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Passei o resto do dia de mal humor,achei que a provocação de Aiya não me abalaria facilmente mas errei,Sawako e eu almoçamos juntas mas eu mesma notei que não está a muito para conversar mesmo assim não queria dizer isso a Sawako para deixá-la incomoda.

Na hora de ir embora rápido peguei minhas coisas e saí,não esperei ela já que não queria conversar,amanhã posso dar uma explicação para ela mas agora não é um bom momento.

Fui andando em passos largos olhando para o chão,desfiz o rabo de cavalo e prendi um coque para que o cabelo não ficasse no meu rosto.

Olhando para o chão o tempo todo,quando levantei a cabeça para sair ao portão,avistei Mitsuya que estava vindo em minha direção com um sorriso no rosto.

- Evangeline! Mal te vi hoje. - Ele riu.

- Eu estava ocupada. - Falei tentando ser a mais simpática possível.

- Não quero te atrasar mas queria perguntar se você fez o par de meias que falei ontem. - Ele perguntou olhando para mim.

Eu tinha até esquecido deste detalhe,não entreguei nem para Aiya muito menos para Mitsuya.

- Sim,mas eu não quis fazer um par de meias então decidi fazer uma bolsa. - Tirei minha mochila das costas colocado ela no chão e pegando a bolsa.

- Sem problemas! Parabéns pela criatividade. - Ele pegou a bolsa da minha mão.

- Obrigada. - Sorri de leve colocado a mochila nas costas novamente.

- De nada. - Ele respodeu.

Assim saí e continuei a andar,dei graças a Deus que Aiya não chegou perto dele para que não pudesse me incomodar,eu ainda estava irritada por mais cedo.

Parecia que o caminho estava tão longo e que nunca chegaria em casa,os minutos não passavam,estava tão cansada que só queria dormir uma bela noite de sono.

Olhando ainda para baixo senti várias motos correndo nas ruas em alta velocidade que uma delas até fez meu cabelo se soltar.
Observei até ver elas sumirem por aí então continuei.

Demorou bastante chegar em em casa,entrei para dentro minha mãe estava na cozinha fazendo um suco.
Tentei passar despercebida mas isso é impossível com essa mulher.

- Você chegou rápido hoje. - Ela disse sorrindo.

- Pra mim o caminho estava tão longo. - Coloquei a mochila no sofá.

- Então já que está com tempo. - Ela apontou para o telefone.

Eu tinha esquecido desse detalhe,por isso demorou tanto pra chegar em casa,eu devia ter ficado na rua mais um pouco. Já estava tão irritada que não queria fazer mais nada.

- Mãe eu tô cansada,amanhã eu ligo. - Falei suspirando.

- Evangeline! - Ela disse incrédula.

- Lorelei! - A imitei fingindo a mesma expressão.

- Não me faça ficar nervosa com você,ligue para seu pai por favor! - Seu tom já estava autoritário como mãe.

Não gosto de desobedecer suas palavras então fui até o balcão pegando o telefone,peguei o papel que estava anotado o número e fui subindo para meu quarto enquanto discava os números.

Quando entrei eu apertei em ligar,assim o telefone começou a chamar,eu torcia para que ele não atendesse,para que esquece que queria falar comigo.

O telefone chamou três vezes e quando decidi desligar,ele atendeu.

- Alô? Quem fala? - Sua voz era a mesma de sempre.

Fiquei sem saber o que dizer,comecei a suar frio e meu estômago tinha dado um nó,minha voz não saia por nada.

Um Olhar de ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora