Em uma cidade tranquila, Juníper, uma adolescente comum, vive com sua mãe policial e seu irmão mais novo. Tudo muda drasticamente quando um vírus mortal se espalha rapidamente, transformando pessoas comuns em mortos-vivos sedentos por carne humana.
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Minha perna batucava no chão, ansiosa assim como meus dedos batiam na mesa, e meus olhos encaravam os ponteiros do relógio que pareciam andar para trás. Finalmente o sinal bateu e eu agarrei minha mochila dando o fora da sala de aula.
Assim que sai para fora avistei a única outra cabeça ruiva entre as crianças do sexto ano. Meu irmão se despediu de seus amigos e andou até mim, que já estava tirando a corrente de minha bicicleta. Assim que ele começou a desprender a corrente da sua eu dei um tapa em sua cabeça.
— Como foi o seu dia, pirralho? - perguntei já andando com minha bicicleta.
— Estaria bem melhor se você tivesse pegado uma infecção e ficado de cama pelo resto do ano - eu revirei meus olhos e o dei as costas, enquanto ele correu para me acompanhar.
Vários alunos saiam animados e cumprimentavam outros com o início das férias, alguns passaram por mim com seus skates e outros correram para o caminhão de sorvete no meio da rua.
— June! - me virei para ver Amberly vindo em minha direção. — Não se esqueça, quero você no campo na sexta-feira.
A escola organizava um dia de competições sempre no último dia do mês, desta vez era um campeonato de corrida e o prêmio era 50 dólares e um troféu de lembrança.
Amberly era minha única amiga na escola, não éramos da mesma sala mas nos conhecemos no último jogo de vôlei — antes de eu desistir de jogar. Ela era bem competitiva e exigia bastante já que sei pai era o nosso professor de educação física, e sempre pedia a minha companhia nos jogos que participava.
Amberly também era quase a cara de seu pai, cabelos pretos e o mesmo sorriso convencido. Ela também falava muito palavrão, como ele, mas como ela sabe que eu não gosto ela não grita quando estou por perto — na maioria das vezes.
— Claro, Abby - respondi e a dei um abraço de despedida. — Te vejo na sexta.
Assim que deixei minha bicicleta ao lado da de meu irmão, eu limpei os sapatos e entrei em casa. Me surpreendi ao encontrar minha mãe separando cartas na mesa da cozinha, pois ela sempre chegava a noite, mas tentei não me importar. Passei por ela e a cumprimentei com um beijo na bochecha antes de subir para meu quarto.
Troquei o jeans por um short e tirei os tênis, e enquanto os arrumava na sapateira levantei o olhar para encontrar meu irmão batendo na porta.
— Você acha que ela voltou só pra ver antes de nós alguma carta dele? - perguntou Jeb.
