[15] Clima

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O caminho até em casa foi em completo silêncio, depois do beijo tzuyu ficou petrificada e sana esperou alguma reação da amiga. Porém, nayeon chegou anunciando que o táxi já havia chegado.

Tentou algumas vezes puxar assunto com as duas, mas nenhuma respondia, apenas ficaram encarando a janela sem desviar o olhar.

Quando entraram, às três se depararam com thomas sentado no sofá olhando estranhamente pro telefone fixo em sua mão. O garoto parecia confuso com algo, mas não falava nada, o que é estranho, pois sempre que chegavam em casa eram recebidas por um abraço do estrangeiro.

— Thomas? — Chama nayeon.

Continuando sem nenhuma reação, o garoto apenas se levanta e entrega o telefone para mais velha.

Nayeon estranhando a situação olha pro aparelho que está mostrando um número familiar.

— O que aconteceu? — Fala tzuyu quebrando seu silêncio indo ver telefone — Ah não...

Uma mensagem de voz vinda da delicia de polícia no dia anterior, alegando que a visita delas foi aprovada e que era para avisar a recepção quando chegarem.

Como ninguém pensou em apagar isso? Porque ele verificou o telefone?Tzuyu pensou se repreendendo de não apagar o histórico de ligações.

— Porque? — Pergunta thomas já tendo uma ideia da resposta.

— Thomas, nós íamos contar, mas não pensamos que estava pronto — Explicou nayeon devagar pro garoto compreender.

Sana pegou apressada o papel e caneta já preparados na mesa e desenhou.

Era um homem com roupa de presidiário dentro da delegacia conversando com duas meninas que claramente era tzuyu e sana.

Esse homem estava com uma lágrima no rosto enquanto em seu balão de fala estava escrito "mãe"

Entregou para thomas que arregalou os olhos com algumas lágrimas escorrendo.

— Sem mim? — Perguntou incrédulo por não terem levado ele.

— Lá é perigoso, especialmente pra você — Explicou sana com calma pegando seu celular no bolso — Seu pai mandou isso — Sorriu emocionada entregando o celular pro menino.

O colombiano pegou o aparelho já vendo seu pai com a expressão cansada na tela.

Thomas não lembrava muito bem a aparência de seus pais por ser criança. Mas quando viu aquela imagem não tinha duvidas que era ele, uma sensação de alívio e conforto apareceu.

As três deixaram ele a sós e seguiram até a cozinha. No caminho nayeon conseguia sentir o peso do clima ruim em seus ombros, desde que estavam no táxi sentia isso.

Tzuyu seguiu até o galão de água para beber um pouco, sana apenas ficou encostada no balcão assistindo de longe a reação de thomas.

— Então... — Começou Nayeon sussurrando apenas para tzuyu — sobre o cinema-

— Não precisamos falar disso — Interrompeu tzuyu colocando o copo na pia.

— Tem certeza? Sinto um clima bem ruim desde a volta pra casa — Estralou os dedos na frente de seu rosto — Você está me escutando?

Definitivamente não.

Tzuyu encarava sana de costas observando o amigo sorrir pro celular.

— Tzuyu! — Cutucou a bochecha da mais novo tirando a atenção dela — O que houve? Você é sana tiveram uma briga feia enquanto eu estive fora?

— Algo assim — Sorriu nervosa saindo de perto da nayeon antes que tenha mais perguntas.

Caminhou até thomas que estava com lágrimas nos olhos e um sorriso fofo no rosto.

— Vamos atrás da sua mãe — Fala tzuyu com a mão em seu ombro.

-—Obrigado — Olhou ela atendente buscando as palavras certas — Quando ele vai ser solto?

— Não sabemos, mas quando for morar com ele, eu quero você conosco todo final de semana aqui em casa — Ameaça tzuyu em tom de brincadeira.

— Eu vou — Respondeu sorrindo.

— Que tal, nós dormimos? — Fala nayeon chegando na sala com sana logo atrás - Sana vou deixar a minha porta aberta caso queira dormi comigo hoje.

Sana apenas concordou agradecendo a Nayeon antes dela sair com thomas.

As duas tiveram uma rápida conversa enquanto tzuyu estava distraída com thomas. Sana contou sobre o beijo, fazendo assim nayeon ter a ideia de fugir com o menino para as duas ficarem sozinhas.

Pelo jeito não funcionou muito.

De fato ficaram sozinhas na sala, mas nenhuma palavra foi dita. Ninguém sabia o que dizer ou como agir. Até boris chegar na sala e sentar entre as duas no sofá em busca de carinho

Tzuyu passou a mão pela sua cabeça e sana em suas costas, porém ainda sem palavras trocadas.

— Ele é muito fofo — Sana se pronunciou quebrando o silêncio.

Tzuyu sorriu olhando pro cachorro — Por incrível que pareça ele era para ser nosso cão de guarda.

Boris latiu batendo a perna quando sana encontrou seu ponto sensível.

— Ele não parece ser do estilo que espanta algo com mais de 5 centímetros.

— Sim, infelizmente descobrimos que ele é mais medroso do que eu e nayeon juntas — Parou o carinho imediatamente assim que encostou na mão de sana sem querer enquanto acariciava Boris.

As duas encararam as mãos juntas com relutância, tzuyu imediatamente se lembrou daquela mão em seu rosto enquanto sana a beijava com carinho algumas horas atrás. Essa lembrança não lhe fez bem, pois começou a sentir uma sensação estranha no seu estômago que não era nada agradável.

Não é momento pra ânsia! Pensou tzuyu tentar reprimir essa sensação estranha.

Porém, ela apenas piorou. Agora sentia seu coração batendo bem mais rápido que o normal, sua respiração ficando falha e o pior era não conseguir parar de encarar sana enquanto tudo isso acontecia dentro de si.

Eu vou ter um infarto. Concluiu colocando a mão no peito.

— Você está bem? — Pergunta sana notando o desconforto de tzuyu.

— Estou, é só uma dor de barriga — Tirou sua mão de perto voltando a se acomodar no sofá.

Sana abaixou a cabeça notando que não era uma um bom momento para conversarem ainda. — Melhor eu ir dormi — Se levantou.

— Boa noite tzuyu.

— Boa noite sana.

Assim que sana subiu as escadas tzuyu conseguiu relaxar no sofá sentindo Boris deitar em seu colo e lamber sua mão que antes estava encostava na de sana.

— Pelo visto você gosta dela — Sorriu começando um carinho no cachorro — Vou descobrir se eu também.

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Mds esse é capítulo mais curto que tem.

Namastê, até depois.

South America Project - SaTzu (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora