Depois de tudo o que descubri sobre o meu passado percebi que ainda era tempo de mudar de tudo. E talvez de termos um final feliz.
Depois da audição ele foi para o jardim. O seu fato, à justa ficava-lhe muito melhor que o outro que usou da primeira vez. Ele estava a fumar. Normalmente não gosto de rapazes que fumem mas ele e uma excepção. Ele levanta-se logo.
-Então o que queres falar?- ele vira a cara para o fumo não ir para a minha cara e depois apaga o cigarro.
-Bem- suspiro- eu sei que namoras e tudo mais
- Eu não namoro- ele interrompe-me.
-A sério?
-Sim acabei-o por causa de...-agora sou eu falar por cima dele.
-Simon. Descubri que antes de sermos inimigos. Fomos melhores amigos. Pelos vistos foste o meu primeiro amor. E todos este ódio que temos poderá ser amor... não sei podemos dar uma hipótese...
-Ódio? Anne eu amo-te à tanto tempo.
-A sério?
-Sim. À tanto tempo. Sempre assim foi...
-Eu não sabia...
-Pois claro. Também às vezes é burra. Agora uma pergunta tens algum desejo.- ele começa a andar em frente e eu para trás. Depois coloca uma mão na parede. Abano a cabeça- Deixa-me adivinhar? Tu queres isto- ele beija-me tão intensamente. Um sorriso vem aos meus lábios.
-Se a minha mãe souber...
-Fazemos como era quando crianças.
-O quê?
-Corremos. A falar no diabo ele está ali.
Ele pega a minha mão e puxa-me a correr. Até ao ponto que já não tinha força e caio. Ele pega-me ao colo e sobe no skate e continuamos a ir agora ainda mais depressa, até um lago.
Ele coloca-me no chão
- Vamos saltar?
-És doido?
-Só quando bebo.
-Bebeste?
-Sim- ele tira duas cervejas da mochila e oferece-me uma.
-Eu não bebo.
-Anda lá experimenta.
- Vá está bem.
Provo era estranho mas bebo. Depois ele tira a camisa.
-Porque raio estás a tirar a camisa?
-Porque quero ir para a àgua- tiro uma foto dele.- Gostaste?
-Gosto de guardar memórias.
-Então vamos as criar.
Ele pega-me ao colo e salta comigo para a água. Ele pega na câmera e tira uma centena de fotos. Sorriu com a emoção. Isto foi tão perfeito...
***
Levo o Simon a casa da minha avó. Estávamos de mãos dadas.
-Avó- chamo-a. Elas não responde. O que é estranho.
Ao entrar na sala vejo uma carta em cima da mesa, o seu telemóvel com uma mensagem da minha mãe:
"A Anne beijou o Simon. O que lhe disse para ela também ter fugido com ele? Vá. Agora vá dizer."
E a minha avó. Cheia de sangue. Não... morta... não.
-Avó, por favor,tu tinhas de ficar aqui, tinhas de aprovar o meu futuro namorado... marido -coloco-me de joelhos perante ela.
- Vou ligar para a polícia- o Simon abraça-me e coloca o seu braço à minha volta.- Vai ficar tudo bem...
Tentei acreditar ao máximo no que disse. Tinha de acreditar. Ela não podia ter morrido. Ela não. Ela tinha de estar aqui comigo...
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Juro Que Foi Sem Querer
RomanceSimon e Anne eram inimigos. Motivos que nem eles se lembram. Nesta história descubrimos como se apaixonaram da forma mais estranha. A música a ser o que os une. Relembram o passado e promessas que a memória teria apagado