Você É Minha Rainha

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–Eu decidi que meu reino vai se chamar Nova Valíria

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–Eu decidi que meu reino vai se chamar Nova Valíria. -anuncia Rhaenyra.

Seu tio e a família Velaryon aprovam.

–Reino De Pedra Do Dragão não era um nome muito inspirador. -comenta Corlys.

–E sua bandeira?

–Preto e vermelho no fundo com um dragão de escamas amarelas como as de Syrax no centro.

–Uma boa escolha.

–Navios chegarão aqui. Rickon Stark e Jeyne Arryn fizeram um levantamento com suas regiões. Os nobres do Vale e do Norte escolheram em maioria me apoiar. Os dois se ajoelharão para mim, pois se recusaram a ir na cerimônia que nomeou Aegon herdeiro.

–Entendemos.

–Posso contar com a Casa Velaryon em um juramento público para a minha causa?

Corlys se levanta.

–Eu sou um homem ambicioso e nunca neguei isso. Mas no Concílio De 101, eu apoiei Rhaenys não só porque é minha esposa, mas porque ela seria uma boa governante. Eu vejo o que você fez. Eu já decidi te apoiar. Por ambição, é claro, mas pelo mesmo motivo. Eu acredito em você como rainha. Pouco importa o seu gênero. Você é competente e está fazendo algo bom aqui. Quero fazer parte disso. E modéstia á parte, sei que mais cedo ou mais tarde minha família e a sua vão se unir em casamento, pois diferente de Viserys você não ignora nossa importância. Conte comigo.

–Eu fico feliz, de verdade, em ouvir isso, Lorde Corlys. E já deixo claro que sua família terá muita importância em meu governo.

Ela sorri, mal podendo esperar para o que os espera quando todos se curvarem.

Quando todos saíram, Rhaenys procurou Daemon para uma conversa.

–Primo. O Concílio de 101 realmente me trás muitas lembranças.

–A mim também. -responde Daemon, suspirando.

Aquele Concílio realmente os dividiu. Rhaenys ainda amava seus primos, mas seu relacionamento com eles nunca mais foi o mesmo. E em relação ao seu avô, qualquer palavra deixou de ser dita a ele. Jaehaerys morreu sabendo o quanto Rhaenys o desprezava.

–Por que, Daemon? Por que você ficou do lado do Viserys sabendo que ele sempre foi um fraco?

Daemon demonstrava em seu rosto a dor que sentia com o tom de decepção de Rhaenys.

–Por que... Ele era meu irmão.

–Sério que você ou o vovô não estavam cientes de que ele era um idiota fácil de manipular? Para alguém que pregava sobre o bem do reino, nosso avô falhou miseravelmente nesta parte. Para alguém que pregava sobre o bem da família, ao colocar um irmão inapto em uma posição tão perigosa você falhou miseravelmente com Viserys também.

Rhaenys nunca teve misericórdia com as palavras. Daemon sabia que ela estava certa nisto.

–Daemon, você ajudou Viserys com o seu apoio a conseguir o trono. Naquela época, a cobra do Otto já tinha enfiado as garras nele. Quando você deu poder ao Viserys, deu ao Otto também. Ele nunca manteria a posição de Mão Do Rei por tanto tempo sem a sua ajuda.

Daemon é obrigado a concordar com a crítica da prima.

–Se você tivesse me apoiado, a primeira coisa que eu te daria seria a anulação de seu casamento com Rhea Royce. Eu teria que feito você minha Mão. Viserys te tratou feito um cachorro por anos, valeu à pena?

Daemon tinha o dever de ser sincero.

–Não.

–Estou te dizendo isso por que sei que agora nada vai impedir você e Rhaenyra de ficarem juntos. Rhea morreu naquele acidente de cavalo na caça quando você estava nos Degraus. Ambos estão livres e Viserys não tem mais o poder sobre suas vidas. Mas grave minhas palavras, meu primo. Rhaenyra está construindo algo lindo e novo. Seja digno disso. Seja digno dela, seja digno do reino dela. Nunca mais faça algo por impulso e sem pensar. Lembre-se de que suas ações podem ter consequências ruins. Estarmos aqui e agora não é uma delas?

–Eu... Entendi o que você quis dizer.

–Seja esse dragão feroz. Mas também seja sábio, Daemon. Pelo bem de todos nós.

–Eu farei melhor, Rhaenys.

A comitiva chegou.

Jeyne e Rickon vieram cada um com o cabeça de cada casa nobre de seus territórios.

Um grande banquete seria realizado.

Rickon, usando a Gelo, se ajoelha diante de Rhaenyra e presta um juramento.

–Eu, Rickon, líder da Casa Stark, o representante do Norte, juro minha lealdade, a lealdade da minha casa e a lealdade da minha região a Rhaenyra Targaryen, rainha da Nova Valíria.

Jeyne faz o mesmo.

Corlys também.

Todos os vassalos se ajoelham e fazem juramentos de lealdade.

Rhaenyra puxa um cordão feito de prata que tinha como pingente uma mão feita de aço valiriano.

–Eu nomeio Rhaenys Targaryen a Mão Da Rainha de Nova Valíria.

É um choque para Rhaenys, mas ela pôs orgulhosamente o novo cordão em seu pescoço.

–Com sua sabedoria e força, sei que faremos algo magnífico. -diz Rhaenyra.

–E faremos! -promete Rhaenys.

Corlys obviamente foi convidado a ser o Mestre De Navios de Rhaenyra. As outras posições foram ocupadas por negociações entre os nobres do Vale e do Norte.

Olhando para o salão em volta ela e sorri.

E de repente, diante de seus olhos, ela vê guerra.

No começo ela se desespera, pois mudou tudo para evitar a guerra, mas depois, notando que os dragões que lutavam eram os dragões que foram de seus irmãos em outra vida, ficou confusa.

Sunfyre, acompanhado de uma leoa, lutava contra Vhagar, acompanhada de uma corça. Atacando a ambos, também havia Tessarion, com uma torre em chamas verdes. Os três se destroem. Sobre os destroços, Dreamfyre ri e pega a corôa de Aegon de dentro das cinzas.

Rhaenyra felizmente entende o presságio que está vendo.

Não haverá guerra entre Aegon e ela. Haverá guerra entre os filhos de Alicent.

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