No passado as implicações fizeram Miranda e Andrea desistirem de algo especial. Dois anos depois a oportunidade de uma nova chance surge do outro lado da tela. Será suficiente para elas? Será possível recomeçar?
NÃO PERMITO ADAPTAÇÃO DESTA OBRA.
PRO...
Mais uma vez a minha esposa estava me olhando com os olhares avaliadores. Estou na cama e acabei acordando com ela andando em círculos em ponta de pé dentro do quarto.
— Você está com nove meses. Atrasada uma semana.
— Eu sei. E minha médica disse que a qualquer momento nosso filho vai nascer. Que ele e eu estamos bem, meu amor.
— Vamos verificar a sua pressão novamente.
Eu suspirei cansada, mas sorri para ela. Minha esposa não pode saber que estou sentindo câimbras normais para esse estágio. Se soubesse, já teria corrido comigo para o hospital. Minha médica garantiu que o bebê e eu estamos bem. A posição dele mudou algumas vezes nos últimos dias, mas nada fora do comum. Porém, Andrea está constantemente preocupada. Muito mais nesses últimos dois dias e meio.
— Só pra garantir, Miranda.
Ela se aproxima novamente com o aparelho que ela comprou.
— Não vou perdoar a médica por ela ter te ensinado a usar isso.
Me recosto novamente na cama e estico o braço para ela novamente verificar a minha pressão. Já é a terceira vez hoje, e ainda são sete horas da manhã.
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Ela verifica atenta os números e olha na tabela de variações que a médica havia mencionado e ela imprimiu em três vias diferentes.
— Está dentro do esperado.
— Ótimo. Agora posso dormir?
Andrea me olha e fica me avaliando como se estivesse esperando que eu falasse mais alguma coisa.
— Andrea, eu estou...wow!
Me remexo quando sinto Enrico se remexer.
— O que foi? Está na hora? Eu...
— Andrea, ele só se mexeu.
A minha esposa suspira em claro alívio, mas as duas mãos plantadas na minha barriga.
— Andrea, o que está acontecendo?
— Acontece que você está grávida.
— Estou consciente disso, Andrea. Quero saber o motivo de você estar pairando sobre mim e a minha barriga nas últimas trinta e seis horas. Sem parar.
Andrea olha para as mãos.
— Andrea, se está preocupada com algo, eu tenho o direito de saber.
