Capítulo 51-Congelados.

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 Bakugo original parte 2



"Não se deve medir alguém por sua individualidade. "

Eu disse aquilo...como se tivesse o direito de dizer isso a alguém, mas mesmo assim não me importei  e disse o que queria dizer. Mas ele começou a se irritar e a me acusar de estar com pena dele, e é claro que eu neguei, mas então ele também me acusou de estar com pena do Midoriya original e de repente muitas coisas vieram à minha mente, embora não fossem ditas. Internamente eu sabia que não estava com pena dele ou do Midoriya, mais sim com certo receio de mim mesmo, porque sentia uma dor no peito que pesava muito mais do que a pena, que era a sensação de culpa.

Depois de um discussão ele então voltou a me perguntar o porquê de eu o estar ajudando, respondi novamente que tinha meus motivos, mas dessa vez ele apenas aceitou isso como resposta, mesmo que parecesse inquieto. Logo ele tentou me provocar novamente, mas isso só significava que ele já estava se sentindo melhor então eu não liguei muito, mas quando eu estava prestes a ir embora ouvi sua voz soar calma atras de mim e parei de andar.

"Obrigada...kacchan''

Fazia um tempo... que eu não ouvia esse apelido, já que não deixava ninguém mais me chamar assim, então por algum motivo ouvir sua voz me chamando assim fez com que sentisse meu coração bater forte. Quando me virei ele apenas deu de ombros e sorriu, talvez para ele não fosse nada demais me chamar assim no final das contas, mas antes que eu pudesse falar ele me interrompeu.

"Acho que...deveríamos falar com o Midoriya agora"

Eu apenas assenti e o acompanhei até a sala de Hatsume encerrado o assunto ali, sem mais nenhuma palavra dita entre nos . Ao chegarmos  la, vimos a rosada sentada em uma cadeira assistindo um filme e comendo biscoito, o que obviamente deixou ele irritado e rendeu uma discussão sobre possíveis consequências que poderiam ocorrer se ele passasse pelo portal, quem diria que seriam tantas, mas vindo dela não surpresa. Enquanto os dois conversavam eu pude notar que ele começou a ficar tenso, com o tempo eu percebi que ele tinha o costume de sorrir sarcasticamente quando algo o incomodava. Assim que ela falou sobre a instabilidade celular notei esse sorriso em seu rosto, embora seus olhos o desmentisse.

Logo eles dois tentaram fazer contato com Deku original, porem, ele não respondeu, eles tentaram por um bom tempo, mas não havia resposta. Comecei a me irritar pois sabia que do jeito que ele era já havia se metido em alguma encrenca por la, e embora Hatsume continuasse a sorrir como sempre ela também parecia ter notado que havia algo errado. Ocasionalmente, eu descobri que esse Midoriya de outra dimensão, havia discutido com o da minha dimensão e quebrado o celular, o que só me deixou mais alerta. Não demorou muito e começou a ficar agitado a cada palavra vinda de Hatsume a ponto dele querer ir falar com o diretor, eu já sabia que iria querer pedir ao diretor para sair da U.A imediatamente, mas eu não iria deixar, porque a cada coisa que descubro menos confio nele.

Mas ele queria ir de qualquer jeito, estava muito agitado se não assustado, e ansioso, por isso tentei segura-lo para que tentar acalma-lo, mas logo o meio a meio surgiu na sala dizendo que não iria contar ao diretor sobre a briga que os dois tiveram, o que me deixou aliviado de certa forma, mas não pareceu acalmar esse Midoriya que ainda queria ver o diretor. Pedi para ele ao menos um segundo para se acalmar, mas isso só pareceu desencadear o que ele estava reprimindo:

"Acontece Katsuki, que parece que eu não tenho segundos para perder, por que pode ser que eu morra agora ou daqui a uma hora, mas eu nem teria como saber, qualquer um de vocês teria a menor noção!! "

Nada disso era mentira, ele estava assustado e com razão, não tínhamos nenhum controle sobre a situação e não podíamos fazer nada em relação a isso, tentei dizer algo, mas Hatsume falou antes e pediu para que ele não entrasse em pânico por que não iria ajudar, o que foi um erro pois só o deixou mais irritado a ponto de praticamente cuspir as palavras, ele então perdeu a calma e gritou:

O outro lado da história.Onde histórias criam vida. Descubra agora