Com certeza você já ouviu falar sobre pessoas tóxicas, que são aquelas que acabam trazendo sofrimento emocional e uma série de problemas em função de seus padrões de comportamento. Mas e quando a tal pessoa tóxica está dentro do seu núcleo familiar? Como identificar e se livrar dos efeitos nocivos desta convivência? Pergunto, se não fosse o laço sanguíneo, o endereço ou documentos, o que torna a sua família, sua? Você consegue ter uma conversa franca com eles? Sabe que suas dores serão acolhidas e você será respeitado? Que haverá um abraço a sua espera? É estranho pensar que você pode viver e ter memórias com pessoas que, no fundo, são estranhas. Das quais você não conhece os sonhos e teme compartilhar os seus. O primeiro fator complicador é o fato de que família não se escolhe. Se as amizades e relações de coleguismo são totalmente opcionais, ou seja, ao se deparar com uma pessoa tóxica pode-se facilmente decidir não manter o contato, com a família é um pouco diferente. O vínculo que nos une a pais, irmãos e até mesmo tios e primos é mais complexo, pois se supõe que deve durar para sempre. Manipulação emocional: para conseguir atenção e carinho, normalmente se recorre à chantagem emocional, às mentiras "piedosas" e à manipulação. Problemas de comunicação: a comunicação se faz notar por sua absoluta ausência. Cada integrante da família funciona como um órgão independente, que simplesmente dividem espaços comuns. Tendem a ser autossuficientes, porém carecem de vínculo afetivo. Distanciamento emocional: são os casos em que os pais nunca chegaram a atender as necessidades afetivas básicas dos filhos. Nunca faltou comida ou caprichos, porém a relação emocional sempre foi fria, sem abraços, beijos ou outros gestos de compreensão, apoio e carinho. Os filhos crescem sem uma figura referente de afeto e isso afeta a visão que têm de si mesmos, como filhos e pessoas. Conflitos constantes: é muito comum a falta de respeito entre os membros da família, inclusive com episódios de violência verbal e/ou física. Troca de papéis: são ocasiões como quando os pais são mais imaturos que os filhos, e esses se vêm obrigados a assumir as funções dos progenitores, por exemplo.
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