Rhaenyra tinha consigo o ovo de Sunfyre, que eclodiria para Aegon, e o ovo de Tessarion, que eclodiria para Daeron.–Me desculpe, mas não posso deixar que sejam usados contra mim e contra os meus. -ela diz, enquanto joga os ovos de cima de um penhasco nas águas turbulentas do mar. Rhaenyra decidiu prevenir antes sequer que a ligação tivesse a possibilidade remota de ser feita. Os ovos batem contra as pedras, e são destruídos.
Alicent estava grávida, esperando Aemond, e Rhaenyra decidiu que a velha Vhagar seria sacrificada se algo acontecesse a Laena Velaryon.
Dreamfyre, se algum Hightower chegasse perto dela, ganharia uma ovelha envenenada. Rhaenyra preferia ter menos dragões a deixar qualquer filho de Alicent ter sequer um.
E assim Rhaenyra investiu o ouro em infraestrutura, melhorando estradas.
Rhaenyra olhava as figuras da Velha Valíria e ficou fascinada com a arquitetura. Um projeto bem ambicioso se moldava em sua mente. Seu pai tinha a ridícula maquete, ela teria aquilo na realidade.
Outros pedidos exigindo ovos vinham, mas Rhaenyra simplesmente os devolvia e não dava mais atenção.
Ela construiu mais duas espadas para trocar e conseguiu tanto ouro do Banco De Ferro que deixou as pessoas tonta com o brilho amarelo da pilha entrando no castelo.
Com isso, ela começou seu projeto arquitetônico ambicioso.
As pessoas foram acolhidas no seu próprio castelo quando suas casas eram demolidas e outras, com arquitetura de Valíria, foram levantadas.
A própria Syrax várias vezes cuspiu o fogo usado para derreter e moldar a massa.
Foi uma construção tão rápida que os próprios construtores ficaram surpresos.
Parece que o fogo de dragão torna as coisas mais fáceis de moldar, e ao mesmo tempo mais firmes.
Vidro de dragão foi usado para janelas, vitrais, enfeites e construção de móveis.
Quando as pessoas foram para suas casas, ficaram maravilhadas com o que estavam vendo.
Rhaenys e Laena fizeram uma visita, seus queixos caíram.
–É como ver uma pintura de nossa terra ancestral ganhando vida! -proclama Rhaenys, emocionada.
–Fico feliz que goste.
–A guerra acabou. Os homens estão voltando. -anuncia Laena, com alegria.
Rhaenyra não pode evitar sua empolgação.
–Alguma notícia interessante?
–Estou recebendo cartas de Rickon Stark e Jeyne Arryn. Eles estão insatisfeitos com o rumo das coisas e planejam dobrar os joelhos para mim.
–E o que Viserys tem a dizer sobre isso?
–Ele não foi consultado, sua opinião não é necessária. -Rhaenyra diz, com deboche.
É impressionante como Otto Hightower, fazendo de tudo para cravar as garras em Viserys, o alienou até mesmos dos senhores cujo apoio ele precisa, e agora que esse apoio é mais valioso sem dragões para usar como ameaça, ele não o tem.
Corlys, Laenor e Daemon aportam em Pedra Do Dragão.
Quando eles descem do navio, ambos prometem suas espadas e seus dragões a Rhaenyra.
–É sério?
–Porque eu me ajoelharia para Viserys? Tudo o que aquele homem tinha de bom a oferecer veio de Aemma, Daemon e você. -diz Corlys.
–Sobrinha, depois de tudo o que houve, eu nunca vou por Viserys acima de você. Meu irmão escolheu Otto, Alicent e a linhagem deles como sua família, e eu escolho minha verdadeira família.
E para Daemon, Rhaenyra viria em primeiro, Rhaenys vinha em segundo e os filhos da sua prima em terceiro. Viserys nunca mais contaria na sua equação. O tempo em que Daemon se curvava para seu irmão fraco acabou.
Poucos dias depois, durante um banquete para festejar a vitória nos Degraus, eles recebem um corvo da capital.
–É um decreto de Viserys, me ordenando a ir para Porto Real. -explica Daemon.
–E qual será a sua resposta, tio?
Daemon pega uma folha, escreve "FODA-SE" em letras bem grandes no papel e envia para Viserys.
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Um Reino De Duas Corôas
FanfictionTanto Viserys quanto Rhaenyra sonham com o fim dos dragões. Mas enquanto Viserys acredita que para salvar a filha deve manter a tradição e tirar dela o posto de herdeira do trono, Rhaenyra rasga as tradições do reino -e vira uma rainha muito antes d...