Capítulo 13

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Lilith Lopez

Lilith Lopez

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...

É confortável... o aconchego do cobertor que me envolve. Deitada no sofá, ouço enquanto minha mãe prepara sopa de legumes.

A casa está quieta, apenas o som das panelas borbulhantes na cozinha... está calma, este é o único momento de paz por aqui. Quando meu pai não está em casa, minha mãe parece aliviada; eu também fico, não gosto deles brigando o tempo todo, especialmente porque minha mãe sempre acaba ferida.

Me sento no sofá, ainda com o cobertor sobre os ombros, quando minha mãe entra segurando uma tigela de sopa. Ela se senta no chão à minha frente e coloca a tigela de lado, seus olhos fixos em mim enquanto sorri timidamente. Seu rosto estava marcado, com um hematoma acima da sobrancelha e outro ao redor do olho direito. Meu pai fez isso, mas ele não é mau; minha mãe diz que não é. Ela alega que ele só estava estressado com o trabalho e que tudo ficaria bem.

Ela colocou a mão em minha testa, que ardia em febre. Engoliu em seco, visivelmente preocupada, e pegou a tigela de sopa mais uma vez, levando a colher em direção à minha boca.

— Venha, meu amor, coma. Você vai se sentir melhor assim — Abri a boca para que ela me alimentasse. Estendi minha mão para tocar seu rosto, e ela não se esquivou; apenas fechou os olhos e sorriu.

— Está doendo, mamãe? — perguntei.

— Não... — respondeu ela. Mentira!

— Papai não vai te machucar de novo, eu vou te proteger! — assegurei. Seu sorriso desapareceu imediatamente, e ela segurou minha mão.

— Não, querida, você não precisa me proteger. Quando melhorar, voltará para a escola e se tornará uma cientista muito inteligente, como sempre quis — Sorri em concordância. Eu já estava a protegendo, mesmo que ela não soubesse; papai diz que ela não pode saber.

Ele me prometeu que não iria mais agredir a mamãe se eu cumprisse suas ordens e hoje a mãe está se recuperando da última vez, como nos últimos três dias. As noites recentes foram difíceis e cansativas, mas é minha responsabilidade proteger a mãe, pois sem ela eu não sobreviveria, sem ela nao consigo viver, então não posso deixá-la se machucar.

A mamãe acredita que estou com uma simples indigestão, mas eu sei que foi por causa do papai, que não é gentil, e é por isso que estou com febre agora. No entanto, ela não pode descobrir. Devo protegê-la!

Ao abrir a boca para comer a sopa que ela me oferece, suspiro, sentindo-me mais reconfortada... é gostoso.

— Mamãe, está delicioso...

— É? — ela pergunta com um sorriso, e eu concordo, dando meu melhor sorriso, apesar da dor. — Coma bastante para se recuperar! — Eu aceno e ela continua me alimentando.

 𝐎𝐛𝐬𝐞𝐬𝐬ã𝐨 𝐏𝐞𝐫𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚 +18Onde histórias criam vida. Descubra agora