Capítulo 41-Esta na hora.

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Dimensão alternativa/Midoriya.



Usando o impulso dos meus pés junto com a minha individualidade, eu saltei até a janela do prédio e pousei sem causar ruídos. Olhando pela vidraça, vi que estava tudo escuro, não via e nem ouvia ninguém, na verdade todo o prédio parecia ter sido abandonado. Pequenas gotas de chuvas então começaram a cair sobre mim e como a janela não estava trancada, usei as mãos para ergue-la, e entrei lodo me deparando com um corredor.  

 Olhei em volta e parecia estar tudo quieto, sem qualquer sinal de movimento, andei mais um pouco até chegar na cozinha e encontrar o interruptor no lugar de sempre, ate pensei em liga-lo a principio, mas talvez fosse melhor checar o resto da casa só para ter certeza de que não havia realmente ninguém. Enquanto andava pela cozinha notei que havia uma sacola de papel na bancada da cozinha, as frutas não pareciam estar muito estragadas ou pelo menos não pareciam ter muito tempo que estavam ali, mesmo o sofá da sala que embora aparentasse ser velho, não tinha teias de aranhas, alguém veio aqui recentemente.

Virei em direção a uma escada e sub para o quarto, a esse ponto a chuva já caia forte la fora, dava para ouvir as gotas pesadas caindo no telhado como o som de pedras. A porta do quarto estava entreaberta então entrei a passos leves ainda cauteloso, a primeira coisa que notei ao entrar foi o estado do quarto, todos os pôsteres que eu tinha estavam rasgados. Haviam marcas de aranhões nas paredes e a maior parte dos moveis estavam quebrados e ao olhar com mais atenção podia se ver palavras escritas na parede, eu lia cada uma delas a cada passo que dava.

''Mentira!''

Estavam escritas logo abaixo dos retalhos dos pôsteres de alguns heróis, mas estavam muito rasgados para eu conseguir distinguir quem eram originalmente.

''Ilusão!"

Estava escrito perto dos cacos de vidros espalhados pelo chão e da mobilha quebrada.

"Farsa!"

Na madeira das paredes haviam marcas de aranhões, como se alguém tivesse usado as próprias unhas para rasgar o papel de parede, parecia como se algo sentisse agonia, medo e sofrimento, era assustador como apenas essas marcas me lembravam o Shigaraki.

Meus pés pararam de se mover ao ver um último poste, ele estava mais inteiro que os outros, mas parte dele estava caído, então não podia ver bem o seu rosto, logo acima dele tinha apenas uma palavra escrita em vermelho vivo.

''ASSASINO!!!"

Meus dedos tremeram quando eu me aproximei, assim que levantei o pedaço do cartaz, senti meu sangue gelar e fiquei paralisado, aquele sorriso... em nenhum momento me causou medo, mas ao ler a frase que estava escreta sobre seu rosto, meus olhos se arregalaram e pude sentir uma sensação horrível na garganta.

" TREMAM DE MEDO PORQUE EU ESTOU AQUI!!"

_ All might...

A chuva engrossou de repente, e eu acordei de meu transe com o susto, por que esse cartaz me trais tanto medo?

Dei passos para trais sem que me dessa conta, até que ouvi o som de algo estralando, olhei para baixo e vi que uma das tabuas parecia estar quebrada eu ia apenas me fastar, mas assim que levantei o pé, notei que tinha algo em baixo dela. Me abaixando a sua altura, eu hesitei um pouco nervoso com a possibilidade de ver mais alguma coisa perturbadora, mas então suspirei e balancei a cabeça não querendo deixar que isso me atormentasse e então retirei a tabua com cuidado. Havia uma pequena caixa de madeira empoeirada ali, eu a peguei devagar e sobre o pó de cima dela e então tirei a sua tampa, la dentro eu vi várias fotos, del...da minha infância, algumas de quando eu ainda era bem pequeno outras no jardim de infância, no sofá sorrindo enquanto olhava para a câmera. Todas as imagens pareciam tão antigas, havia uma que estava meio resgada no meio, como se fosse ser rasgada por alguém, mas a pessoa tivesse desistido no meio do caminho, era eu e o kacchan quando éramos pequenos, acho que ainda posso ate ter essa foto em algum lugar la em casa.

Mas por que ele guardaria algo assim?

Eu me levantei e sem que percebesse coloquei a foto no bolço, voltei a andar finalmente saindo daquele quarto. Ja no corredor havia uma porta que dava para o porão, como eu já imaginava onde se encontrava a chave eu apenas a peguei da gaveta da cozinha como a minha mãe costumava a deixar, abri a porta e entrei. Comecei a descer a escada devagar e  assim que liguei a luz eu confirmei a minhas suspeitas de antes.

_. Ele nunca saiu daqui.

Continuei a andar pelo local enquanto olhava em volta, haviam manequins caídos no chão com facas em cada parte do corpo, papeis espalhados em todas as paredes, imagens de heróis, de vilões, repórteres e policiais.

Chegando perto de uma mesa comecei a olhar para os documentos, estavam em código morf, mas eu podia entender pelo menos parte do que estava escrito, a maior parte falava armar ou melhor, pequenos aparelhos implantados nas facas, para dormir, soltar fumaça, queimar, aliviar a dor...veneno, cada uma delas era feita por um proposito especifico, nocautear, distrair e matar. Continuei olhando os papeis até já ter lido pelo menos metade deles, puxei uma cadeira determinado a continuar investigando, tirei o aparelho de Momo do dente e abri a mochila, comecei a comer o que momo tinha preparado para mim enquanto continuava lendo o resto dos papeis.

 A noite se estendeu e a chuva começou a parar aos poucos, quando os meus olhos pesaram eu deixei os papeis em cima da mesa e me levantei, abri os armários e retirei o máximo de facas que havia la e uma arma, não que eu fosse usa-la ou ao menos eu esperava que não ter que chegar a tanto. Sub as escadas e voltei para o quarto, a cama também estava um pouco quebrada, mas ao menos dava para dormir nela, vai ser a minha primeira noite que eu durmo fora da U.A, pelo menos nessa dimensão e eu não podia me sentir mais desconfortável. Eu sabia que não era a minha casa, mas eu não pode deixar de pensar em como o Dark conseguia dormir nesse lugar depois de tudo, balancei a cabeça tentando espantar esse pensamento e tentei dormir, virado para o lado contrario daqueles posteres.

Assim que acordei, olhei em volta e senti como se eu ainda estivesse em um pesadelo longo, levantei da cama e comecei a andar pelo prédio, descendo novamente as escadas peguei as últimas coisas que eu precisava no porão e comecei a planejar o que eu faria, tinha que usar todas as informações que eu tinha e que poderia usar, possíveis rotas de fuga e ver através das fotos com que tipo de pessoa eu estaria lhe dando.

Ao abrir um dos armários, notei que haviam vários trajes ali além de armas, cada um deles parecia ser mais escuro e mais sombrio que outro, mas se eu quisesse realmente me passar pelo Dark, tinha que pelo menos me vestir como ele. Escolhi um que melhor se ajustasse em mim e que poderia ser usado por alguém como ele, o traje tinha uma camisa vermelho vinho, uma calça preta com um coldre na cintura, um casaco verde escuro com orelhas de coelho e um par de tênis preto e verte.

Não parei de pensar em tudo que faria, nem por um minuto enquanto andava pela casa, não parei de planejar e tentar achar a melhor estratégia possível, mas não importa de que maneira eu pensasse ou de que ângulo eu tentasse ver, não podia deixar de sentir que estaria a mercê da sorte assim que pusesse os pés para fora de la.

 As horas se passam e o sol começou a se apagar no horizonte novamente, comecei a me vestir e terminei de armei a roupa, assim que acabei, andei em direção a um espelho que havia perto da escada e parei frente a imagem que era refletida por ele, coloquei a marcara escura com um sorriso e olhos vermelhos em meu rosto e me encarei.

Vestir esse traje não significa que eu sou um vilão, disse a mim mesmo, muito menos que essa arma fara de mim um assassino, eu irei apenas me passar por ele, iria apenas entrar e sair com o kaccha a salvo e tudo logo acabaria, respirei fundo antes de dizer:

_. Está na hora.

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