Sempre quando a minha visão muda para pior, minha mãe se preocupa — o dobro, sempre foi assim desde o dia que descobri essa coisa. Então ela prefere que ela mesmo me leve à escola, sabe por precaução, não avisei para o Sunghoon, eu não queria que ele também se preocupasse por mais que ele fosse um amigo brincalhão, muitas vezes se preocupava de mais.
Ao chegar na escola desci do carro da minha mãe, acenei para ela de longe, ao entrar na escola me esbarro em uma pessoa, eu só dei uma pequena olhada e a minha visão ficou turva, começo a sentir muita dor de cabeça então, sinto meu corpo cair — havia desmaiado.
— Aí minha cabeça, o que aconteceu? Onde eu tô ? — Heeseung acordava, meio desnorteado.
— Ei, você tá bem? A gente tá perto do refeitório de baixo de uma árvore.
— Quem é você? Eu não conheço essa voz! - Lee, entrava em desespero. — Eu não consigo ver! — Mesmo assustado, Heeseung tentava seguir a pessoa misteriosa pela sua voz.
— Oxi, você não consegue me ver?
— Foi o que eu disse, não me ouviu?! — Lee perde o medo por um momento, e usa o seu tom sarcástico.
— Você é cego? — Jake o pergunta.
— Meu Deus, você é idiota ou se faz? — Lee continuava sendo sarcástico, mas claro se mantendo educado.
— Calma, eu só fiz uma pergunta, tá. — Sim, suspira.
— Sorte sua, que eu não consigo te ver se não eu juro que te dava um soco, e inclusive você não disse o seu nome ainda, por acaso você é um sequestrador?! Devo me preocupar — Lee tentava sair de perto da árvore que poucos minutos estava apoiando, mas em um passo falso, acaba caindo.
— Ei, devagar você pode se machucar assim — Jaeyun, tentava ajudar Heeseung a se sentar novamente.
— Meu nome é Sim Jaeyun, mas algumas pessoas me chamam de Jake, prazer! — O mesmo estendia a mão.
— Jake? Gostei, prazer Lee Heeseung só pra deixar claro eu não sou cego, eu só as vezes enxergo as cores trocadas ou elas em tons de cinza — Lee forçava as orbes, para localizar a mão do outro.
Não demorou muito, e sua visão foi voltando ao normal, a escuridão passou a sumir, mas ainda via as cores em tons de cinzas — o que foi aquilo um apagão? Vai haver um dia — que eu de fato ficarei cego? Pensamentos tristes como esses, passaram má cabeça de Lee — diariamente.
— Você até que é bonitinho, sabia? — Hee dizia, apertando de leve seus olhos, e se aproximando de suas mãos para tocar no rosto do rapaz, a pele dele parecia ser feita de algodão, seus lábios pareciam ter sido desenhados por um Deus.
— Agora consegue me ver, ainda bem, você me deu um susto. — Jake se via aliviado, mesmo não entendo o que tinha acabado de acontecer.
Heeseung sentia seu coração errando as batidas, o que poderia ser isso? — Não faz sentido, ambos se conheceram — sei lá, à uma hora? — Não posso chamá-lo de primeiro amor, ou posso? Eu ao menos o conheço, ou se sei falar o nome desse sentimento.
— Certo! devemos matar aula, não? — Lee se levanta, como se alguma minutos atrás não tivesse tido um leve apagão, por fim se apoiou na árvore e saiu andando.
— Não, não devemos. Volta, aqui Lee Heeseung! — Jake me puxa de volta.
— Qual é, eu tenho que explicar o porquê pra você também? — Hee estava a ponto de fazer sua birra, mas se segura, ainda não quer mostrar esse lado estranho seu.
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CORES | HeeJake
Teen FictionHeeseung é um garoto invisível na escola, ninguém nunca sequer trocava alguma palavra com o mesmo, as pessoas o acham esquisito. O fato é, dele enxergar as cores de tons diferentes ou não enxergar cor alguma, eles o chamam de aberração mas, um dia t...