Lilith e Kaden
Uma assassina possessiva,
Um Mafioso obcecado.
Uma disputa por posse, por manter uma confiança e por manter laços formados de maneira distorcida.
Mortes, perseguições, torturas, medo... tudo isso é excitante para ela, Kaden é o sonho...
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...
8 anos atrás...
Já tinha ouvido falar anteriormente sobre uma garota que o líder da Carnivale havia resgatado. Meu pai havia ficado curioso a respeito e me enviou para fazer uma pesquisa sobre ela. No entanto, todas as pesquisas foram em vão. Ninguém conseguiu encontrar nada, como se ela não tivesse existido nos últimos doze anos. Não havia pais, registros escolares, registros hospitalares, absolutamente nada. Era como se ela fosse uma pessoa indigente completa.
Lilith Lopez. Um nome peculiar, considerando suas origens e Lopez... Espanhol, se não me engano. Ela não tem um segundo sobrenome e nada foi encontrado além do sobrenome dela.
Enquanto entrava no elevador sem olhar para trás, o rosto daquela garotinha estava gravado na minha mente. Era tagarela e intrometida.
- Por que deu a pulseira para ela? - Meu pai não olhava para mim, mantinha o olhar fixo para a frente, claramente não gostando nada daquilo.
- Porque eu quis. Você sentirá falta da pulseira de sua amada esposa, William? - Ele não respondeu, apenas lançou-me um olhar irritado e voltou a olhar para frente. De relance, olhei para os números do elevador, estávamos no dezenove, o penúltimo sendo o último o térreo, agora passávamos pelo treze.
Cada momento ao lado de William é desolador e repugnante, indivíduos como ele não deveriam mais existir, porém, infelizmente existem e um deles se trata do meu pai. Jamais o referiria como pai, a menos que fosse em eventos sociais ou reuniões importantes. Por mais que ele tenha cobrado isso de mim durante anos, não irei conceder-lhe um tratamento que não merece.
Seu filho favorito era o mais jovem, James. Um tolo com inteligência negligenciada desde o útero da nossa mãe é facilmente manipulável. Essa é a razão pela qual William o admirava tanto. No entanto, eu desempenhava bem o meu papel e ele não podia negar isso.
No estacionamento, ele pegou o celular e iniciou uma ligação, caminhando à minha frente. Eu fiz o mesmo, pegando o meu celular e ligando para Katherine, minha irmã e a única pessoa confiável no covil de lobos que chamo de lar.
- Alô, Kaden. O que aconteceu? - Sua voz era sempre grave, uma característica que sempre apreciei nela.
- Tem alguns dos seus homens disponíveis?
- Hm... depende. Para que?
- Quero que fiquem de olho em uma pessoa.
- Quem? - Hesitei ao responder.
- Não quero falar sobre isso por telefone, pode ir à minha casa daqui alguns minutos! - Ouvir Katherine concordar e desliguei o telefone o colocando no bolso novamente.
Será um inferno explicar isso para ela, explicar que quero que vigiem uma garotinha de doze anos. Que porra.
O fato de não achar nada sobre Lilith me intrigava e me frustrava, quero vigiar ela até descobrir o seu passado. Talvez tenha pego ela como um desafio, sinto que preciso descobrir isso. Obviamente foi Daniel que fez o passado da garota desaparecer, e se fez isso é porque esconde algo e eu pretendo descobrir... quem diabos é aquela garota?
