Capítulo 10 •Lorenzo•

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Lorenzo 🩸

Rio de Janeiro - Complexo do Alemão 📍

Tenho o que tenho hoje porque sempre soube usar a cabeça, não sou emocionado de querer tudo de uma vez só. Essa parada aqui é a minha casa, meu morro, minha família.

Respeito pa caralho a Dona Lúcia, minha mãe, ela segurou a corda quando o meu pai morreu, numa invasão aqui no morro.

Desde a sua morte, que venho comandado o morro, já são 7 anos no comando, as pessoas sabem como eu sou. Não sou uma pessoa de muitas palavras. Confiar, em poucos.

Cheguei na boca e estranhei quando abri a porta e vi minha coroa sentada na cadeira. Caminhei até ela e depositei um beijo na sua testa e sentei-me à sua frente.

Dona Lúcia: Meu filho, preciso que tenha calma, com o que te vou falar. Eu olhei para ela e franzi o cenho e assenti.
Dona Lúcia: Vou direta ao assunto. A Ana Liz vai voltar, e eu quero que vc se comporte e não que a maltrate ouvi, senhor Lorenzo? Eu assenti e cabeça e respondi.
Chefe: Porque coroa? Porque agora? Agora lembrou que tem família aqui? Perguntei, já puto da vida.
Dona Lúcia: Vocês tem que se resolver, nem que seja para uma amizade. Já falei com ela e não vou voltar a falar com você. Se não quer fazer por ti, fa lo pela Sara. Eu assenti e ela levantou da cadeira, saindo, me deixando sozinho.

(...)

Continuei na boca, revisando o caderno de anotações quando senti vibrar no bolso da minha bermuda.
Tirei o telefone e vi que era mensagem do Dado.

📲
Dado: Eai, irmão, tem missão de 3 dias, cola na VK daqui a 2 dias. Fé irmão. Fiquei uns instantes processando a mensagem e respondi:
Chefe: Combinado irmão. Fé pá tu. Desliguei o telefone e pisei para casa.

Cheguei em casa e não tinha ninguém, tomei um banho e deitei-me, á espera do sono.

(...)

Acordei assustado, vendo o quarto todo escuro, peguei o celular e vi que dormi demais, eram 02h20m da manhã. Levantei com todo o cuidado para não acordar Dona Lúcia nem Sara e fui até à cozinha.
Comi, lavei o que sujei, e voltei para o quarto. Meti o despertador, liguei o ar, me cobri e esperei o sono chegar.

𝓜𝓮𝓾 𝓬𝓸𝓻𝓪𝓬̧𝓪̃𝓸 𝓹𝓮𝓻𝓽𝓮𝓷𝓬𝓮 𝓪 𝓿𝓸𝓬𝓮̂Onde histórias criam vida. Descubra agora