Eva sempre lutou para esquecer seu passado com seu pai, mas o mundo das sombras sempre irá lembrá-la o que quer esquecer. O significado de família fez sentindo quando ela e seu irmão foram entregues aos Lightwood, seu irmão encontrou Alec que é seu...
"Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio ou flecha de cravos que propagam o fogo: amo-te como se amam certas coisas obscuras, secretamente, entre a sombra e a alma." - Pablo Neruda.
- Jace? Magnus! - Eva gritava. - Eva? - A loira escutou Clary pronunciar seu nome. - Onde está os outros? - Eva correu até Clary. - Eu não sei. - Clary olhava desesperadamente ao redor a procura de algum vestígio. - Clary, olha só. - Eva indica uma casa há alguns metros. - Ragnor Fell. - Clary sussurra.
Eva sem ao menos esperar por Clary, começa a correr em direção ao casarão. Ao chegar notou que havia algo estranho. A porta da casa estava aberta. A caçadora agarrou uma lâmina Serafim e na outra mão uma adaga. - Ragnor? - grita. Eva sente Clary se aproximar. - Clary, pegue sua lâmina, fique atenta e atrás de mim. Cuidado. - Eva ordena para a ruiva que assente. - Sr. Fell? - ela entra na casa e de primeira vê uma quadro enorme, que ela reconhece o feiticeiro. Impossível não reconhecer com um quadro daquele tamanho. - Ragnor, só preciso encontrar meu amigos. - Eva ainda encarava o quadro quando Clary passou por ela, checando todo o local. Ela viu o exato momento em que a pintura piscou. - Você viu aquilo? - ela procurou Clary, precisava ter certeza de que não estava ficando louca. E foi como se uma porta abrisse em sua cabeça. O cálice. - Ótima tentativa, Sr. Fell. - Eva guardou as armas e puxou o Fell do quadro, o mesmo caiu no chão fazendo um barulho que Clary veio correndo. - Estava esperando você, Clary Fairchild. - Você conhece minha mãe? - Clary pergunta. - Foi você que fez a poção? - Sim, a pedido dela. - confirma. - E você? Como consegui me detectar? - o feiticeiro olha para Eva. - Seus olhos. - responde. E o feiticeiro rir. - Só uma filha de Jocelyn conseguiria me identificar.- o feiticeiro rir mais uma vez. - Não sou filha dela. - Eva nega, mas se arrepende. Ela não sabe nem de quem é filha. - Como se chama? - Ragnor pergunta. E Eva cora. Ela também não sabia. - Me chamo Eva. - respondeu finalmente. - E? - ele parecia mais insistente. - Olha aqui, quero saber onde estão nossos amigos. - Clary fala. - O quanto isso vale para você, Fairchild? - ele pergunto e um sorriso apareceu em sua boca. E ele também olhava pra Eva assim que podia. - Se acordar minha mãe e trazer meus amigos.. - Clary, cuidado. - Eu te dou qualquer coisa. - Era exatamente isso que eu queria ouvir. - Ragnor gargalha e estala os dedos. Jace e Magnus caem sentados. - Fracamente, Ragnor! Era mesmo necessário isso? - Magnus estava furioso. - Mas é claro, ela disse que me daria qualquer coisa. Magnus e Ragnor entraram em uma discussão quando Clary já cansada daquilo tudo interviu. - Você pode acordar minha mãe? - Não sem o livro branco. - O que é o "o livro branco" - Jace faz aspa com os dedos. - O livro antigo dos feiticeiros que contém os encantamentos mais poderosos do que alguém poderia imaginar. - Magnus explica. - O livro estava em minha posse na época em que sua mãe me procurou. Então pude desenvolver a poção, mas agora não o tenho mais. - enquanto Ragnor falava, Magnus analisava o local atraindo os olhares questionadores de Jace. - Pedi para sua mãe esconder o livro para Valentine nunca encontrá-lo. - Você precisa trazê-la de volta! Tem alguma maneira de achar o livro? - Clary perguntava desesperada. - Possivelmente, tenho algo que possa nos ajudar. - ele fala saindo. - me esperem aí, não demoro nada. - sai correndo. - O que fazemos se ele não achar o livro? - Pensamos nisso quando a hora chegar. - jace diz sem ao menos olhar a garota. - Um pouco monótono, não?
Magnus dá um sorriso que logo some com um grito de Ragnor. O rosto de Magnus agora assumia espanto. Da sacada que tinha encima da alcova da biblioteca, o feiticeiro cai ferido.
-Ragnor! - Magnus grita. Clary fica parada em seu lugar, enquanto Jace e Eva corre para ajudar Magnus. - A..Criatura..me..pegou.. - Magnus inicia o feitiço para tirar a dor do amigo. - Como um demônio entrou pelas alas de proteção? - clary pergunta se aproximando de jace. - Ele seguiu a gente, acho que passou quando o muro de fogo reiniciou. -Eva responde, e Jace levanta pra verificar a casa, ele é seguido por Clary. Deixando apenas Magnus e Eva com Ragnor. - Por favor, fique parado, meu velho amigo. Seus ferimentos são profundos. - Magnus começava a chorar. Naquela hora já tinha se esquecido o real motivo de procurar Ragnor, a única coisa que queria era ajudá-lo. - você pode ajudar? - olhando para Eva. - Deixe-me.. - Eva diz ficando o lugar de Magnus. - Não! - Ragnor segurando a mão de Eva a impedindo. -Ragnor, você está morrendo. Meus poderes não são o suficiente. - Magnus parecendo relutando a deixar o amigo tomar decisões. - Você cura as pessoas.. mas não sabe o que está fazendo. - diz ele com a voz mais sonolenta. -Você sabe de mim? - Eva perguntou espantada. - Participei da sua criação. - ele diz a olhando. - Você esta com ela. Fico feliz que ela esteja com você e não com ele. - Ragnor reuniu o resto de voz que tinha para falar sem gemer de dor. E olhando para Magnus que assentiu as suas palavras, palavras essas que Eva não entendeu, mas o feiticeiro sim. E por ter entendido, Magnus não poderia expressar qualquer reação, pois o denunciaria. -Imaginei que aquele lunático tinha conseguido. Me desculpe, Magnus. Se eu soubesse para o que ele criaria, não teria ajudado. Me.. descul... - Para o que ele criou? - perguntou Magnus. - Pensei em procurar a clave, alerta-los, mas fiquei com medo de não acreditarem e pensar que eu estava tentando criar uma rebelião. Eu.. eu não queria trazer problemas para os feiticeiros. Quando Jocelyn me pediu ajuda, imaginei que ele teria conseguido e que os caçadores sofreriam com a criação dos.. - Ragnor parou de falar, pois já não respirava mais. -Ragnor? Não .. não.. - Magnus sacudía o corpo no amigo violentamente. Nesta mesma hora, jace e clary tinha voltado para a biblioteca. - Por séculos, esse homem me conheceu melhor do que ninguém. - uma lágrima solitária e raivosa caía do olho de Magnus. - Eu sinto muito. - Eva segurava a mão de Magnus com força. -Magnus, eu lamento, mas temos que ir agora. - jace fala para o feiticeiro. Enquanto Eva apenas fitava os olhos de Magnus. - Não podemos ir agora. Temos que encontrar o que Ragnor disse que ajudaria a achar o livro branco. - Clary diz incisiva. - Você não entende? É perigoso! O demônio nos encontrou, pode ter mais a caminho. Nossas vidas são mais importantes que sua mãe dorminhoca. - Nossa mãe! - Clary exclamou, ela tinha se segurado o dia inteiro. Jace fazia questão de enfatizar que Eva era a irmã e não ela, e que ela não era nada. Agora, ela não era nada para ele. Aquilo a estava consumindo. - Jace, temos que tentar. - Clary já estava chorando. - Não temos tempo para vasculhar todas essas coisas. - jace aponta ao seu redor. Os dois ouvem um estalar de dedos e um portal roxo aparece. - Voltem para o instituto. Vou transportar tudo para a minha casa e encontrar o que precisamos. Agora me deixem cuidar do meu amigo. - Magnus olha dos dois caçadores que não demonstravam nem um pouco de respeito pela sua dor. - Eu vou ficar com você. - declarou Eva. - Não. Você precisa ir, pode ser perigoso para você. Vá com eles, me encontro com você mais tarde. - Eva não falou mais nada, o feiticeiro percebeu que ela concordou.
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- Você vai na despedida de solteiro de Alec, não vai?- Izzy pergunta assim que ver Jace e Clary saindo do portal. - Não. Ele não me quer lá e eu estou ocupado. - Jace responde sem ao menos parar para cumprimentar a irmã. - Vocês ainda não se acertaram? - ela pergunta o seguindo e passando de Clary. - Não temos nada para resolver Isabelle. Embora, podemos conversar. - ele diz arqueando a sobrancelha e pendendo a cabeça para o lado. - Ele é seu parabatai e seu irmão, para piorar. - Tem coisas mais importantes acontecendo, izzy, mais importante que uma despedida de solteiro.
Iz sabia que aquela conversa não magoaria Eva. Pois, ela sabia que a irmã dividia as coisas, que a relação dela com Alec não tinha nada haver com jace. E apesar do arqueiro ter feito a escolha, Eva já tinha aceitado a decisão.
- Venham comigo! - jace lidera as garotas para um lugar seguro onde eles pudessem falar. - Temos um traidor no Instituto. - O que ? Como sabe? - Izzy parecia em alerta. - Houve um ataque na residência de Ragnor. Não pode ter sido coincidência. - jace responde. - Acha que pode ser alguém daqui? Que entregou Valentine para você ? - Izzy se manteve incrédula. - Não tem outra explicação. - os olhares foram para Clary. - Ninguém aqui nos trairia assim. - Izzy disse. - Não seja ingênua. Não criei você assim. - Jace rir de Isabelle. -Somos uma família. Não nos trairia! - Isabelle defende sua opinião. - Pode até ser, mas a chegada de Lydia trouxe caçadores que nunca vimos. Precisamos descobrir quem faria isso e qual a motivação para trair a clave.- Eva diz decisiva.