Final

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7 anos depois..:

Breno

Era um dia pacato na clínica de reabilitação, já faziam quase dois anos desde que inaugurei a mesma e desde então fui conquistando o meu espaço no ramo da fisioterapia. Como estava calmo naquela manhã, eu aproveitava para organizar algumas fichas de pacientes quando de repente escuto batidas na porta, era a minha secretária.
— Evelin, algum novo paciente deu entrada? - Pergunto curioso.
— Não é isso doutor, a senhora Miriam está na linha... parece ser urgente - Ela responde e só então me dou conta de que o meu celular estava desligado.
— Obrigado, pode deixar que atendendo aqui pelo meu ramal - Trocamos um rápido sorriso e então a mesma se retirou.
Ligação

Breno: Mirian, alguma novidade?

Mirian: Sim Breno, o Adam! Ele voltou a mexer os dedos com uma maior frequência, além disso ele tem respondido a outros estímulos... os médicos acreditam que ele deva despertar nas próximas horas.

Breno: Isso só pode ser um sonho! A clinica tá sem movimento, vou dispensar os colaboradores e sigo aí pro hospital.
...

Sim, haviam se passado nada menos que sete anos desde o terrível acontecido que tivera deixado o Adam em coma profundo. Desde então, eu ia visita-lo todo santo dia, fazia sessões com o mesmo para que não viesse a ter atrofias, fazia questão de cuidar do seu banho e entre outras coisas. Após fechar a clínica, segui para o hospital e logo de cara fui recebido pela Mirian com um forte abraço.

— Ai Breno, eu tô radiante! O meu filho ele tá se movimentando com uma maior frequência, fora que ele tá interagindo com os médicos, respondendo aos estímulos e tudo indica que muito em breve ele está de volta - Ela conta empolgada.
— Enfim esse pesadelo parece estar chegando ao fim, eu não consigo acreditar que vou ter o meu amor de volta. E o Albert, já falou com ele? - Questiono.
— Sim, ele disse que vai tentar antecipar o voo de volta para o Brasil. Depois que ele ganhou a medalha de ouro nas olimpíadas, ele tem ficado com a agenda lotada.
— Eu imagino, e foi muito bonito ele ter dedicado o ouro na ginástica para o Adam. Mas enfim, vou lá ver esse bonitão.
— E eu vou em casa tomar um banho, comer algo e volto para cá na sequência - Nos despedimos com mais um abraço e então segui para o quarto.
O tempo parecia que não tinha passado para o Adam, ele estava com o mesmo rostinho de sempre, barba feita afinal eu sempre tratava de deixa-lo bem cuidado e a grande diferença era que nesses sete anos o seus cabelos haviam crescido de uma maneira considerável, o que estranhamente colaborava para que o mesmo ficasse com uma aparência mais jovem. Ao entrar no quarto me aproximei da cama e então passei a acariciar o rosto do mesmo.
— Sete anos que não sinto o seu toque, que não recebo o seu beijo, seu carinho... nossa Adam, eu seria o homem mais feliz do mundo se realmente você estivesse despertando desse maldito coma, eu quero tanto você de volta pra mim - Desabafo e então uma lágrima solitária escorre no meu rosto. De repente, sinto uma mão tocar a minha com uma certa dificuldade. Espantado, direciono meu olhar para o Adam e percebo que o mesmo está movimentando de maneira insistente as suas pálpebras — Adam?! - Exclamei surpreso e então, lentamente o mesmo foi abrindo os seus olhos e passando a me fitar com um olhar perdido.
Sinto o meu coração acelerar, a minha vontade era de sair gritando pelos quatro ventos a minha felicidade e pular em cima do Adam e o encher de beijos, mas eu precisava me controlar.
— Meu amor, você voltou! - Falo empolgado, porém o mesmo permaneceu estático.
Naquele momento me dei conta de que eu precisava chamar os médicos para examina-lo e assim eu fiz. Foram minutos tensos a partir dali, a Miriam também chegou no local um tempo depois e permanecemos ali, na sala de espera do hospital enquanto os médicos o avaliava. Após quase uma hora, o doutor se aproxima.
— Doutor, o Adam está bem? - Pergunto preocupado.
— Está ótimo dentro do quadro complicado que ele teve, estava um pouco agitado por isso tivemos que aplicar uma pequena dose de calmante. Pedimos de que tenham paciência com ele.

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