Capítulo 6 •Ana Liz•

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                                  Ana Liz 🧿

Rio de Janeiro 📍

A viagem foi mais tranquila, do que aquilo que eu pensei, a Eloah, só queria comer e dormir.
Aterramos e apressei me a sair do avião, para chegar mais rápido perto das malas.
Estava muito nervosa, não sabia o que as pessoas iriam pensar em relação á minha volta e com a Eloah. Não me sentia preparada para contar o que se passou comigo, não ainda. As únicas pessoas que sabiam daqui do Brasil, era a minha mãe, o Digão e o Matteo. Tenho contacto com eles sempre, foram as únicas pessoas que me apoiaram mesmo de longe.

O Digão é como um irmão para mim, ele é o padrinho da Eloah, tenho muito orgulho pela minha filha poder crescer perto dele e tê-lo com uma figura masculina perto dela. O Digão ajudou-me pa caralho, só posso contar por agora, que ele teve comigo em Portugal e deu o seu nome à minha filha no hospital. Foi o primeiro a tê-la ao colo.

Consegui tirar as malas e caminhar com a Eloah até a zona que a Dona Lúcia disse que estaria. Assim que eu as vi, os meus olhos se encheram de lágrimas e eu parei e fiquei sem reação de alguma coisa até que vi a Sara vir em minha direção e dizer:
Sara: PRETAAAAAA, eu não acredito que é verdade que és tu. Não acredito que é a minha sobrinha mais linda do planeta. Diz-me com os olhos cheios de lágrimas. Eu sorri com o que estou a sentir e digo.
Ana Liz: Sou eu sim minha preta, prometo que não saio mais daqui. Disse olhando nos seus olhos para transmitir a verdade. Caminhamos até onde estava a minha mãe e eu corri em sua direção, pegando ao colo e a enchendo de beijos pela cara, ela toca a minha cara e diz-me:
Dona Lúcia: Minha filha, vai ser difícil o caminho mas não vamos desistir. Obrigada por teres voltado para perto de mim, não és do meu sangue mas és como se fosses. Eu fiquei comovida com as suas palavras e em meio de choros e soluços digo.
Ana Liz: A senhora sabe que é minha mãe. Eu a amo muito minha mãe. Ela olhou para a neta e tirou-a do carrinho, a enchendo de beijinhos.
Pedi para irmos andando para a parte de fora do Aeroporto para poder chamar um Uber. Então esperamos pelo Uber e decidi pôr a conversa em dia com a minha mãe e a Sara.
Ana Liz: Mãe ? Como é que ele reagiu com a minha volta? E os meninos? Perguntei, super nervosa com a sua resposta.
Dona Lúcia: Minha filha, tu sabes que ele é difícil, mas disse que tens sempre uma porta aberta aqui. Vai com calma, vocês também precisam de tempo depois de se verem, passado tanto tempo e os meninos estão super animados. Agora vamos que o caminho ainda é grande.

Dito isso, entreguei a Eloah a Sara que entrou dentro do Uber e eu ajudei a mãe a guardar as malas e seguimos para o complexo do alemão, minha nova casa.

𝓜𝓮𝓾 𝓬𝓸𝓻𝓪𝓬̧𝓪̃𝓸 𝓹𝓮𝓻𝓽𝓮𝓷𝓬𝓮 𝓪 𝓿𝓸𝓬𝓮̂Onde histórias criam vida. Descubra agora