vazio.

Com tristeza e resignação,

Alana

Cartas não Lidas_-lágrimas em SilêncioOnde histórias criam vida. Descubra agora