Sem Dragões Para Você

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Rhaenyra ficou chocada com o descaramento de seus irmãos virem em momentos diferentes para perto da fronteira de Pedra Do Dragão

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Rhaenyra ficou chocada com o descaramento de seus irmãos virem em momentos diferentes para perto da fronteira de Pedra Do Dragão.

–Porque esses idiotas não entendem que em matéria de poder, eles não têm nenhum? -Rhaenyra pergunta a si mesma em voz alta, totalmente exasperada.

Quando Aemond e Daeron, a quem ela nem sequer pôs os olhos nesta vida deram o ar de sua falta de graça, a rainha de Nova Valíria foi voando pessoalmente até a fronteira limite, pousando elegantemente com Syrax.

–O que os príncipes do outro reino querem nesta pretendida visita surpresa? -ela indaga, levantando uma sobrancelha.

Ela queria deixar claro que ali eles eram estrangeiros sem direitos.

–Viemos pedir sua ajuda, irmã. -Daeron tenha apelar, com aquela voz macia que Rhaenyra identificava como a que Otto usava para convencer Viserys.

–Desculpe? Irmã? Não tenho irmãos. Podemos ser parentes, mas não somos família. -ela interrompe, sem nenhuma cerimônia.

Aemond a olha com ira, Rhaenyra o olha de alto a baixo, pensando em como a cabeça dele ficaria bonita empalhada e colocada na sala de reunião.

–Por favor, viemos pedir a sua ajuda para derrubar um tirano. E se possível, um dragão, como nosso direito como Targaryen.

–Esse tirano, que eu me lembre, sua mãe e seu avô usaram todas as manipulações possíveis para coroar. É simplesmente o resultado de dar o trono para alguém absolutamente despreparado. Que eu me lembre não é de hoje que seu irmão é estuprador. Vocês só se importam com isso agora porque foram atingidos de forma pessoal. Mas as vítimas dele também tinham famílias e até noivos, sabiam? No entanto vocês mesmos encobriram os crimes dele, ou eu estou enganada?

Ninguém poderia negar que a família já sabia dos hábitos fazia tempo, mas optaram por não agir. Alicent escondia e pagava as jovens, Aemond e Daeron nunca fizeram nada e olharam para o outro lado.

–Seu avô o deixou ser intencionalmente sem preparo nenhum para reinar como um mestre das marionetes. Ele isolou meu pai da família, me isolou tendo apenas sua mãe como minha dama de companhia, usou da proximidade de Alicent comigo para prostituí-la para meu pai, e agora que conseguiu a mationete estúpida que desejava ele acabou ficando estúpido demais! Eu não vou te dar nada! Sua família é sanguessuga, quer beber todo o nosso sangue e nunca fica saciada! Sempre querem mais! Nada é suficiente! Se eu te ajudasse, ou entregasse algum dragão, quanto tempo até que viessem ao meu reino querendo roubar o que eu construí?

Rhaenyra não vai entregar nada a prole de Alicent Hightower. Nenhum daqueles vermes insaciáveis vai sequer ter a chance de colocar seus filhos em perigo.

–Anos atrás eu fiz uma promessa aos dragões. Eu prometi que o vínculo entre dragão e humano seria respeitado como tal. Dragões não serão usados para as ambições egoístas dos homens, nem irão morrer em guerras sem sentido que não tem nada a ver com eles. Eu vou cumprir essa promessa. Esse é meu decreto final! Saiam daqui!

–Você não pode fazer isso! Precisa nos ajudar!

–Me obrigue se puder, ratazana! -ela desafia, montada em seu dragão.

Rhaenyra alça voo e os desgraçados são obrigados a ir embora.

–Vocês nunca vão sequer respirar o mesmo ar que meus filhos e os dragões. Sua destruição não atingirá minha família! -ela jura para si mesma.

Ela manda reforçar a segurança por precauções. A destruição que Otto e Alicent eram capazes de causar não atingiria sua família e Rhaenyra se certificará disso. Ela nunca mais sofrerá as consequências das escolhas erradas daquelas pessoas covardes, manipuladoras e ambiciosas novamente.

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