☆ THE DREAMS ☆: Aquele deveria ser mais um dia normal na vida dos Moretti. Uma típica família em Gardênia, pronta para receber seus filhos mais velhos durante as férias da faculdade e prontos para aturar suas filhas mais novas brigando a cada cinco...
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Zenith, 2022
Três dias. Faltam exatamente três dias para que eu vá para Alfea. Sem tirar nem por. Após nos sentarmos e conversamos por horas sobre o que seria melhor ser feito e sobre todas as probabilidades de falhas, chegamos à conclusão de que: eu irei para Magix, estudar em Alfea.
A escola em Zenith deveria ser a opção mais fácil e lógica. Mas vamos entrar em consenso de que Alfea sem dúvidas é uma das melhores escolas da Dimensão Mágica.
Enquanto arrumo as minhas malas, mexo em meu computador de última geração e pesquiso mais algumas coisas sobre Alfea. Odeio chegar nos lugares despreparada para qualquer obstáculo que esteja em minha frente.
Por ele, pude chegar ao site oficial de Solária, onde uma matéria enorme dizia: A Futura Rainha de Solária Acaba de Destruir seu Futuro? Hum, as pessoas não poderiam ser mais exageradas, não deve ter sido tão ruim assim... okay, ela explodiu uma das salas de Poções Mágicas. E por causa deste incidente infeliz, a princesa repetiu de ano e este ano não se sabe se ela voltará para Alfea ou não. Particularmente, eu acho que ela não deveria voltar, se for para passar a vergonha do ano passado, eu ficaria em minha casa.
Talvez seja por isso que disseram que o futuro dela estava arruinado? De qualquer forma, isso não é algo ao qual eu deva me preocupar, eu definitivamente não teria cometido um erro tão tosco quanto esse.
– Você precisa parar de ficar vendo essas notícias, Tecna! – papai entra no quarto desviando de um de meus objetos voando. – Olhe para este lugar, está uma zona! – ele exclama e eu finalmente tiro a minha atenção do computador e olho em volta.
– Não precisa se preocupar, em breve estará tão organizado que nem se quer vai parecer que eu estive aqui nos últimos dezesseis anos. – Comento voltando a minha atenção para o computador.
– Saia deste computador e venha passar o restante do tempo conosco! – Ele vem até mim e coloca as mãos em cima da tela do computador o fechando. – Sua mãe e eu iremos sentir saudades.
– Irei ligar todos os dias.
– Sabemos disso, mas não será a mesma coisa. – Suspiro e viro minha cadeira em sua direção.
– O que está incomodando vocês? – pergunto de braço cruzados enquanto ele se senta em minha cama e me encara.
– Somente queremos tomar algumas precauções com você... – franzo o cenho.
– Que tipo de "precauções". – Faço aspas com os dedos.
– Magix pode ter sua beleza, mas não é um lugar somente de rosas. – Faço bico pensando nas probabilidades de me meter em encrencas. – Tem Torre Nebulosa... – ele passa a língua nos lábios e então – Fonte Rubra. – Aí está!
– Toda essa enrolação para me dizer que devo ficar longe das bruxas e principalmente dos especialistas? – Dou ênfase, e ele se encolhe levemente dando de ombros. – Esta não deveria nem se quer ser um tópico de conversa, pai!
– Só queríamos deixar claro que... – o interrompo.
– Não estou indo lá atrás de briga com bruxas ou de namorados! Minhas prioridades são, e sempre vão ser os meus estudos. O senhor e a mamãe se quer pensarem que eu posso aparecer namorando aqui em casa durante estes meus anos de escola é até um insulto a minha pessoa.
– Nós só queremos que você tenha um futuro brilhante. – Ele completa.
– E eu vou ter! – Me levanto dando um aceno com a mão.
Minhas coisas já estavam todas organizadas em suas malas e caixas logo a frente da minha porta.
– Serei uma fada tão extraordinária que será impossível que não me notem. As pessoas saberão o meu nome e saberão que eu sou brilhante e eu serei alguém ao qual elas poderão contar um dia... – seguro em seu braço o ajudando a se levantar e o acompanhando até a porta de meu quarto. – Agora, se os questionamentos já acabaram – deixo ele do lado de fora e seguro a maçaneta da porta. – Preciso fazer algumas pesquisas e preciso estar cem por cento concentrada nelas. Se me der licença, tenho certeza de que poderemos ter mais conversas produtivas durante o jantar. – Fecho a porta antes que ele diga mais alguma coisa.
Encosto as costas na porta, observando meu quarto agora organizado. Como eu havia dito, nem parece que eu estive aqui nos últimos dezesseis anos. Dou um suspiro de olhos fechados e começo a andar novamente para a minha mesa.
– E se... – me sento em minha cadeira e rodopio, olho para o teto de meu quarto com os pensamentos a mil – talvez se eles parassem de me ver como um simples robô... eu já me sentiria satisfeita.
Com um bufo, volto a atenção as minhas pesquisas, é o melhor que eu faço agora.
