Em uma cidade tranquila, Juníper, uma adolescente comum, vive com sua mãe policial e seu irmão mais novo. Tudo muda drasticamente quando um vírus mortal se espalha rapidamente, transformando pessoas comuns em mortos-vivos sedentos por carne humana.
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— Onde você está?
O walkie-talkie chiou por alguns segundos e então a voz de Jeb se fez presente:
— Trancado no banheiro. Onde você está?
— Me tranquei no armário do quarto da mamãe.
Um dos doentes que estavam lá fora encontrou o caminho para os fundos e entrou em nossa casa, e agora ele vagava por ai nos procurando.
— Jeb, o que você foi fazer?
Eu ouvi uma fungada antes dele me responder.
— E-Eu ouvi barulho e pensei que fosse ela batendo na porta, não pensei que seria...
Eu ouvi barulhos altos, como se alguém socasse uma porta.
— J-June, ele está aqui! Ele me achou e está batendo na p-porta!
— Jeb, fica calmo, por favor - eu agarrei as raízes de meu cabelo e pensei. — Fique em silêncio, talvez ele vá embora.
O rádio fez estática e Jeb não disse mais nada.
Do qurto eu conseguia escutar o doente grunhindo e batendo na porta do banheiro. Eu rezei para que Jeb ficasse bem e em silêncio tempo suficiente para, talvez, o doente o esquecer e ir embora.
Até eu ouvir um barulho de madeira quebrando, e um grito de Jeb.
— J-June! June, ele está q-quebrando a porta! Ele m-me viu!
Logo em seguida o chiado se fez presente novamente, e eu não ouvi mais barulho de batidas. Abri a porta do armário e sai correndo em direção ao banheiro.
— Jeb! - eu gritei, parando na porta e dando de cara com o doente.
Eu me virei para correr mas ele segurou meu braço, quando se inclinou abrindo sua boca sangrenta o seu maxilar explodiu centímetros do meu rosto. Sangue manchou minha face e minhas roupas enquanto mais tiros de bala eram disparados, fazendo o doente soltar meu braço e cair imóvel no fundo do corredor.
Eu passei os dedos por minha bochecha para tentar limpar o sangue, mas a situação só piorava então permaneci imóvel ainda em choque. Assim que alguém agarrou meu braço eu quis gritar, mas quando senti os braços de minha mãe me abraçarem eu suspirei de alivio.
— June, onde está o Jeb? - ela perguntou nos afastando do abraço e segurando meus braços.
Apontei para o banheiro e ela correu até lá, guardando sua arma no coldre e tirando Jeb da banheira, enfim o abraçando também. Percebi seu uniforme de xerfie sujo de sangue e ela estava sem seu chapéu, indicando que passou por alguns maus bocados.
